Vendida para o CEO

Vendida para o CEO

01

Acaso é uma eventualidade, algo que acontece sem que qualquer um de nós tenha a mínima expectativa de que realmente venha a se tornar real.

A minha vida e a de Luna se chocou casualmente, movidas pelo intenso e imensurável desejo de seguir em frente, mesmo que as esperanças já quase se esgotassem em meio ao caos. Jamais quis que ela fosse minha amante, outra palavra de cunho muito duvidoso. Desde o princípio fui o amante dela, aquele que a apreciava e mantinha intenso afeto, mas nunca pensei nela como um objeto. A vida de Luna foi resumida a dor e a relações ilícitas. Desde o primeiro momento meu objetivo foi mudar essa visão e transformá-la em uma mulher que poderia amar...

E ser amada.

O papel em minha mão parecia reluzir aos meus olhos enquanto eu dirigia pelas estradas escuras na noite estrelada e quente. O carro corria no asfalto, evidenciando minha pressa para chegar ao destino desejado, pois perder tempo era um luxo e um dos poucos que eu não tinha! O vento ricocheteava em meu cabelo claro e meus olhos, por trás dos óculos escuros, se mantinham fixos na estrada. Apenas o vazio tomava conta da paisagem, até que finalmente uma luz vermelha piscou distante e bem ao fundo da visão.

— Enrico, é sua única saída! — Tristan disse firmemente, me estendendo um pequeno cartão de visitas decorado com fotos de garotas seminuas — Sei que parece antiético, mas precisa comprar uma esposa! Quero dizer, alugar uma garota até que consiga

resolver tudo isso! Se não fizer, perderá sua filha para sempre e isso sim é inadmissível!

Minha mente buscava ignorar a voz de meu irmão

insistentemente presente, mas meu coração sabia que Tristan era sempre claro e sincero. Eu estava no fundo do poço e, se demorasse um pouco a tomar qualquer decisão, a guarda de minha pequena seria tirada de mim.

Esse risco, definitivamente, não estava em questão.

A luz vermelha foi se aproximando mais e mais a cada quilômetro rodado e minhas mãos tremeram mais forte contra o volante. Um aglomerado de carros se fez presente no

estacionamento do lugar e notei que por fora era como qualquer boate, principalmente pela indiscreta luz vermelha que piscava para chamar a atenção dos homens. Por dentro, eu sabia muito bem, tratava-se de uma casa de prostituição.

Desci do carro decidido e com o talão de cheques no bolso. Era meu dever como pai sair dali com uma compra adquirida e um negócio fechado! Não havia maneira de fugir da realidade dolorosa, mas eu não estava disposto a correr qualquer risco em relação a Laila.

Empurrei a porta escura e mergulhei diretamente em uma atmosfera sexual, com música erótica, cheiro perturbador de álcool e cigarros. A massa quente e inconfundível indicava o quão sujo e pesado era o ambiente e segui rapidamente até o balcão longo com uma passarela de postes de pole dance.

Meu coração disparou ao pensar sobre as pessoas que ali estavam, principalmente as mulheres seminuas sobre o palco. Algumas estavam explicitamente nuas e se moviam próximas aos homens, algo que me perturbou instantaneamente.

Jamais fui santo, mas nunca me envolvi com tráfico de mulheres e prostituição. Pagar para ter sexo me parecia imoral e antiético, totalmente contra meus princípios como homem. Nada do que fiz em toda a vida, mesmo na época de garoto na faculdade, me levou a descer tão baixo quanto agora.

Não prestei a menor atenção nas mulheres nuas, pois toda minha concentração se dirigia a moça de cabelos vermelhos que mascava um chiclete e ao mesmo tempo bebia uísque conversando com um homem mais velho. O nome Danna era exibido em um cartão pequeno pendurado em seu busto, coberto por um sutiã vermelho e brilhante. Era exatamente isso... Danna era o nome da mulher que Tristan me mandou procurar na tal boate.

Segui até Danna e ela, no momento em que me viu, deixou de conversar com o homem para encarar-me enquanto enrolava um de seus cachos ruivos nos dedos de maneira sedutora. Desconfortável, estendi a mão em direção a ela, que aceitou rapidamente o cumprimento formal.

— Boa noite, querido — Sua voz era maliciosa e tentei relaxar, ainda tenso — Procurando companhia para uma noite tão agradável? Posso ajudá-lo, certamente... — Mordeu os lábios e o homem junto dela pareceu incomodado.

— Você é a Danna, não é? — Assentiu de imediato, interessadíssima no que eu tinha para dizer — Sou Enrico Casablanca, irmão de Tristan. Ele me recomendou o lugar porque preciso fazer uma compra. Tenho um negócio urgente.

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Comments

ana

ana

gostei

2024-09-16

0

Michelly De Jesus

Michelly De Jesus

iniciando hoje 25/06/24 kkkkkkkkkkk😘😘🥰🥰😍😍🤩🤩🤩❤❤😻😻💋💋💖💖

2024-06-25

0

Maria Benta

Maria Benta

iniciando a leitura às 06:53
20/02/24

2024-02-20

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