Mudanças...

Na manhã seguinte...

Alice acorda cedo prepara seu café da manhã, toma seu banho, veste uma saia composta e coloca a sua blusa mais nova, que para ela já faziam seis meses de uso, em seguida ela sai de casa para ir ao trabalho.

Enquanto ela caminhava, ainda na rua da sua casa, um carro Bugatti La Voiture Noire, totalmente escuro, para próximo a ela a assustando.

Adriano desce o vidro do carro e diz:

—Entra.

Ele tinha um ar de soberania com poder sem precisar sequer mudar seu semblante.

Alice olha para ele e não sabia qual dos dois eram mais sombrio,o carro, ou o dono dele.

—Eu preciso trabalhar, não posso chegar atrasada.—ela falou.

Ele olha para ela e pensa:

💭"Essa mulher ou é audaciosa ou muito inocente."💭

—Eu lhe deixarei no seu trabalho.Antes iremos a um local.— falou ele.

Após alguns minutos eles dois saem e entram em um cartório e oficializam a união dos dois, agora ela era uma mulher casada, de volta para o carro ela vai o caminho todo em silêncio rezando para que ele não entre na empresa que ela trabalha.

Quando eles se aproximam na mesma rua da empresa ela diz:

—Pode me deixar aqui, por favor.

—Eu também entrarei na empresa. Então não vou deixar que saia do carro agora.—falou ele, parando o carro.

—Você me prometeu que..—ela falou, logo foi silenciada pelo olhar fatal dele.

—Você está com medo de que todos do seu trabalho saibam que está saindo do carro comigo?—perguntou ele.

—Sim!—afirmou ela.

Era certo que Alice o intrigava, ela não escondia dele nada, nem mesmo parecia ter medo dele, então ele decide acreditar que ela está sendo ingênua e destrava a porta do carro e diz:

—Por enquanto deixarei que se sinta a vontade, mas quando você se mudar para minha mansão,não me importarei se você quer ou não ser vista no seu local de trabalho comigo, posso tirar você dessa empresa caso continue pedindo para não ser vista ao meu lado, você entendeu Alice?—perguntou ele furioso.

Para Adriano, uma mulher não querer ser vista com ele, era como pisar no ego dele.

Ela apenas balança a cabeça com sinal positivo e ele volta a dirigir.

Assim que param na frente da empresa, Alice tenta abrir a porta mas estava travada.

—Você só sai desse carro depois que me der um beijo.— falou ele.

Alice se aproxima dele e espera que ele a beije.

—Vamos bela, ou você vai se atrasar para o seu trabalho.—falou ele.

Alice se aproxima e dá um selinho nele.

Ele então diz:

—Eu falei um beijo.

Os dois trocam olhares  em direção à boca um do outro e ela morde os próprios lábios, Adriano aproxima seu rosto do dela e a respiração da Alice fica mais profunda e acelerada, ele então coloca seus lábios próximos a orelha dela e sussurra:

—Não me deixe esperando bela.

Ele segura na nuca dela e as testas dos dois se unem.

Ela respira profundamente, com muita vergonha o beija, Adriano logo retribui.

Os lábios se tocam, as línguas se abraçam como se estivessem em um ritmo quente e prazeroso.Assim que eles  ficam sem fôlego, os dois param o beijo e Adriano destrava a porta e ela sai às pressas sem olhar sequer para trás.

Ele observa ela entrando na empresa e em seguida estaciona o carro, depois pega uma pasta com documentos e sai do carro, entra na empresa em que a Alice trabalha e as mulheres ali presentes ficam admirando ele, que despertava o desejo de muitas, não só pela beleza dele, mas também pelo poder que ele tinha com ternos caros e um perfume capaz de deixar rastros por onde ele passa.

—Bom dia senhor Mancini.—falou Eugenia a secretária do Massimo, que o aguardava na entrada do elevador.

Adriano olha para Alice que evitava ter contato visual com ele e então ele diz:

—Senhorita Alice, poderia me acompanhar até a sala do seu chefe?

Ela olha para ele incrédula e assustada, diz:

—Se..Senhor Mancini, eu sou apenas uma recepcionista, não posso sair daqui.

Eugenia que era amiga da Alice, mas também sabia que o Massimo sempre fez questão de agradar seu melhor cliente, o Adriano, diz:

—Alice, por favor, acompanhe o senhor Mancini, eu ficarei no seu lugar até que volte, não se preocupe.

Alice sai da recepção, devastada, parecia que estava indo para um velório, com um semblante triste e Eugenia olha para ela sem entender nada do que estava acontecendo, já que ela sempre foi sorridente e amigável com os clientes.

No elevador, Alice fica cabisbaixa e ele diz:

—Achei que era uma boa recepcionista, ao menos das outras duas vezes que estive aqui, você sempre sorria para os clientes.—falou ele revelando que já a conhecia antes.

—Desculpa senhor Mancini.—falou ela mostrando um pequeno sorriso.

A porta do elevador se abre e Massimo olha para Adriano e Alice, um pouco surpreso.

—Senhorita Alice?Posso ajudá-la em algo?— Perguntou Massimo.

Ela fica corada e antes que dissesse algo, Adriano responde:

—Ela está me acompanhando.

Os três entram no escritório e Massimo pergunta:

—Alice, pode voltar a recepção, muito obrigado por acompanhar o senhor Mancini.

—Ela fica!—falou Adriano.

—Mas senhor Mancini, receio que não seja adequado que ela esteja presente.—falou Massimo.

—Você quer ir contra o que eu estou falando Massimo?

—Não, é só que...—falou ele sendo interrompido por Alice.

—Querido, o senhor Massimo está certo, preciso voltar ao trabalho.—falou ela usando seu charme para que o Massimo não perdesse aquele cliente peculiar.

Adriano olha surpreso para Alice, não imaginava que ela seria esperta o bastante para persuadi-lo e diz:

—Minha querida, sente-se, preciso que esteja presente para o que vou dizer ao Massimo.

Ela se senta e logo Adriano diz:

—Quero que os trinta por cento das ações da empresa de advocacia de vocês, estejam no nome da Alice, a partir de hoje, ela não será mais uma recepcionista, quero que ela faça um estágio aqui, como advogada, já que está cursando direito, fui claro?

Massimo fica surpreso e apenas responde:

—Sim! Farei isso agora mesmo.

—Quero que ela tenha uma sala só para ela também.—falou Adriano.

Alice toca na mão dele e diz:

—Peço desculpas interromper, mas não quero uma sala só minha, as pessoas vão achar que eu só subi de cargo por causa que estou tendo caso com algum superior da empresa.

—Você é minha esposa,quem pensar nisso será demitido imediatamente.—Falou Adriano.

Massimo sabia sobre o poder do Adriano em Sicília e se ele não concordasse com tudo, sua empresa que era conhecida, estaria a falência em questão de segundos se o mafioso, assim quisesse.

—Eu aceito o cargo como estagiária, realmente será de grande importância para mim, mas não quero as ações e uma sala, por favor querido.—falou ela tentando persuadir aquele homem que foi forçada a casar.

—Bela, apenas a sala eu concordo que você conquiste com sua inteligência e crescimento na empresa, mas quanto ao resto, nem que me chame de amor, eu não mudarei de opnião.—falou ele segurando a mão dela.

Continua...

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