Não, isso não pode ter acontecido

...Sofia...

Estávamos quase chegando em casa e tudo que eu quero é que esse dia termine logo.

Quando viramos na esquina vejo uma ambulância estacionada na frente da pequena vila onde eu moro e muitas pessoas vendo o que estava acontecendo, sinto um frio na barriga e meu pensamento está em minha mãe....Será ? não não pode ser minha mãe

Assim que Guilherme para o carro nem me despeço desço na mesma hora e saio correndo encontrando dona Júlia ali vejo que ela está chorando, mais uma vez o frio em minha barriga vem com tudo.

Sofia - dona Júlia, dona Júlia o que está acontecendo ??

Júlia - menina que bom que chegou, eu... eu... eu sinto muito (chorando muito ela termina de fala😭😭 )

Sofia - dona Júlia pelo amor de Deus cadê minha mãe. ( já digo chorando).

Júlia- menina eu encontrei ela caída no chão, chamei por ajudar e a ambulância chegou mais infelizmente sua mãe não resistiu.

Sofia - minh.. minh.. minha mãe não aí não, mamãe grito tentando entrar na ambulância mãeeeeeeeeeee nãoooo, isso não pode está acontecendo. sinto braços rodeando minha cintura, me debato tentando entrar na ambulância mas sou puxada e quando me viro vejo Guilherme me segurando me pedindo pra ficar calma.

não, não, não isso não pode ter acontecido. -me solta Guilherme me solta... mamãe mamãeeeeee, vejo tudo escurecendo e minhas pernas ficam bambas e toda força das minas pernas se vão.

... Guilherme...

quando vejo Sofia falar com a mulher então começa a chorar, eu que ainda estava dentro do carro sai e fui em sua direção. quando cheguei perto vi ela dizendo que não, e falando mamãe.. minha nossa não acredito no que estou ouvindo a mãe dela morreu, essa menina acabou de passar por um trauma e agora isso. fico desnorteado com tudo que vi ela passar nas últimas horas.

Ao levantar a vista vejo que ela tenta entrar na ambulância totalmente descontrolada, e quem não estaria. corro até ela e puxo ela pela cintura, fazendo de tudo pra ela não se machucar, mas ela não fica quieta então se vira e eu olho bem dentro dos seus olhos e consigo sentir sua dor, o contato não dura muito pois ela está me pedindo pra soltar ela mas eu seguro firme e não solto no fundo sei que não vai adiantar entrar na ambulância.

quando percebi que ela está se agitando menos e enfim ela acaba desmaiando, fico espantado me perguntando se ela está bem. uma senhora se colocar em minha frente e começa a falar.

Júlia - oh menina e agora o que vai ser de você uma menina tão boa não merecia passar por isso.

coloco ela na meu carro e vou direto pro hospital, espero que ela só tenha desmaiado, mas aquela senhora tinha razão o que será da Sofia agora ? Será que ela tem parentes? alguém que ela possa ficar.

chegando no hospital ela e atendida e toma soro no veia. ela ainda não acordou e preocupado pergunto se isso é normal ao médico, ele disse que sim pois ela sofreu um forte impacto emocional.

quando chegamos aqui tive que mentir ser seu namorado pra poder ficar como acompanhe é claro que isso não é verdade e não sei o porquê mas essa menina desperta em mim a vontade de protege-la por mais que eu nem conheça ela, mas nem mesmo eu poderia amenizar a dor que ela sentiu e ainda vai sentir ao acordar.

nossa com tudo isso que aconteceu acabei não tendo tempo pra ligar pra minha mãe ela deve está muito preocupada pois não cheguei pro jantar hoje e meu celular está no silencioso.

pego meu celular e vejo que tem várias chamadas perdidas tanto da minha mãe como do meu pai, e visto que meu pai está viajando minha mãe deve ter ficado tão preocupada que até ligou pro meu pai.

logo ligo pra ela e explico tudo que aconteceu com Sofia, ela pergunta quem é ela e eu digo que conheci somente hoje, e antes disso somente tinha visto ela de vista. tendo em mente tudo que lhe contei sobre Sofia minha mãe ficou triste por ela ser tão jovem e passar por todas essas coisas, até se ofereceu pra vim pro hospital mas eu disse que não era necessário.

volto pro quarto e vejo que Sofia ainda não despertou acabo tirando um cochilo pois já está de madrugada e eu não parei o dia todo hoje, mas não quero ir sem saber o que ela vai fazer quando acordar.

acabei tendo um pesadelo no qual uma moça estava sendo violentada por 4 caras em um galpão, no sonho eu tentava ajudar tentava falar e gritar mas minha voz não saia eu não pude fazer nada. despertei assustado e logo olhei pra Sofia que ainda dormia acho que o calmante fez bem pra ela. me aproximo dela e é quando ela desperta e me fita bem dentro dos olhos.