Havia um homem sentado em um sofá dourado com joias de ouro adornando o pescoço e anéis brilhando nos dedos rechonchudos. Vestido com um casaco de pele animal, constatei imediatamente que se tratava do chefe mencionado por Danna. Os olhos negros do mesmo assistiam ao que acontecia na cama de casal forrada com lençóis vermelhos a sua frente e me contive pelo horror que me tomou ao reparar na grotesca cena.
Outro homem, um tipo ainda mais repugnante, estava sem camisa sobre uma pequena mulher em meio a cama enorme. Ela gritava e se debatia em intenso desespero, usando todas as forças que ainda possuía em seu frágil ser para implorar ao nada por socorro. Empurrava o homem com força e a cor vermelha do sangue escorrendo de seus lábios e nariz me chamou a atenção imediatamente.
O cabelo castanho espalhado pelo lençol confirmou minha suspeita... A mulher em questão, a que urrava de nojo e repulsa em uma luta covarde contra o homem, era a menina que a pouco se apresentou no palco.
A dançarina brilhante.
O homem se divertia com a situação suja e tentava estuprá-la perante meus olhos. O choque me preencheu, uma vez que jamais imaginei presenciar uma cena tão covarde.
— Vamos, querida, se comporte! Você sabe que não tem ninguém aqui para te salvar... — Disse o chefe, com grande sorriso no rosto — Ela é ótima! — Continuou, em postura prepotente —
Vale cada centavo pago para sentir o prazer que é estar dentro dela.
— A frase me perturbou, principalmente quando o homem sobre ela desferiu um tapa forte no rosto feminino, pois a mesma o mordeu em uma tentativa de se defender.
Pude ouvi-la gemendo de dor e foi aí que reuni a coragem necessária para invadir o quarto e paralisar a situação nefasta.
O chefe me encarou totalmente surpreendido, exatamente como o homem sobre a mulher. A própria fez o mesmo, sentando-se na cama rapidamente para cobrir os seios exposto com as mãos trêmulas. O cabelo castanho e longo caiu por cima de suas mãos pequenas, cobrindo ainda mais sua pele rosada e macia. A respiração dela era ofegante e seus olhos não abandonavam meu rosto, encarando-me de maneira desesperada. Lágrimas se misturavam ao sangue que seguia descendo por seu nariz e boca.
— Com licença! Você deve ser o chefe do estabelecimento... Precisamos conversar — Os olhos do homem me analisaram com desdém — Me desculpe... Sou Enrico Casablanca — Meus olhos, que encaravam fixamente a garota, se voltaram até o chefe quando estiquei a mão em sua direção.
Minha vontade era cuspir nele ou acertá-lo com um soco, mas tratei de ser frio, como a situação exigia.
— Casablanca? — Alertou-se ao ouvir o nome influente de minha família e se moveu no sofá — Enrico Casablanca? — Apertou minha mão quando se colocou de pé frente a mim. Era baixo e redondo, uma figura até engraçada, se não fosse tão desprezível — Estava à sua espera! Seu irmão foi um cliente muito importante para minha boate e juntos já fechamos grandes negócios... — Suspirei de maneira descrente. Tristan realmente era um cretino por se envolver com gente assim — Me diga, rapaz... Já escolheu seu produto?
— Obviamente. — O tipo que antes abusava da garota agora estava na cama absolutamente tenso, um tanto longe dela, mas com os olhos brilhantes focados na frágil figura seminua. Era como encarar um predador que apenas esperava para recomeçar de onde havia parado — Quero aquela... — Acenei para a menina encolhida no canto, que ergueu os olhos castanhos em minha direção.
O silêncio dominou o quarto por algum tempo.
— Enrico... Sinto muito! Danna não explicou que ela é inacessível? — Apontou para a garota de maneira rápida. Puxei o talão de cheques do meu bolso — Trata-se de um produto exclusivo!
— O ponto é exatamente esse... — Me aproximei ainda mais dele — Preciso de algo exclusivo, que não se assemelhe a uma... — Olhei para ela uma vez mais, notando que abaixava o rosto pela vergonha da situação. Eu a negociava a me sentia repulsivo por isso, mas deveria seguir em frente se queria ajudá-la — Garota de programa. Preciso de uma mulher como ela... — O chefe analisou a garota novamente — Pago quanto for preciso! — Ressaltei — Basta me dizer o valor. Comigo, dinheiro não é um problema.
— Não tenho dúvidas disso, Enrico — Seu tom era amigável — Mas ela não. Trata-se de minha maior fonte de lucro por aqui, meu caro!
— Então infelizmente não poderemos fechar um negócio, meu caro... — Repeti a última palavra, a qual citou em tom debochado — Essa mulher é a única que me despertou interesse.
— Clóvis — Disse um pouco mais alto, com uma das mãos coçando a barba de maneira pensativa — Meu nome é Clóvis e... Você disse que paga quanto? — Sorri com o nítido interesse demonstrado por ele.
— Quanto me pedir — Assegurei — Presumo que será ótimo fechar um bom negócio e, de quebra, escapar de alguma denúncia anônima que eventualmente poderá acontecer. Eu odiaria ter que falar sobre seu negócio de alguma maneira que poderia prejudicá-lo — Eu sabia negociar e ele estava ciente.
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Zulma Oliveira
como pode ter homens repugnantes como esse bolo fofo nojento 😝
2024-12-14
0
ana
que horror
2024-09-16
1
Michelly De Jesus
mas que escrito nojento esse Clóvis!!!!!!
😘😘🥰🥰😍😍🤩🤩🥺🥺🥺😭😭😭❤❤❤💖💖💖😻😻💋💋💋
2024-06-25
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