Laços Do Acaso

Laços Do Acaso

Capítulo 1

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Capítulo 1

— Arte e Moda, Amanda, bom dia! Em que posso ajudar?

— Me disseram para contatar o setor IC.

— Setor IC? Quem te deu esse número?

— O Sr. Terces.

— Qual é mesmo o seu nome?

— Cristiano. Cristiano Bertti.

— Bem, Cristiano, ele mesmo deve ter te indicado. Acontece que o Sr. Terces

infelizmente não trabalha mais aqui, porém ele pediu que recomendasse para a

S&B qualquer pessoa que procurasse por ele.

— S&B, a agência?

— Exatamente. Seu trabalho tem a ver com fotografia?

— Sim... Isso...

— Ok, então, vou marcar uma entrevista. Sabe o endereço?

— Não.

— Então anota aí...

...

Na agitação das grandes metrópoles, como São Paulo, é fascinante o fato de que ao mesmo tempo em que tudo parece estar exposto, todos carregam segredos. Ao mesmo tempo em que parecem ser todos iguais, são todos muito diferentes. Cada um protagonista da sua própria história. Brancos, negros, orientais... Crianças, jovens, adultos... Sonhos,anseios, desejos e caminhos distintos.

Exatamente nesse cenário, às sete horas e poucos minutos da manhã, estava ele, um jovem rapaz trajando uma calça preta larga cheia de bolsos, além da camisa branca, uma volumosa jaqueta, um jaleco bege, também cheio de bolsos, cabelos castanhos ondulados e desalinhados sem corte, óculos de armação preta “à la Clark Kent” e um par de tênis gastos nos pés. 1,76 de altura. Trazia consigo uma câmera fotográfica pendurada ao pescoço, uma

pasta e um papel. Neste, procurava algo que deveria tratar-se de um endereço. Procurou, procurou, até que parou em frente a um prédio não muito grande, de sete andares. Conferiu o endereço e dirigiu-se ao porteiro:— Com licença, é aqui que funciona a S&B Produções?

— É sim!

— É que eu tenho hora marcada...

— Identificação, por favor!

— Aqui está!

— Pode entrar e falar com a recepcionista — disse o porteiro, abrindo a porta depois de dar-lhe um crachá —, mas eles só estarão aqui depois das oito.

— Ok, obrigado!

A recepcionista estava limpando sua mesa ao mesmo tempo em que tomava um cafezinho.

— Com licença, eu vim pra uma entrevista.

— Tem hora marcada? — Perguntou ela, sem olhar pra ele.

— Tenho sim.

Ela sentou-se em frente ao computador para verificar.

— Qual é o seu nome?

— Cristiano, Cristiano Bertti.

— Cristiano Bertti... Sim, aqui está. Bom, você vai falar com a dona Marina Sampaio, né?

— Isso mesmo, é uma entrevista de emprego.

— Eu sei, nem sou eu quem marca horário, mas é que eu me lembrei que marquei o seu — explicou ela, sorrindo. — Amanda quem ligou, não foi?

— Isso mesmo.

— Olha, a dona Marina só vai estar aqui às dez horas hoje. E ainda faltam uns

vinte minutos pro pessoal chegar. Se você não se importar em esperar...

— Não, tudo bem, eu espero!

A S&B Produções tratava-se de uma editora, onde eram publicados muitos livros da atualidade e também era uma agência de publicidade que atendia a um jornal (um dos mais lidos da capital), catálogos diversos,

contando com estúdios para fotos diversas, além de ser terceirizada por outras empresas com ligações internacionais na divulgação de seus produtos. Porém, o forte da S&B era a revista Prime.

Cristiano sentou-se, pegou uma revista das que estavam em uma mesinha de centro e começou a folhear. Esperou, esperou. Pessoas começaram a chegar. Modelos e funcionários da empresa. Alguns pareciam ser famosos. Cristiano estava ansioso, pois além de precisar muito daquele emprego, talvez tivesse a chance de conhecer Ciro Faccioli, um dos fotógrafos mais badalados do momento.

Neste instante entrou um rapaz com pinta de mauricinho, alto, moreno claro, cabelos escuros e lisos, vinte e oito anos mais ou menos. Trajava um estilo descolado, calça jeans e camisa meia manga, 3/4.

Cristiano pensou que se tratava de um dos modelos, por ser todo bonitão.

— Bom dia, Daniele, gatinha! — Disse ele à recepcionista.

— Bom dia! — Respondeu ela, toda sorridente.

— Como estão as coisas? A Marina já chegou?

— As coisas estão bem e a dona Marina ainda não chegou.

— Ok, sorria, sorria! — Disse ele, apontando o dedo como pistola.

O rapaz cumprimentou Cristiano com um olhar e foi em direção ao elevador.

— Quem é esse? — Perguntou Cristiano para Daniele.

— Esse aí é um dos donos da empresa. O pai dele era o presidente da empresa, mas faleceu há um tempo atrás. Desde então o filho, que antes não fazia nada, resolveu trabalhar.

— Eu pensei que ele fosse...

— O Sérgio Marrone?

— Eu ia dizer modelo, mas pode ser, o rosto dele não me é estranho. Parece que já o vi antes!

— Todo mundo se confunde. Ele é a cara dele mesmo. Mas, na verdade, ele se chama Toni Bayer, o maior pegador daqui!

— Pegador?

— É, Dom Juan, mulherengo! Mas ele é tudo de bom, não é mesmo? — Disse ela, se abanando.

— Você é quem está dizendo! — Disse ele, sorrindo do jeito da moça. — E ele é o presidente da empresa agora?

— Não, não! É a dona Marina. Ele é o editor chefe da Prime e diretor da empresa, mas acaba fazendo de tudo. Aqui todo mundo se envolve um pouco em tudo. Essa agência é uma loucura!

— Imagino! E você também desempenha outras funções de vez em quando?

— Que nada! Eu só fico aqui nessa recepção, mofando!

— Com esse rosto tão bonito me admira não terem te solicitado para umas fotos!

— Nossa! Isso foi uma cantada?

— Não, apenas um elogio.

— Nesse caso, muito obrigada! — Agradeceu a moça, toda satisfeita. — Ah, você pode subir e esperar lá em cima. A secretária da dona Marina se chama Cassandra. É uma baixinha de bigode, com um cabelo mal pintado, metade preto, metade loiro, laranja, sei lá. É a mais feia de lá. — Disse ela sorrindo.

— Tá certo! — Disse ele, rindo e meneando a cabeça.

“Nossa, que gatinho!”— pensou Daniele, enquanto Cristiano se afastava — “Parece bem novinho, mas é tão bonitinho! Boquinha carnudinha, olhos grandes, um charme esses óculos! Meu número!”.

O primeiro piso era onde ficava todo trabalho de impressão. O segundo, era alocado para arquivos, departamento pessoal e outras burocracias. As dependências mais interessantes da empresa estavam a partir do terceiro andar.

Cristiano dirigiu-se à Cassandra, quem ele teve facilidade em encontrar pela descrição da Daniele, e esta o avisou que a Marina já estava a caminho.

— Você trouxe seu currículo? — Perguntou a secretária.

— Sim, aqui está — Respondeu, tirando o documento da pasta que trazia consigo.

— Ok... É só aguardar.

Ele já estava esperando havia quase três horas, mas estava sendo muito bom estudar o ambiente, as pessoas, aquele mundo diferente. Todos muito agitados e falantes. Telefones tocando o tempo todo.

Tentou se imaginar no meio daquela bagunça. Nesse instante entrou uma mulher loira, de cabelos até os ombros, aparentando uns quarenta anos, com roupa de executiva, muito simpática, com uma bolsa enorme. Era a Marina.

— Bom dia pra todos! — Cumprimentou aos que estavam em volta, enquanto se dirigia à presidência. — Cassandra, vem até minha sala, por favor!

Cassandra passou a agenda de compromissos para Marina, que mandou que cancelasse alguns.

— Mais alguma coisa, Cassandra?

— Sim, dona Marina, tem um rapazinho aí fora que veio pra uma entrevista. O nome dele é Cristiano Bertti, um fotógrafo. Aqui está o currículo dele. Eu o mando entrar?

— Fotógrafo... — Disse ela, passando os olhos no papel, pensando. — Manda sim!

Cassandra saiu e disse ao rapaz que podia entrar. Este entrou, e acomodou-se em uma das

cadeiras obedecendo ao sinal que ela fizera para que se sentasse. Esperou calado até que ela lhe dirigisse a palavra. Marina lia um papel e demorou um pouco para encará-lo.

— Olá, bom dia! — Disse ela, muito simpática.

— Bom dia! — Respondeu ele, meio tímido. — Cristiano, não é?

— Isso.

— Cristiano Bertti?

— Isso.

— Pensei que você fosse mais... Menos jovem!

— Ah...

— Tudo bem. Nome italiano, não é mesmo? Bertti...

— É... Meu bisavô veio da Itália...

— Gostei do seu nome. Diferente. Sonoro!

— Obrigado!

— O meu é Marina, eu sou a presidente da S&B. Na verdade não sou eu que faço as entrevistas de emprego, mas hoje eu tive que abrir uma exceção, porque o nosso encarregado está de licença.

— Eu fui informado.

— Você tem família aqui?

— Não, minha família é do sul. Eu tenho é... Duas irmãs e minha mãe. Meu pai já é falecido.

— Sinto muito!

— Faz muito tempo.

— Você não é casado...Pelo que está aqui. Tem filhos?

— Filhos? — Perguntou ele, surpreso. — Não... não sou pai...

— Claro, você é muito novinho, né? — Deduziu ela, sorrindo.

Ele também riu meio sem graça. Cristiano era meio travado e falava um pouco para dentro.

— Não liga não, é só pra descontrair e tirar o seu nervosismo — Avisou ela.

— Tudo bem, mas já sou maior de idade!

— Eu sei...Então você é fotógrafo,— Continuou ela —, fez alguns cursos bons pelo que estou vendo aqui. E experiência, você tem alguma?

— Bem, eu trouxe algumas fotos que venho tirando já há algum tempo, mas eu nunca trabalhei profissionalmente não.

— Deixe-me ver!

Marina analisou o material e pareceu gostar do que viu.

— Hum... Muito bom! Você gosta de fotografar detalhes, né?

— É, eu acho uma verdadeira arte. É a beleza das coisas simples. É preciso de uma certa sensibilidade pra descobrir onde ela está.

— Muito bom! Gostei disso!

— Obrigado!

Marina concentrou-se um pouco analisando as

fotografias e finalmente falou:

— Bem, é dessa sensibilidade que nós estamos

precisando aqui. Eu não vejo por que não te contratar. O mercado está se expandindo, estamos precisando de novos profissionais do ramo e já que você foi tão bem recomendado...

Cristiano estava com brilho nos olhos.

— Mas eu tenho que confessar que nós temos currículos melhores que o seu!

O rapaz suspirou desanimado, mas com semblante de resignação demonstrava que a resposta era o que ele já esperava.

Então se levantou dizendo:

— Tudo bem, eu entendo.

— Espera! — Bradou Marina, fazendo-o sentar-se novamente. — Eu não disse não, ainda!

— Não?

— Eu gostei de você! Pra que eu te contrate, só vai depender de uma coisa: Quero que responda a uma pergunta apenas. Se eu gostar da resposta, eu contrato você, certo?

Cristiano, ansioso, balançou a cabeça afirmativamente.

— Então tá... Que você gosta de fotografar, já deu pra

perceber. A pergunta é muito simples: Por que você gosta de fotografar?

Ele mordeu o lábio inferior e com olhos semicerrados parecia procurar a resposta em sua mente. Demorou uns segundos até que disse:

—Bem, eu poderia responder várias coisas. Talvez dizer o que imagino que a senhora queira ouvir. Se estivesse diante de um sociólogo, diria que é porque gosto de ver o mundo do meu ponto de vista. Diante do pessimista, pra provar que há muita coisa bela ainda no mundo e diante do otimista, pra provar que há muito a fazer e que o mundo não é perfeito. Pros meus pais, porque quero que tenham orgulho do meu talento. Pra vocês aqui, eu poderia dizer que gosto de fotografar, porque uma imagem diz mais que palavras e as duas juntas dizem tudo, mas... Na verdade o que eu diria pra mim mesmo é — ele

finalmente a encarou — Bem… Se eu pudesse parar o tempo como nas fotografias, talvez não precisasse tirá-las..., mas como o tempo passa e eu não tenho esse poder, prefiro registrar os momentos que julgo os mais importantes antes que o tempo me faça esquecer... É, é isso! Tento eternizar o que mais gosto da vida!

Marina o olhou com admiração e depois de um breve suspense disse:

— O emprego é seu!

— Sério?— perguntou, incrédulo.

— Posso colocá-lo na equipe do Solano Rey, que é o nosso fotógrafo principal. Ele ficou no lugar do Ciro quando ele foi pra Europa. Você não vai vê-lo muito por aqui, porque ele viaja muito e é exclusivo da Prime, mas tem uma equipe maravilhosa! Ele é maravilhoso! Como pessoa, como profissional! Você vai gostar dele e com certeza, o mais importante, tem muito a ensinar com sua experiência. Bem... É isso aí. Pode começar amanhã mesmo se quiser.

— Sério?

— Claro, só vou pedir a Cassandra pra te mostrar as dependências da empresa e como as coisas funcionam...OK?

— Nossa! — Expressou ele, meio incrédulo.

— O trabalho aqui é meio complicado. São fotos para catálogos, revistas, comerciais, fotos que de cem se escolhe apenas uma! Também tem muitas festas, requisições de celebridades diversas e tantas outras coisas... Os nossos fotógrafos têm que sempre estar a postos, porque: Bobeou, a imagem passou! E, hoje em dia, imagem é tudo! No início você vai ficar meio perdido, mas com o tempo você vai se adaptar, certo? Eu quero que você conheça a equipe do Solano, o Toni, nosso diretor, também jornalista, aliás, nosso tudo! Porque ele conhece essa empresa melhor que eu e com certeza vai poder te ajudar muito também. Pode ir com a Cassandra — E dirigindo-se à secretária — Cassandra, mostra a empresa e o pessoal do Lano pra ele, e leve-o pra conhecer a Alice e o Toni também.

— Sim, senhora!

—Muito obrigado! Prometo fazer o melhor! — Disse ele, ao retirar-se.

Cassandra lhe mostrou toda empresa e o explicou quase tudo. Apresentou-lhe outros funcionários e até alguns clientes. Cristiano estava radiante, finalmente um emprego, uma porta aberta, uma nova vida.

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Comments

Adriana Rocha

Adriana Rocha

o livro não está concluído 😔

2024-05-15

0

Adriana Rocha

Adriana Rocha

Acabei de ler a estória de Murilo e Nina, mas não vou ler essa porque o livro não está concluído ainda
...só no Amazon....que pena ! vou ver outra da sua autoria que esteja concluído!! amo seus livros !!

2024-05-15

2

Néia Lima

Néia Lima

Começando hoje bora para as emoções desta estória com uma escrita perfeita 😘👏👏👏👏

2023-02-20

1

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