Vittório se levanta junto com Anna e logo Lorenzo também sai da mesa e vão saindo para deixar a Alice e o Adriano a sós, a Bernadete continua com um pedaço de bolo e um cafézinho, só esperando a resposta da Alice.
—Mãe, a senhora não tem que me ajudar com uma coisa lá em cima?—Vittório perguntou querendo que ela saísse de lá.
—Filho, você tem sua mulher, ela que lhe ajude, eu só saio daqui quando o Adriano souber se vai continuar casado ou se vai ter que se separar—Bernadete falou.
Lorenzo se aproxima da avó e a pega no colo e diz:
—A vovó que vergonha, estou tendo que te levar no colo, para que deixe eles sozinhos.
—Vergonha de quê? Eu te carreguei por tantos anos e nunca senti vergonha, agora me põe no chão que eu não sou uma de suas quenga—ela falou.
Vittório e Anna riem e se divertem com Bernadete, enquanto ela desce e fica ansiosa querendo saber se o seu outro neto continuará casado.
[...]
Enquanto isso na sala de estar...
Alice se senta ao lado do Adriano, enche a xícara de café dele e diz:
—Você não vai mais me ameaçar quando estiver irritado?—ela perguntou curiosa.
—Não, a partir de agora a vida do seu irmão não será mais uma ameaça, eu não irei matá-lo—ele falou.
—Você ainda quer ter o bebê?—ela perguntou.
—Isso não mudou Alice, mas eu posso esperar por um tempo, só não quero que tome pílulas, nem anticoncepcional, isso prejudica a sua saúde hormonal.
—Como sabe disso?—ela perguntou curiosa.
—Eu tenho uma amiga ginecologista que já comentou sobre isso, mas eu só não quero que você tenha que usar isso agora, ao menos antes de decidir se vai ou não usar esses medicamentos, vá a uma consulta a ginecologista, já que não é mais virgem—ele falou.
—Eu tenho uma ginecologista, eu posso marcar isso depois, mas eu preciso lhe perguntar algo—ela falou.
—Pergunte o que quiser—ele falou a encarando.
Ela estava nervosa, mas não podia esconder dele o seu maior medo, então ela diz:
—E se eu não puder lhe dar o que você mais deseja?
—Está falando de você?—ele perguntou.
—Estou falando de termos um bebê, se eu não puder engravidar?—ela perguntou, ansiosa por uma resposta.
—Isso é suposição Alice, não se preocupe com isso.
—Apenas me responda Adriano—ela falou.
Adriano bebe um gole do café e diz:
—Hoje em dia existe muitos meios de engravidar, então mesmo que você não pudesse, ainda assim poderíamos ser pais, se acaso isso acontecesse, poderíamos pensar em adoção, então não fique pensando nisso.
—Eu posso estar com câncer Adriano—ela revelou.
—Como?—ele perguntou após cuspir o café que estava bebendo.
—Você é a primeira pessoa que conto, nem sequer falei em voz alta a não ser agora, eu estou tentando fingir que não é nada, mas na semana anterior ao dia que lhe conheci, eu fui ao hospital, sentia alguns desconfortos e dores na coluna, minha menstruação estava irregular, mas o que me fez ir até o hospital, foi devido a uma dor tão forte que eu não conseguia andar, então a médica passou alguns exames e fiz a ressonância, esperei o resultado enquanto estava sendo medicada, para ver se a dor passava, mas o pior foi quando a médica se aproximou de mim com uma cara de que a notícia era a pior possível e disse que eu tinha câncer no útero—ela falou.
—Só pela ressonância ela já lhe disse isso? Que tipo de médica ela não deve ser, não é assim que se fala a um paciente—ele falou, abismado.
—Eu fui encaminhada para a cirurgiã que disse que não poderia afirmar, pois só via uma massa no meu útero, que ela acreditava que poderia não ser nada,mas que eu fosse a um oncologista—ela falou triste.
—E você não foi a um oncologista?Você está sentido dor? Eu te machuquei quando tirei sua virgindade?—ele perguntou preocupado.
—Calma Adriano, eu não fui pois estou com medo, eu não estou sentindo dor no momento e eu não senti dor quando perdi a virgindade, mas estou sangrando desde que perdi a virgindade—ela falou.
Adriano se levanta e diz:
—Vamos ao hospital agora mesmo, suba, troque de roupa que estarei te esperando.—ele falou.
—Adriano, eu estou com medo—ela falou chorando.
Ele a abraça e diz:
—Eu estou aqui, não vou deixar que seu medo afete sua saúde, você precisa saber o que realmente tem, uma cirurgia pode tirar a massa, eu sei que não vai ser nada, então precisa confiar e ter coragem, só não pode deixar que a dor volte ou acabe se agravando, eu não posso e não quero te perder Alice, eu preciso que não tenha medo, mesmo que ainda não consiga encontrar coragem, eu serei sua coragem, eu não posso te perder, não agora que estou apaixonado por você, isso é sufocante.
—Saber que posso estar com câncer?—ela perguntou com lágrimas nos olhos.
—Não! É sufocante estar apaixonado pela minha esposa que pode ou não continuar ao meu lado. Mesmo que você saia da minha vida, que não queira continuar sendo minha esposa, eu não vou deixar que você passe por tudo isso sozinha.
Alice olha nos olhos do Adriano, que parecia aflito e diz:
—Adriano, por mais que eu tente negar, por mais que eu queira não estar atraída a você, eu estou, por mais que eu queria não pensar no seu cheiro, quando está distante, não lembrar da nossa primeira noite de amor, até mesmo quando eu tento fingir que não sinto nada, eu sinto e eu não posso sair por aquela porta, pois eu sei o quanto eu quero estar aqui, do seu lado, sentindo tudo que eu tenho sentido, eu não vou lhe deixar, eu não quero e principalmente não consigo, você não é o príncipe que eu imaginei me apaixonar e perder a minha virgindade, mas é o homem que eu desejo desde a hora que me acordo, até a última hora que me deito ao seu lado.
Continua...
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Ilda de Fátima Caetano dos Santos
Nossa que capitulo emocionante,lindo,apesar da doença em si,mas o apoio que ele deu pra ela em palavras foi muito lindo.
2024-06-25
72
Patricia Araujo
autora, que capítulo lindo e triste. sei que vc não vai deixar a doença se agravar e só uma massa e cai dar tudo certo.
amei ele se preocupar e apoiala espero que venha logo um herdeiro ou herdeiros!
2025-01-10
0
TaTa
ela é das minhas,não perco uma fofoca por nada kkkk
não espalho e se me perguntarem eu não sei,mas eu sei sim kkk
2025-03-07
1