– Roubo.
O Campo de Treinamento é aberto e cheio de flores, juntos de alguns bonecos de ferro, para fogo e entre outras coisas que não servem a Elizabeth e a Cassandra, mas sim aos outros alunos.
— Sabia que estou procurando o livro? — Elizabeth diz enquanto começou a sugar a terra para as suas mãos.
— Qual motivo de pensar sempre nisso? E, porque está procurando o tesouro? — Cassandra, por sua vez, continua soltando falhadas faíscas pela mão por não conseguir se concentrar muito bem.
— Quero poder, Cassandra, evoluir! — continuou a puxar terra. — Você é forte, não precisa estudar, né? — provocou.
As duas começam a se afastar uma da outra, fazendo com que, agora, para se comunicarem, usem apenas suas habilidades.
Elas ainda continuam uma de frente com a outra.
— Ficando trancafiada naquele quarto? Mamãe sempre te criou do jeito errado! — as suas chamas começam a aparecer. — Papai ensinou-me a ser forte, e não fraca como você Liz. — Elizabeth sentiu o tom de voz de Cassandra mudar.
Cassandra, mesmo respeitando sua irmã, gosta de causar provocações, e não se importando sempre se caso fale algo tóxico.
— Cassandra, “mamãe e papai” nunca nem me amaram, e eu que não quero lutar com a natureza, ela é o que me dá força, eu só preciso de alguém, e esse “alguém” é você! — deu um sorriso de convencida e arrumou a sua postura, puxando a terra pelos meus pés, onde ela percorre o seu corpo, lhe consumindo.
— Isso é a atualidade Elizabeth! O mundo não é mais dos espertos e sim dos que sabem lutar.
— Eu não preciso de frases bonitas, eu SEI o que devo fazer! — reclamou.
Criando pedaços de pedra com a terra que acumulou, Elizabeth as deixa flutuando, concentrando-as abaixo de seu joelho, apenas para defesa.
— É verdade, sabe que tem que lutar, não é? Você é a força maior! — debochou e criou um círculo de fogo em sua volta. — Pode começar você dessa vez. Não queria se esquentar? — sorriu maliciosa, fazendo com que as chamas dobrassem de tamanho.
— Isso é música para meus ouvidos. — disse Elizabeth, sorrindo de canto de boca.
As pedras pequenas que estavam em volta das pernas de Elizabeth, dobram de tamanho, criando barreira de pedras grossas e fortes em seu redor.
— Hoje será sua noite de banho, Cass.
De repente, a garota arremessa metade das pedras em sua irmã, ela quer descontar a raiva que sente, porém a única que se disponibiliza para isso, é sua irmã.
Cassandra recebe pedradas, mas boa parte delas são desfeitas com o fogo, então ela criou esferas pequenas e arremessou em sua irmã, que bloqueou boa parte com um escudo de terra.
O Campo de Treinamento começa a ficar escuro, a noite está chegando e o clima começa a esquentar, o calor das chamas de Cassandra esquentam bem o local.
As partículas de terra sobem, fazendo com que tudo seja coberto por poeira.
Cassandra chega perto da irmã e começa a quebrar com dificuldade a barreira de Elizabeth, fazendo um pequeno buraco pela barreira e sorrateiramente ela joga o calor, acertando o colo de Elizabeth.
Elizabeth gemeu de dor e sua barreira se desfez.
— Já começou a treinar os feitiços da Madame Brulett? — disse Cassandra, ofegante e afastando-se.
— O quê? — a garota ficou com dificuldade para ouvir, pois, o ataque a feriu.
Elizabeth também se afasta, porém, jogando pedras pontudas e finas, um ataque surpresa, pedras envenenadas.
As mesmas se mostram com a perda de velocidade, e Cassandra se protege com o braço, realizando nele pequenos arranhões.
— Madame Brulett apareceu no nosso dormitório ontem passando alguns feitiços para os nossos Elementos. — disse Cassandra.
— Não seja patética! A Madame Brulett está nos ensinando coisas que já sabemos fazer! — a mais nova se preparou para fazer a sua pose.
Elizabeth colocou uma de suas mãos no chão e um pé para trás, procurando equilíbrio e ar, o que ainda parece faltar.
A fumaça e a poeira não ajudam muito no seu caso, a sua respiração ofegante piora quando o oxigênio parece queimar com as habilidades da sua irmã.
Elizabeth, aproveitando o seu momento de vulnerabilidade, ela sabe do ataque que a sua irmã irá fazer, então absorveu terra para fazer a sua Camada Protetora.
Cassandra, como disse antes, aproveitou o “sinal” correu até a sua irmã, puxando-a para trás colocando a mão quente no seu colo novamente, parece que a intenção era realmente de perfurá-la.
Porém, em instantes, Elizabeth se desfaz e ataca Cassandra pelas costas, as pequenas partículas de terra se juntam, criando assim, uma forca no pescoço de Cassandra, que por alguns segundos já se foi o suficiente para lhe retirar o fôlego.
Beth percebe que o braço, em que a outra Magnus defendeu o seu ataque antes, está a ficar envenenado, como esperado, criando bolhas e feridas.
Cassandra percebe e começou a gritar de dor, dando a chance de sua irmã ataca-la sem dó.
Com as pedras e a terra acumulada, Elizabeth prende Cassandra e a cura com a terra, porém ainda a prendendo.
— Obrigada, mas não precisa ter dó! — reclamou Cassandra.
Elizabeth olha para seus próprios machucados e diz:
— Pelo menos penso em você! — usou a cura de terra nos seus ferimentos próprios.
Cassandra não hesita e cede.
– [...]
Elas ficam ali por um tempo, descansando e conversando sobre inúmeras coisas, fazia tempo que elas não tinham essa conversa e descanso juntas, por mais que fosse brigando ou conversando normalmente.
Elizabeth sentiu falta da irmã, mas o cargo dela é muito maior que o seu no Colégio, causando assim uma distância mínima, mas que para Elizabeth é o bastante para se sentir sozinha.
Beth sabe que não irá conseguir usufruir do patrimônio deixado pelo pai, então ela faz descaso disso.
— [...]
As duas se levantam e vão diretamente para seu quarto, já no amanhecer.
— Entrou mais alguém com Elemento de Terra, ou ouvi errado? — disse Cassandra.
— Pelo que andam espalhando é ele, e é bonito, se é de seu interesse — respondeu cansada.
Ela sorriu boba e caminharam para dentro do Colégio, chegando na parte do corredor.
— Aliás, sua vida amorosa vai como, depois do último fiasco? — disse de forma irônica, se referindo ao ex de Elizabeth.
— Calma Cassandra, eu não me envolvo em relacionamento nenhum depois que enterrei o coitado vivo. — rio alto — Aliás… bons momentos!
Elizabeth abre a porta do quarto, já indo numa estante onde deveria ter um livro específico, mas ela percebe que ele não esta mais no lugar que havia deixado.
— Quem entrou aqui? — disse preocupada.
— Eu não sei, o que aconteceu? — Cassandra perguntou.
— Meu livro não está aqui! — reclamou ficando ofegante.
Cassandra correu para o banheiro, achando que alguém poderia estar lá, mas não há ninguém, ela olha pra Beth em um jeito de: “Ninguém está aqui.”
A garota começa a se desesperar.
— Meus estudos… — omitiu.
Suas mãos soam frio e coisa vêm em sua mente.
"Roubaram o livro!?"
"Agora ela vai voltar mais forte!"
"Kathryn não pode voltar!"
— Não tem ninguém aqui, Elizabeth, como estão os seus outros livros? — Cassandra abraçou sua irma, tentando lhe acalmar. — Relaxa, ninguém fez mal.
“Relaxa, ninguém fez mal”
Isso percorre a mente da garota.
— Ainda não fez, não é? — ela aceita o abraço e retribui.
Ela se afasta e pega rapidamente roupas roupas para um banho.
— O que tinha nos livros? — perguntou Cassandra.
— Eu não direi, mas uma destruição acontecerá se eu não encontrar. — disse baixo o suficiente para sussurrar.
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