Assim que termino minhas consultas, volto para casa.
Abro a porta e me deparo com o meu pequenino dormindo no carrinho ali na sala.
- Cheguei.
Digo baixinho para ele não acordar.
Brian: Eai gatinha? Como foi o trabalho?
- Foi bom. Hum, que cheirinho bom.
Falo indo até a cozinha.
Brian: Ei ei ei, não toque em nada. Só quando formos comer.
- Posso pegar uma batata?
Brian: Não inventa dona Emma.
- Ok...
Pego uma batata e saio correndo.
Brian: Sua vândala.
- Kkkk, também te amo Brian.
Layla: Oi Emma, que bom que voltou. Esse daí é um grande ciumento, não me deixou nem encostar no Jonh.
Brian: Era a minha vez de ficar com ele, você ficou ontem.
- Kkk, amo vocês dois saibam disso.
Pego uma maçã e me sento na mesa para comer, vou comendo enquanto aqueles dois discutiam sobre quem é a que ia ficar com Jonh. Mesmo tendo perdido toda a minha família, meu coração se aquecia, tanto pelo meu filho como por meus amigos.
- Ei vocês dois.
Layla: O que?
Brian: O que foi gatinha?
- O casal poderia parar de discutir?
Brian: Casal? Nunca. Íamos discutir até sobre quem que tirou a poeira do lugar e quem começaria é ela.
Layla: Eu? Você encheria meu saco 24 horas por dia.
- Kkkkk, não sei como vocês são amigos.
Layla: Exato, como nós tornamos amigos?
Brian: Você esbarrou em mim com um café, minha blusa preferida foi encharcada e você se desculpou, prometendo que ia me dar uma nova. Você pegou meu número para irmos comprar uma nova blusa e foi lá que você conheceu a Emma.
Layla: Minha primeira impressão era que vocês namoravam, aí eu descobri que são apenas amigos de infância.
- Exatamente, sou eu que ajudo ele a pegar as mulheres.
Brian: Sei kkkkkk.
Layla: Kkkkkk
Brian: Sua tonta, vem vamos comer.
Nos sentamos e comemos.
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Termino minhas consultas diárias, já era tarde da noite e estava terminando de arrumar meu consultório.
Tirei o lixo, apaguei as luzes e tranquei tudo.
Tranquei a porta de entrada do consultório e fui andando até a uma lixeira de reciclagem e joguei o lixo lá, só havia papéis e algumas fichas passadas então eu podia fazer o descarte lá.
Estava guardando as chaves na bolsa e trocando elas pelas chaves do meu carro, até que vejo uma figura vindo em minha direção. Quem poderia ser tão tarde da noite?
Kilian: Vejo que hoje saiu tarde.
- Só sei que não devo satisfação dos meus horários de serviço a ninguém.
Kilian: Uma língua bem afiada, devo notar.
- Suas dores voltarão? Se for isso marque uma consulta para depois de amanhã, infelizmente um certo alguém irá fazer com que eu perca meu precioso tempo.
Kilian: Cheia dos compromissos.
- Sim, meus pacientes. Agora de me der licença irei voltar para ver o meu filho.
Falo passando por ele.
Kilian: Você sabe que ele não é seu.
Ele diz ainda virado de costas e eu paro para ver até onde isso ia dar.
- Sei, mas o adotei, então sim, ele é meu filho.
Kilian: E meu também.
- Sei que você pode ser o pai, porém ele ainda é meu. Não vou deixar que o tire de mim.
Kilian: Se apegou tanto a uma criança que não é sua?
- Eu posso sim ter me apegado, pois eu mesma quem o tirou do ventre da mãe, eu ouvi o primeiro choro, eu estava presente nas primeiras coisas que ele fez. E você? Onde estava?
Kilian: Então foi você que a matou não?
Fico em choque com aquilo, mesmo querendo esquecer aquela sala e aquela situação me lembra do meu fracasso.
- Não matei ninguém.
Kilian: Então por que ela morreu?
Ele se vira me encarando.
- Foram causas naturais, você devia ter pesquisado o diagnóstico da morte dela.
Kilian: E eu pesquisei, mas tenho minhas dúvidas. Você quis tanto a criança que precisou matar a mãe?
- Eu nunca matei ninguém! Ela teve um infarto! Isso foi confirmado por todos os profissionais que estiveram ali!
Kilian: Então por que fica tão vulnerável quando tocamos na morte da Lucy? O que está escondendo doutora? Precisou tanto matar a mãe da criança só para ter um bebê? Ou será que você não pode ter filhos, por isso queria um a tal ponto que precisou matar para conseguir esse objetivo?
- Você é realmente um escroto, a morte da Lucy não foi culpa minha, eu estava no comando da cirurgia, porém, a mãe sabia da situação que se encontrava. Ela preferiu salvar a criança do que a si mesma, ela viu apenas uma vez o próprio filho e a última. Lucy me pediu para cuidar da criança, essas foram suas últimas palavras...
Kilian: Então está honrando a alma de alguém que não valia nada?
- Não valia nada? Ela se sacrificou pelo filho, ela preferiu o bem estar da criança do que o dela. Aquela mulher não merecia ser deserdada da família, ela não merecia ter feito algo com um lixo igual você. Enquanto ela estava enfrentando a morte, você estava fazendo algo fútil.
Kilian: Eu Já lhe disse que não sabia da existência dessa criança!
- Eu não vou discutir com alguém que desrespeita o sofrimento de alguém, principalmente a morte dela. Adeus até amanhã no tribunal.
Kilian: Ei! Onde pensa que vai? Não terminamos ainda de conversar!
- Mas eu sim terminei.
Kilian: Apenas lhe digo uma coisa, estou lhe dando uma chance de me entregar a criança pacificamente.
- Te vejo amanhã no tribunal Sr. Holland, espero que não chore quando perder. Adeus.
Entro no carro e saio dali voltando para minha casa.
Já chego um pouco alterada, minha raiva por aquele homem só crescia mais e mais. Entro na cozinha e pego um copo de água, depois vou para meu quarto ver meu filho.
- Oi meu amor, a mamãe che...
Jonh não estava ali... O que será que havia acontecido?
A casa estava quieta e todos estavam em seus quartos já dormindo. Vou para o quarto de Jonh e me deparo com aqueles dois deitados na mesma cama. Sorrio ao olhar aquilo, sem nem pensar duas vezes vou até ele e lhe dou um beijo na bochecha. Brian estava gélido, então o cubro e depois vou para meu quarto tomando um banho e me deitando na cama para dormir.
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Atualizado até capítulo 131
Comments
Fatima Vieira
essa história é muito estranha a família a rejeita e pai do filho some e depois aparece, assim do nada
2024-05-08
2
Izaura Pessi
Concordo com você 🤩
2024-03-25
5
Caroline Oliveira
eu gosto muito de ler quando tem fotos principalmente dos personagens, fica mas interessante
2024-03-10
9