— Festa.
— Estou aqui, não se esqueça disso! — disse Cassandra, na tentativa falha de consolar a sua irmã.
A mente de Elizabeth, ecoando qualquer coisa, não consegue prestar atenção nas falas da sua irmã.
"Por quais mãos esse livro anda?"
Ela pensou e então, por impulso, disse:
— Alguém sumirá. — sussurrou para si mesma.
— Elizabeth, o que fez para a Madame Brulett entrar no nosso quarto? — reclamou falando o que pensa que tenha acontecido. — Sabe do jeito perturbado que ela é!
— Cassandra, sabe que te amo muito, não é? — disse tentando desviar o assunto indo para dentro do banheiro — Conversaremos sobre isso depois, ok?
— Aham, sei, óbvio! Se eu ver ela falando dos livros bobos dela de novo, eu faço dela um churrasco! — disse alto e a outra riu entrando no banheiro e logo fechando a porta, soltando um longo suspiro.
Os livros são importantes para Elizabeth, se a Madame Brulett tiver mesmo entrado no quarto e o pego, todos irão saber dos segredos que a garota possui, e isso não é algo que fará ninguém bem, nem mesmo para ela.
Apesar que ele não lhe pertence diretamente, por isso ela insiste em estudá-lo.
Os segredos que esse livro contém são destrutivos para Elizabeth, já que ele foi feito por alguém da sua geração, dizendo mais especificamente, a sua mãe.
A garota balançou a cabeça tentando ignorar as coisas que acabaram de acontecer, e adentra o chuveiro assim que retira as suas roupas.
A sua mente insiste em lhe dizer que "que tudo vai por água abaixo", mas a água quente limpa todo o seu corpo e a mente, lhe deixando serena, por alguns segundos.
Fleches vêm em sua cabeça algumas vezes, de quando ela tinha convivência com a sua mãe, o que era, na maioria do tempo, uma tortura, já que seu corpo contém algo que nem ela mesma sabe, mas que com o livro, aquele que foi roubado, ela tem certeza que irá saber o que é o seu "monstro", o que a sua mãe tanto falava.
O banho normalmente lhe ajuda a relaxar a tensão, então assim que o termina, ela já sai do banheiro vestida.
— Cassandra, onde está os outros? — pergunta para a sua irmã que está adormecida, aparentemente.
Ela percebe e vai até o espelho, se olhar e terminar de arrumar-se.
— Onde será que os outros estão? — se pergunta ouvindo apenas o barulho do pente passando pelos seus fios ruivos.
Terminando de arrumar o seu cabelo, ela vê que a sua irmã realmente adormeceu e sai do quarto devagar, para não acordá-la.
Saindo do quarto com os seus pensamentos ambulantes, de repente, sem perceber, ela já está fora da universidade, sentindo a grama nos seus pés, vendo o Campus.
— … — respira fundo.
Olhando ao redor, a Magnus avista a menina de ontem, a Angel, indo até ela.
— Oi? — disse simpática.
— [•••]
Em outra parte da Universidade, um novo aluno adentra a biblioteca, Antony Leroy procura livros, ou apenas um lugar para se distrair, já que não tem amigos.
Ele pegou o primeiro livro que viu e começou a lê-lo, mas sentiu a presença de alguém e olhou em volta, percebendo ser uma menina de cabelo curto e azulado.
— Olá? — disse Leonor.
Ele a olhou sem saber quem é e hesitou em falar, mas pensou: "Uma amizade, talvez?" E a respondeu:
— Olá… — disse tímido.
— Também gosta de ler? — ela perguntou se sentando ao seu lado e ele da espaço. — No que mais tem interesse?
— Na verdade, eu amo. Leio de tudo, mas Poemas são os meus preferidos, e você? — responde gentil.
— Gosto dos de ‘suspense’, mas também leio de tudo, adoro ler, em qualquer momento! — sorriu amigável e ele retribui o sorriso.
— Legal, você também gosta de outras coisas? — Leroy continuou puxando assunto.
— Dependendo das coisas… — disse indecisa. — Sim. — riu. — O que mais amo, principalmente, é o silêncio.
— É, eu entendo... — ele voltou o rosto para o livro e eles ficam em silêncio.
— Então, qual o seu nome? — Leonor pergunta cortando o silêncio.
— Antony, Antony Leroy. — ele sorriu desajeitado.
— Leonor Zaychir, prazer… — ela estendeu a mão e ele a pegou, cumprimentando-a.
— Belo nome. — deixou um sorriso escapar.
— Desculpa, estou tentando me enturmar. — ela se desculpou.
— É eu também não sou bom em fazer amizades. — o seu sorriso fica meio fraco.
O clima é constrangedor, mas rapidamente Leonor, novamente, pergunta algo:
— Parece que temos muitas coisas em comum! — riem juntos. — Qual o seu elemento?
— Sou do elemento Terra, e você?
— Água. — sorriu.
— É um elemento forte. — disse sorrindo e se levanta, pegando alguns livros qualquer. — Bom, foi legal te conhecer, mas tenho que ir, podemos nos ver depois?
— Claro.
Após conhecer Leonor, de uma forma um tanto desconfortável, eles se despedem e ele sai da biblioteca, enquanto ela fica lá, lendo os seus livros de horror.
“Onde eu tava com a cabeça de pegar quatro livros e um que vale por todos eles?”
Pensou Antony, já estando arrependido de carregar o peso sozinho.
Ainda no mesmo dia, foi divulgado na Universidade Magnus que uma das alunas — Lion Zaychir — fez o convite para todos irem à Festa Casual, as 10 da noite, uma novidade.
Antony foi um dos primeiros a saber, então esperou dar a hora e se arrumou, não muito esperançoso de que algo fosse acontecer, então pegou qualquer roupa e saiu do quarto.
O som da música ficava cada vez mais alto cada passo, e quando ele se aproxima do local, o mesmo já consegue ver pessoas sozinhas, e algumas juntas dançando.
O garoto vai diretamente para o balcão, pegar a sua primeira bebida, a que talvez seja de muitas essa noite.
Ele pediu a bebida e sentou-se num banco próximo de algumas decorações, tudo bem organizado, o bar, algumas mesas, cadeiras e poltronas com almofadas.
— É, essa festa será… fogo — sorriu de lado, bebendo mais um copo do Rum Wesley.
Apesar de ser tímido, Antony observa bem todos os cômodos em que está, então acaba se aventurando com facilidade, principalmente quando há álcool.
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