TRAGÉDIA // NADA FEITO

Decido ir embora sem demora pela manhã. Arrumo minhas coisas bem cedo na casa de meu amigo Antoni, que ainda não tinha saído para trabalhar. Me esperava para que assim, pudéssemos nos despedir.

Após arrumar tudo. Desço as escadas de sua linda mansão. Ao chegar na sala, Antoni me aguarda sentado em sua poltrona.

**Antoni**\_ João, meu amigo. Uma pena que tenha que ir agora.

**João**\_ É... Não quero correr o risco de que minha filha saiba que estive hospedado em sua casa esse tempo, e que mantivemos contato. Ela poderia desconfiar.

**Antoni**\_ Entendo. Espero está tomando a decisão certa em ajudá-lo.

**João**\_ Fique tranquilo. É tudo por uma causa justa e nobre. Temo que agora não poderei explicar.

**Antoni**\_ Eu entendo, amigo. Vamos tomar café?! Não deixaria ir embora de minha casa com fome.

Caminhamos até a sala de café da manhã, que era diferente da sala de jantar. Tinha um ambiente mais descontraído, com assentos acolchoados redondos, baixos, com uma mesa na altura dos assentos.

Vejo a esposa de Antoni, e a cumprimento.

**João**\_ Olá, Senhora Judith. Um prazer revê-la.

**Judith**\_ Ah... João, querido. Quanto tempo. Onde está Amélia? Não veio?

Tento disfarçar meu semblante culpado. Deixando transparecer somente a tristeza que sinto, sabendo que a culpa do estado de minha esposa é, somente, minha.

**João**\_ Infelizmente, minha esposa Amélia sofreu um acidente de carro. Desde então, encontra-se em coma.

**Judith**\_ Meu Deus!!! Eu não sabia. Me desculpe, João. Não queria ser indelicada.

**João**\_ Não se desculpe. Não teria como você saber disso.

Percebo que Judith ficou um pouco constrangida por ter perguntado de Amélia, por não saber do que havia acontecido. E eu tento descontrair conversando sobre quando íamos com mais frequência para a casa dos Bianchi. E, assim, temos um café da manhã descontraído.

Após o café da manhã, eu não me demoro para sair. Me despeço de todos, agradeço muito toda recepção e entro no carro. O motorista já estava a horas me esperando, e eu entro tão distraído que não percebo que esse motorista eu não conheço. Quando me dou conta de que não é o meu motorista, falo em frustração

**João**\_ Quem é você? O que fez com meu moto.....

Não ouço e não vejo mais nada. A última coisa que sinto é um cheiro forte em meu nariz...

~~~ **AUTORA NARRANDO** ~~~

Neste momento, João acaba de ser levado pelos mafiosos russos. Ele havia que mesmo na casa de Antoni, ainda corria perigo. Mas, não pensou direito. Dispensou os seguranças e ficou, somente, com seu motorista. Que não foi difícil se se livrar.

Em menos de 20min, o Sr. Gonzales é levado para um galpão. Onde é amarrado como um bicho naquele lugar que fedia a gente morta. Logo, João acordou. Atordoado, sem muito entender, ele abre os olhos e tá de frente para 4 homens. E um deles, parecia ser o chefão

**Turkin**\_ Olha...Se não é nosso amigo João Gonzales. Àquele que roubou nossa cocaína e mandou nosso pessoal sumir aqui da Itália...

Ele acena com a cabeça para que um dos seus capangas pegue um alicate para que a tortura comece. Mas antes disso, João começa a falar

**João**\_ Não, não faça isso. Eu pagarei a dívida.

**Turkin**\_ Haha. Ouviram isso? Ele vai pagar a dívida. Me diz...Como você vai pagar 20 milhões de euros?

**João**\_ Os Medeiros.

Nesse momento, Turkin se senta novamente e deixa que João continue explicando como fará para pagar toda essa dívida.

**João**\_ Os Medeiros moram aqui. É nítida toda influência que eles têm. Que é bem maior que a minha nesse meio da máfia. Eu e os meus homens não somos nada perto de todo Clã dos Medeiros. Eles estão por dentro de todos os negócios, tem uma ótima negociação. E o filho de Giovani Medeiros, se casará com minha filha. E pagará minha dívida.

Neste momento, Turkin se retira por um momento. Parece que havia saído para falar ao telefone. Ele volta fazendo sinal de positivo para seus homens. E o que aparenta no próximo momento é que eles iriam embora, deixando o Sr. Gonzales ali. Mas, antes, Turkin pega um facão e da 5 golpes contra João, e antes de ir embora, diz

**Turkin**\_ Não brinque comigo. Espero que sobreviva. Pois, sua mulher já partiu, e não queremos machucar sua filha.

João estava desfalecendo, ele não conseguia falar nada sobre o que acabara de ouvir. Estava desesperado. E quando ouve o barulho da ambulância, se entrega ao imenso peso que estava sob seus olhos.

Acontece que Turkin, chamou a ambulância antes de sair do galpão. Deixando João contando com a sorte e o tamanho da sua vontade de viver.

João Gonzales é encaminhado para um ótimo hospital, os primeiros socorros é feito ainda dentro da ambulância, e conseguem manter João vivo.

~~~~~ **DE VOLTA A YASMIN** ~~~~~

Acabo cochilando na banheira, e acordo por uma dor forte no meu peito. Imediatamente, penso na minha mãe e no meu pai. Estou sem notícias deles e isso me deixa aflita. Minha vida foi viver para os dois.

Olho a hora e vejo que são 13:30h. Pulo da banheira, me arrumo rapidamente. Passo uma maquiagem leve, e nesse meio tempo são 14:15h. Como combinei de sair daqui com Daniel às 14:30h, resolvo tentar ligar para os amigos dos meus pais, donos do hospital onde minha mãe está para saber dela.

Ligo a primeira vez, e a ligação chama, chama, até que cai. Tento mais uma vez, e quando atendem, Daniel entra no quarto dizendo

**Daniel**\_ Yasmin, eu sei que estamos perto da empresa de Antoni, mas parece que vamos pegar um engarrafamento. Não queremos nos atrasar.

Eu acabo esquecendo do telefone, e por está muito ansiosa, levanto, coloco o notebook na bolsa, pego minha pasta, minha bolsa e saio disparada com Daniel.

Chegamos na empresa do Sr Bianchi, às 14:50h. Daniel estava certo, pegamos um engarrafamento horrível, e com certeza se esperássemos até às 14:30h, não chegaríamos com antecedência.

Quando chegamos, uma moça muito gentil nos recebe e acompanha

**Ester**\_ Olá. Acredito que a Senhorita é Yasmin Gonzales. E o senhor...

**Yasmin**\_ Este é Daniel O'connor. Meu secretário.

**Ester**\_ Ótimo! O Sr. Bianchi já os aguarda em sua sala. Por favor, me acompanhe

Acompanhamos Ester até a sala de Antoni. A mesma abre a porta, nos dando espaço para entrar e saindo logo em seguida.

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