03

– Roubo.

O Campo de Treinamento é aberto e cheio de flores, juntos de alguns bonecos de ferro, para fogo e entre outras coisas que não servem a Elizabeth e a Cassandra, mas sim aos outros alunos.

— Sabia que estou procurando o livro? — Elizabeth diz enquanto começou a sugar a terra para as suas mãos.

— Qual motivo de pensar sempre nisso? E, porque está procurando o tesouro? — Cassandra, por sua vez, continua soltando falhadas faíscas pela mão por não conseguir se concentrar muito bem.

— Quero poder, Cassandra, evoluir! — continuou a puxar terra. — Você é forte, não precisa estudar, né? — provocou.

As duas começam a se afastar uma da outra, fazendo com que, agora, para se comunicarem, usem apenas suas habilidades.

Elas ainda continuam uma de frente com a outra.

— Ficando trancafiada naquele quarto? Mamãe sempre te criou do jeito errado! — as suas chamas começam a aparecer. — Papai ensinou-me a ser forte, e não fraca como você Liz. — Elizabeth sentiu o tom de voz de Cassandra mudar.

Cassandra, mesmo respeitando sua irmã, gosta de causar provocações, e não se importando sempre se caso fale algo tóxico.

— Cassandra, “mamãe e papai” nunca nem me amaram, e eu que não quero lutar com a natureza, ela é o que me dá força, eu só preciso de alguém, e esse “alguém” é você! — deu um sorriso de convencida e arrumou a sua postura, puxando a terra pelos meus pés, onde ela percorre o seu corpo, lhe consumindo.

— Isso é a atualidade Elizabeth! O mundo não é mais dos espertos e sim dos que sabem lutar.

— Eu não preciso de frases bonitas, eu SEI o que devo fazer! — reclamou.

Criando pedaços de pedra com a terra que acumulou, Elizabeth as deixa flutuando, concentrando-as abaixo de seu joelho, apenas para defesa.

— É verdade, sabe que tem que lutar, não é? Você é a força maior! — debochou e criou um círculo de fogo em sua volta. — Pode começar você dessa vez. Não queria se esquentar? — sorriu maliciosa, fazendo com que as chamas dobrassem de tamanho.

— Isso é música para meus ouvidos. — disse Elizabeth, sorrindo de canto de boca.

As pedras pequenas que estavam em volta das pernas de Elizabeth, dobram de tamanho, criando barreira de pedras grossas e fortes em seu redor.

— Hoje será sua noite de banho, Cass.

De repente, a garota arremessa metade das pedras em sua irmã, ela quer descontar a raiva que sente, porém a única que se disponibiliza para isso, é sua irmã.

Cassandra recebe pedradas, mas boa parte delas são desfeitas com o fogo, então ela criou esferas pequenas e arremessou em sua irmã, que bloqueou boa parte com um escudo de terra.

O Campo de Treinamento começa a ficar escuro, a noite está chegando e o clima começa a esquentar, o calor das chamas de Cassandra esquentam bem o local.

As partículas de terra sobem, fazendo com que tudo seja coberto por poeira.

Cassandra chega perto da irmã e começa a quebrar com dificuldade a barreira de Elizabeth, fazendo um pequeno buraco pela barreira e sorrateiramente ela joga o calor, acertando o colo de Elizabeth.

Elizabeth gemeu de dor e sua barreira se desfez.

— Já começou a treinar os feitiços da Madame Brulett? — disse Cassandra, ofegante e afastando-se.

— O quê? — a garota ficou com dificuldade para ouvir, pois, o ataque a feriu.

Elizabeth também se afasta, porém, jogando pedras pontudas e finas, um ataque surpresa, pedras envenenadas.

As mesmas se mostram com a perda de velocidade, e Cassandra se protege com o braço, realizando nele pequenos arranhões.

— Madame Brulett apareceu no nosso dormitório ontem passando alguns feitiços para os nossos Elementos. — disse Cassandra.

— Não seja patética! A Madame Brulett está nos ensinando coisas que já sabemos fazer! — a mais nova se preparou para fazer a sua pose.

Elizabeth colocou uma de suas mãos no chão e um pé para trás, procurando equilíbrio e ar, o que ainda parece faltar.

A fumaça e a poeira não ajudam muito no seu caso, a sua respiração ofegante piora quando o oxigênio parece queimar com as habilidades da sua irmã.

Elizabeth, aproveitando o seu momento de vulnerabilidade, ela sabe do ataque que a sua irmã irá fazer, então absorveu terra para fazer a sua Camada Protetora.

Cassandra, como disse antes, aproveitou o “sinal” correu até a sua irmã, puxando-a para trás colocando a mão quente no seu colo novamente, parece que a intenção era realmente de perfurá-la.

Porém, em instantes, Elizabeth se desfaz e ataca Cassandra pelas costas, as pequenas partículas de terra se juntam, criando assim, uma forca no pescoço de Cassandra, que por alguns segundos já se foi o suficiente para lhe retirar o fôlego.

Beth percebe que o braço, em que a outra Magnus defendeu o seu ataque antes, está a ficar envenenado, como esperado, criando bolhas e feridas.

Cassandra percebe e começou a gritar de dor, dando a chance de sua irmã ataca-la sem dó.

Com as pedras e a terra acumulada, Elizabeth prende Cassandra e a cura com a terra, porém ainda a prendendo.

— Obrigada, mas não precisa ter dó! — reclamou Cassandra.

Elizabeth olha para seus próprios machucados e diz:

— Pelo menos penso em você! — usou a cura de terra nos seus ferimentos próprios.

Cassandra não hesita e cede.

– [...]

Elas ficam ali por um tempo, descansando e conversando sobre inúmeras coisas, fazia tempo que elas não tinham essa conversa e descanso juntas, por mais que fosse brigando ou conversando normalmente.

Elizabeth sentiu falta da irmã, mas o cargo dela é muito maior que o seu no Colégio, causando assim uma distância mínima, mas que para Elizabeth é o bastante para se sentir sozinha.

Beth sabe que não irá conseguir usufruir do patrimônio deixado pelo pai, então ela faz descaso disso.

— [...]

As duas se levantam e vão diretamente para seu quarto, já no amanhecer.

— Entrou mais alguém com Elemento de Terra, ou ouvi errado? — disse Cassandra.

— Pelo que andam espalhando é ele, e é bonito, se é de seu interesse — respondeu cansada.

Ela sorriu boba e caminharam para dentro do Colégio, chegando na parte do corredor.

— Aliás, sua vida amorosa vai como, depois do último fiasco? — disse de forma irônica, se referindo ao ex de Elizabeth.

— Calma Cassandra, eu não me envolvo em relacionamento nenhum depois que enterrei o coitado vivo. — rio alto — Aliás… bons momentos!

Elizabeth abre a porta do quarto, já indo numa estante onde deveria ter um livro específico, mas ela percebe que ele não esta mais no lugar que havia deixado.

— Quem entrou aqui? — disse preocupada.

— Eu não sei, o que aconteceu? — Cassandra perguntou.

— Meu livro não está aqui! — reclamou ficando ofegante.

Cassandra correu para o banheiro, achando que alguém poderia estar lá, mas não há ninguém, ela olha pra Beth em um jeito de: “Ninguém está aqui.”

A garota começa a se desesperar.

— Meus estudos… — omitiu.

Suas mãos soam frio e coisa vêm em sua mente.

"Roubaram o livro!?"

"Agora ela vai voltar mais forte!"

"Kathryn não pode voltar!"

— Não tem ninguém aqui, Elizabeth, como estão os seus outros livros? — Cassandra abraçou sua irma, tentando lhe acalmar. — Relaxa, ninguém fez mal.

“Relaxa, ninguém fez mal”

Isso percorre a mente da garota.

— Ainda não fez, não é? — ela aceita o abraço e retribui.

Ela se afasta e pega rapidamente roupas roupas para um banho.

— O que tinha nos livros? — perguntou Cassandra.

— Eu não direi, mas uma destruição acontecerá se eu não encontrar. — disse baixo o suficiente para sussurrar.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!