...Capítulo 04...
Na frente da casa, tem câmeras e jornalistas fazem reportagens. Enquanto isso, algumas pessoas ficam paradas assistindo, já outros, fazem vídeos com seus celulares.
— Hoje tentaram assassinar uma atriz conhecida por fazer papéis importantes em musicais em sua própria residência… — Escuto, vindo de uma jornalista ao cruzar seu caminho com rapidez.
Na porta, tem uma faixa amarela com listras pretas escrita ‘’Linha de polícia não cruze’’. Me aproximo de policiais que fazem guarda e eu mostro minha identificação.
— Eu quero a imprensa e essas pessoas fora daqui, agora! — Grito, para uns oficiais de polícia.
— Sim, senhor! — Dizem, em uníssono.
Meus olhos percorrem toda casa e o ódio cresce a cada passo que dou. Quando vejo o sangue seco no chão, travo minha mandíbula na mesma hora. Vou até o encarregado do caso, para entender o que aconteceu e descobrir quem é o assassino da minha irmã.
— Steve? — Digo, surpreso. — Você é o responsável pelo caso?
— Oi, Mark! A quanto tempo? — Me abraça. — Eu sinto muito, cara.
Afirmo com a cabeça em silêncio. Minha mente está dispersa.
— O que aconteceu aqui? — Eu fecho os punhos para controlar meu ódio.
— A perícia veio e começaram a investigar. A vítima foi encontrada estirada no chão com várias perfurações na região abdominal e levada pela ambulância imediatamente para o hospital.
— Algum suspeito? — Questiono.
— Um taxista estava esperando o cliente, escutou gritos e ligou para a polícia. O principal suspeito, é uma mulher. Ela foi encontrada ao lado da vítima, toda ensanguentada e de acordo com o policial que a algemou, ela foi pega em flagrante.
— Onde ele está? — Pergunto, enquanto examino a cena do crime.
— Foi levado para a delegacia depor.
— E a garota. Onde está? Eu vou…
Ele segura meu braço.
— Também foi levada para a delegacia, Mark. Deixe a investigação comigo. — Pedi, Steve.
— Eu quero acompanhar o caso, Steve. Tenho o direito de saber quem é o assassino da minha irmã.
— Mas agora, não é o momento…
O interrompo, com a palma estendida na frente de seu rosto.
— É claro que é o momento.
— Mark, você tem que ficar do lado da sua família. A Ayla precisa de você.
— Eu sei… — Deslizo minhas mãos lentamente pelo contorno do rosto de cima para baixo. — Olha… Eu preciso resolver isso ou Anelise não vai descansar em paz.
— Tudo bem. — Concorda. — Venha comigo para a delegacia.
Ele começa a caminhar e eu o sigo.
— Obrigado, Steve.
— Você veio de carro? — Pergunta, levanta um pouco a faixa e passa por baixo dela.
— Não, táxi.— Respondo.
Ele segura a faixa e eu passo por ela.
— Então, venha comigo. — Diz, Steve.
...🔍...
— Delegado agora, né?! — Digo, abrindo a porta.
— Sim, sente-se. — Aponta para a cadeira na frente da sua mesa.
— Fico feliz você conseguiu... — Olho em volta da sala. Ela é bem iluminada e organizada.
— O que? —Indaga, Steve.
— Realizar o seu sonho. Minha irmã tinha conseguido realizar, mas infelizmente… Essa assassina não deixou ela aproveitar! — Eu bato a mão espalmada na mesa e, por causa da minha força, provoca um grande estrondo similar ao de uma bala.
Ele fecha os olhos por uns segundos e em seguida, abre.
— Eu entendo, Mark.
— Não, Steve. — Eu balanço a cabeça negando. — É impossível você entender a minha dor.
— Queria que tivéssemos nos encontrado em outra ocasião. A última vez que nos encontramos foi no casamento de sua irmã.
— É. Ela estava linda. — Olho para baixo e fico uns minutos em silêncio.
É mania minha, ficar uns momentos em silêncio para controlar minhas emoções.
— Steve, eu preciso estar por dentro desse caso. Por favor. — Suplico.
— Tudo bem, vai ser uma honra ter você como ajuda.
Estende uma das mãos para mim e eu a aperto.
— Essas são as informações que vocês já reuniram até agora? — Aponto para algumas pastas empilhadas sob sua mesa.
— Sim. Esse caso vai ser mais complicado do que parece. — Suspira e põe uma mão na cabeça.
— Do que você está falando? — Indago.
— Vamos para o interrogatório e você vai saber. — Junta as folhas da mesa e recolhe a pasta.
Através do vidro vejo a mulher algemada olhando para as próprias mãos. Ela não está com a roupa suja como haviam informado. Eles devem ter levado como prova.
— O nome dela é Aurora Howard, tem 24 anos e é advogada. Sem passagens na polícia, a ficha dela é limpa. — Ele folheia as folhas da pasta. — Não sabemos o motivo dela ter cometido o crime.
— Vou interrogá-la. — Vou para a porta e seguro a maçaneta, mas Steve me detém.
— Não. — Me adverte, enquanto segura minha mão. — Você não está com cabeça para isso! Confie em mim. Já tenho alguém confiável que vai fazer isso.
Um policial aparece e entra na sala. Vejo ela pela brecha da abertura da porta, mas ela continua a fitar suas mãos, mesmo com alguém entrando na sala. É como se estivesse em transe. Seguro a porta para impedi-lo de fechar e Steve entra no meu caminho me empurrando para trás, ou pelo menos tentando.
— Mark! Não faça eu me arrepender da ideia de ter te trago aqui. — Avisa.
Ele tem razão, não estou com cabeça para isso. Então, desisto e vou assistir o interrogatório através do vidro, vendo-a de longe. Assim, ela está protegida de mim. Porque Deus me perdoe, só ele sabe o que posso ser capaz de fazer, se for comprovada sua culpa.
— Vamos começar o interrogatório. — Avisa, o policial.
Ela levanta a cabeça, olha para ele e parece visivelmente abatida, deve querer parecer inocente. Os cabelos longos e bagunçados cobriam um pouco seu rosto. O policial começa a fazer a confirmação dos dados, antes de iniciar com as perguntas.
— Pegamos você no local em flagrante e temos muitas provas contra você. — Ajeita o óculos que escorrega pelo nariz. — Então, é a nossa principal suspeita. Estamos aguardando o resultado da digital para confirmar. Acho melhor confessar logo.
Ela se recosta na cadeira, com o rosto inexpressivo, continua calada e imóvel. Ele começa a colocar fotos na mesa, da esquerda para a direita.
— Ela se chamava Anelise, você sabia? — Questiona. — Era só um ano mais velha que você e sua filha tem apenas cinco anos. Por que você matou ela?
Ela não responde.
— Cinco facadas na região abdominal. — Ele encara ela. — De acordo com a cena do crime e as lesões corporais, mostra que teve muita luta corporal. Por qual motivo?! — Ele bate as mãos na mesa. — Por que uma advogada jovem e bem sucedida como você cometeu esse crime? Responda!
Vê esse interrogatório, ferve meu sangue. O que me deixa mais louco, é ela calada e sem responder as perguntas, como se fosse inocente.
O que leva alguém a tirar a vida de outro tão cruelmente?
— Usando o direito de permanecer em silêncio. Continue assim, logo a verdade vem à tona.
— Olha, senhor policial.
— Ah, — Joga as mãos para o alto. — Finalmente resolveu responder.
Ao ouvir sua voz, eu começo a bufar de raiva.
— Eu não matei ela. Não sei o que aconteceu… Minha cabeça dói. — Ela coloca a mão na cabeça. — Não fui eu… — Murmura. — Eu quero minha advogada, eu tenho direito. — Exigi.
— Agora quer falar em direito? E que direito você tinha de matar ela? — Interroga.
— Eu já disse que sou inocente. — Afirma.
O policial joga a pasta com força na mesa.
— Todos sempre são inocentes… Você só pode tá brincando! — Aponta o dedo para ela.
— Não estou e até minha advogada chegar, não irei dizer mais nada.
Ela olha para o lado ignorando o policial a sua frente. A porta se abre e entra uma oficial feminina segurando uma bandeja de comida e coloca em frente da suspeita.
— Você tá de brincadeira comigo, agora ela vai comer? — Franzo o cenho e cerro os meus punhos. — Vou investigar esse caso e te colocar na cadeia!
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Atualizado até capítulo 59
Comments
Marcia Almeida
mais capítulos
2022-06-01
0
Regina Luzia
nossa vai ver que o criminoso esta do lado dele
2022-05-21
1
Viiih
Capítulo muito interessante!
2022-05-03
4