— Desentendimento.
Após receber o convite da Festa, Elizabeth não pensou muito, então apenas pegou uma roupa bonita e confortável, saindo do quarto direto para o Pátio.
— Hum... — resmungou a tentar se aventurar na multidão de alunos.
Sem resposta, olhou mais distante e avistou a sua irmã, a Cassandra, que está bebendo sozinha e cabeça baixa.
Rapidamente Elizabeth correu até ela a abraçou de surpresa.
— Como vai a minha irmã mais velha? — disse no seu ouvido, animada.
Cassandra riu e se virou.
— Oi meu amor! — a abraçou.
— Vai beber? — Beth pergunta já a afastando e levando-a para o balcão
— Quem sabe? — ela a acompanha — Está linda assim. — elogiou e a menor sorri tímida.
Chegando ao balcão ambas pedem um drink básico com pouco álcool.
— O que ta achando do baile? — Beth perguntou já agradecendo a entrega do seu drink, logo dando um gole.
— Casual e divertido, e você, o que acha? — Cassandra perguntou olhando o redor.
— Hum — deu de ombros. —, não sei. Não é como se eu frequentasse sempre festas... — disse indiferente.
— Você só deve estar assim porque não tem acompanhante. — riu e deu um gole, o que Beth também fez.
— Então acho que estamos no mesmo barco... — retrucou.
— Besta! — Cass disse ainda risonha.
A festa vai sendo normal como qualquer outra, Elizabeth e Cassandra conversam bastante durante ela, bebem e dançam.
Depois de algumas horas, todos já estariam acima da dose, então não foi surpreendente Lion Zaychir chamar todos para uma brincadeira um tanto peculiar.
— Gente vamos "brincar" de uma coisa? — disse a Lion, a irmã de Leonor, que chegou nas Magnus no balcão. — Todo mundo vem aqui para o jardim!
— Espera aí eu pego a garrafa! — disse Antony, o que ficou famoso por suas pinturas, se levantando indo atrás de uma garrafa de vidro seca.
Rapidamente o jardim se enche com alguns alunos sentados no chão, um do lado do outro.
Ao total, são oito pessoas juntas, todas prontas e alcoolizadas o suficiente para começar uma brincadeira de "Verdade ou Desafio".
— Bora começar! — Lion pegou uma garrafa vazia e colocou no meio de todos, o círculo está formado. — O primeiro giro, parou em… — a tensão começa. — Cassandra e Antony.
Eles se encaram e Cassandra perguntou a fatídica e única pergunta:
— Verdade ou desafio? — sorriu de canto de boca.
— Desafio. — disse confiante, porém nervoso.
— [...]
Beijos e perguntas quentes são sempre as melhores coisas em "brincadeiras" para adolescentes, afinal, essa é a diversão de uma juventude.
Sobrando apenas três pessoas, e percebendo que algumas já não estão mais no jardim participando da brincadeira, Elizabeth, por pura vontade, decide fazer algo arriscado para todos, principalmente para si.
— Sei que todos estamos de corpo quente… — se levanta.— mas que tal uma guerrinha? Sabe... só para diversão... — disse manhosa e decidida.
— Hum... — Agatha, uma aluna que está a um tempo na Universidade, pensa um pouco antes de confirmar a sua participação. — Pode ser.
Agatha se levantou junto de Angel, que também aceitou, e ficaram de frente uma para a outra.
— Sei que temos apenas uma de Ar aqui, — se refere à Angel Sampaio. — então não haverá grupos, cada um por si.
Elas se afastam.
Agatha Oliveira coloca galhos ao seu redor, se preparando para se proteger de qualquer ataque.
— Porquê sinto que estou em desvantagem aqui?! — disse Angel, se sentindo incapaz.
— Angel, você consegue, não estamos aqui para brigar! É apenas diversão. — disse-lhe e sem perceberem, Agatha criou raízes segurando os pés das garotas.
Sampaio, a de Ar, consegue se soltar a fazer cortes de ventos e se distanciando.
— Angel! — disse Elizabeth, como se estivesse indignada por estar presa.
Ao tentar absorver os galhos, Agatha cobre os seus olhos com terra, o que não dificulta, já que Elizabeth sempre teve preparados para essas coisas, então apenas lembrou dos ensinamentos do seu pai.
“Foco”
A Magus cria uma barreira de Terra com o que absorveu e a quebra, fazendo pedras pontudas, jogando-as para a pessoa que está a sua frente, a Agatha.
Agatha resmunga de dor e olha para Elizabeth, confusa.
"É apenas diversão."
A garota se derrete na terra e aparece atrás de Elizabeth, acertando um golpe corpo à corpo.
Elizabeth preveu os seus movimentos e também se derreteu, ficando de um lado distante.
— Cadê ela? — disse Agatha.
Observando as duas da terra brigarem, Angel cria uma espécie de bolha ao redor de Agatha, a sufocando.
Angel solta a garota da bolha fazendo com que a Oliveira quase desmaie no chão, ela usa a sua Invisibilidade Geocinética e desaparece para se recuperar.
Angel já impaciente sem as suas “inimigas” a olho nu, cria ventanias fortes, fazendo com que Elizabeth apareça novamente, tonta com as ventanias, a Magnus cai no chão e rapidamente é pega por Agatha, que segura o seu corpo no solo.
— Vai! — uma voz distante disse, e olhando para de onde veio, se vê Agatha apontando para Elizabeth e uma cobra de terra indo na sua direção.
Elizabeth começou a ficar sem ar, mas Agatha não se parece se preocupar, pois está esperando a Magnus se render, o que ela não faz.
Sem escolhas e com a raiva tomando seu corpo, Elizabeth usa sua habilidade de se teletransporta rapidamente na terra e aparece atrás da Agatha, perfurando-lhe com uma pedra pontuda.
— Cuidado, Agatha… — disse em seu ouvido, lhe vendo cair, com a mão em cima do machucado que Beth lhe fez.
Ela geme alto de dor, despertando um alerta em Elizabeth.
— Eu não faria isso... — sussurrou para si mesma.
Um pouco mais distante, uma pessoa gritou seu nome:
— Elizabeth? — Angel chamou o seu nome após ver que os seus olhos mudaram de cor.
Vendo que Agatha foi atingida e derrubada de forma surpresa, Angel corre para mais perto das duas, criando uma onda de fumaça intensa ao redor de Elizabeth, para que ela se afaste da garota ferida.
Ela é atingida e não gosta de ser retirada de campo, então logo lançou pedras na direção da mais nova, que consegue desviar com certa facilidade.
Sabendo que o estado da Magnus é desconhecido, Angel não se arriscou totalmente, então lançou ondas fortes o suficiente para mantê-la longe e conseguir chegar perto de Agatha.
Conseguindo ver Agatha, Angel disse para ela se curar o mais rápido possível, pois Elizabeth não apareceu. Dito e feito.
Agatha usou o seu poder de se curar com a terra no seu ferimento e logo em seguida se levantou novamente.
Atingida pela Angel, a garota não se cura e pouco a pouco os seus sentidos chamam ela à Agatha, uma fúria interna diz-lhe que a garota é um perigo a ser eliminado.
Indo até ela ainda pela onda de fumaça, Elizabeth diz:
— Onde aprendeu a ser tão forte? — disse sarcástica.
Não dada por convencida, Beth sugou a terra ao seu redor para conseguir criar uma barreira corporal, o que consegue, e lança pedras na garota, ainda guardando outra “porção”.
— Treino bastante! — ela rebate as pedras e as jogam contra a rival.
Com as pedras a voltar contra si, Elizabeth desvia e sente o descontrole revisitado-a.
A sua respiração fica ofegante e ela avança na Agatha, olhando-a nos olhos, profundamente.
Os seus olhos escuros, com veias negras saindo de dentro, gradualmente se espalhando pelo rosto assusta a mais nova, que berra pedindo socorro, mas isso não é o suficiente para Elizabeth.
Ela cria um galho afiado o bastante para perfurar e faz um corte profundo no abdômen da garota, que grita de dor e desespero, enquanto Angel fica paralisada com tanta informação.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Comments