A Serva
Olhando fixamente para ele,não acreditava no que estava acontecendo,eu preferia a morte a isso,mas não tinha outra escolha,só havia um destino para mim agora:a servidão.
Meu nome é Darlivin Swooc,moro em uma província pequena do meu país,um local rural onde vivemos de plantações e criação de animais,moro em uma pequena fazenda com minha família,minha mãe,meu pai e meu irmão mais novo. Em nossa casa ajudo tanto a cuidar dos animais,que agora são poucos,como ajudando minha mãe a cuidar da casa. Eu acostumava acordar cedo para ordenhar nossas vacas,mas não sobrou nenhuma,o que nos resta são algumas poucas galinhas,também perdemos nossos porcos,estamos decaindo muito rápido,não sei o que será de nós por mais um mês . A culpa toda é do meu pai,que além de ser um bêbado,começou a querer apostar em negócios falidos e temos perdido tudo.E o pior é minha mãe que não fala nada,em breve talvez venhamos a passar necessidade,coisa que nunca havia acontecido.
Meu irmão ainda é pequeno e não trabalha e eu por ser mulher não é nada fácil conseguir um emprego honesto,nem para minha mãe também,e papai não sei o quer da vida.
-Mas um dia senhora galinha.-digo quando vou recolher os ovos ,mas hoje não tem nenhum.Respiro fundo até as galinhas parecem absorver o clima da casa:pesado.Não tem dado ovos ultimamente,as vezes vou no galinheiro apenas para conversar com elas ,não posso falar com meu irmão pequeno nem com minha mãe que já está com um peso muito grande nas costas, e meu pai não liga.
-Nada de ovos hoje de novo mãe -digo entrando em casa,que está caindo aos pedaços.
-Pois é filha vamos comer sem mistura hoje,a não ser que seu pai traga algo.
As vezes me pergunto se minha mãe e ingênua ou se faz,papai viria para tirar ao invés de trazer algo,ao longo do tempo foi acabando com a fortuna que ganhou do nosso avô . Então deixo de lado a ideia de falar o que penso e vou arrumar a casa,enquanto minha mãe faz o almoço. Queria um dia poder ter o que comer direito,ou ter uma vida diferente da que eu tenho aqui. Mas eu preciso viver assim até as coisas melhorarem em nosso país também,talvez até consiga um emprego.
Depois do almoço costumo sair até o vale que tem perto de casa para catar algumas frutas das árvores a esmo que encontro,sempre vou com meu irmão,Aivo,eu costumo chama lo de Ai,estamos caminhando de mãos dada,somos muito próximos.
-Mana?
-Oi,Ai?
-O papai quase não para em casa será que está procurando um emprego?Se ele arrumar podemos voltar a comer melhor não é?-
Meu irmãozinho consegue ser mais ingênuo que minha mãe .Não tenho costume de mentir mas também não vou iludi lo.
-Ai,acho que nossa situação logo logo vai mudar poderemos comer bem de novo,igual àquela carne com molho que mamãe fazia lembra?
- Ivin se você está falando,eu acredito.
-Que bom,o que nos podemos fazer é continuar ajudando nos afazeres de casa e com os bichos até as coisas voltarem ao normal.
-Ta bom Ivin,tá falado. -Ele me lança um sorriso radiante. Só de ver esse sorriso já me alegro, a inocência dele me cativa ,além do fato de ele ser uma criança alegre e feliz,e um amor de garoto.
Conseguimos achar uma macieira cheia de maças,pegamos o que pudemos carregar.
-Acho que já é o suficiente.-digo para Aivo que já está com sua camisa cheia.Nos levantamos para ir embora-Então vamos voltar quero ver como a mamãe vai ficar.
Nossa mãe fica radiante com as maçãs,até se anima para fazer uma torta para nós.
E quando ela faz fica uma delícia,apesar de faltar ingredientes para uma verdadeira torta de maça,mas minha mãe cozinha muito bem.
Meu pai chega depois do jantar o que me surpreende,ele normalmente chega de madrugada em casa bêbado,hoje claramente ele bebeu mas está o que se pode dizer de sóbrio.
-Chegou cedo-minha mãe diz surpresa.-Alguma boa notícia ?
- Nada ainda mulher,mas eu consegui um comprador pra nossa carroça velha,e vai pagar um bom preço por ela .
- É mesmo meu marido ?Que bom.
-Sim, amanhã pela manhã vou até a cidade entrega-la, e Darlivin quero que venha comigo .
- Eu? -Acho muito estranho papai sempre leva mamãe e não somos o que se pode dizer próximos .
- Eu posso ir meu marido,como sempre vou .
-Não mulher quero que ela vá para pegar a prática ela já está na idade de aprender .
-Isso sim,mas tem certeza que não quer quer eu vá ?
- Só cabem dois na carroça mulher e se você fosse Aivo teria que vir e não há lugar para todos,deixe a lista do que é preciso comprar com a Darlivin que vamos partir antes do amanhecer .
-Nossa tudo muito derrepente,vou preparar as coisas para a viagem;e meu bem vá dormir se não vai ficar cansada para ir amanhã.
- Tudo bem,bênção mãe, benção pai .
- Deus te abençoe filha,boa noite .
-Boa noite .
Vou até meu quarto onde Aivo já está dormindo. Passo um tempo pensando a atitude estranha dele ,o que se passa?Sinto algo de estranho nessa conversa. Mas estou cansada dos afazeres do dia e logo pego no sono.
O Galo está começando a cantar quando minha mãe vem me acordar,me levanto sem querer acordar meu irmão. Visto um vestido simples azul claro de rendas de manga,faço um trança e depois prendo em um coque,preciso ir apresentável afinal estamos indo para cidade . Meu pai por incrível que pareça já está arrumado e começa a me apressar não faço menor ideia do porque . Minha mãe se despede e faz um lanche para a viagem um chá de uma erva que dá nos vales e um pedaço da torta de maçã. -Obrigada mãe ,não vai ficar muito serviço para você sem mim?
-De maneira nenhuma já estou acostumada ,e não estarei sozinha Aivo vai estar aqui e com certeza ele vai me ajudar, vai em paz meu bem.
-Obrigada mãe,quando Aivo acordar diga a ele que eu o amo,mais tarde estarei de volta.
-Claro filha vou dizer.
Então partimos,e por algum motivo sinto um gelo na espinha seria o vento que vem dos vales ?
Seja como for partirmos e agora temos algumas horas de viajem pela frente.
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Atualizado até capítulo 32
Comments
odia Costa
Começando a ler dia 28/ 05/ 2023.
Esse pai já vendeu ela tá na cara
2023-05-30
4
Marta Mendes
Já tô com dó dessa menina
2023-04-22
1
Euza Lisboa
Acho que ele já vendeu a filha.
Esse crápula que não pode chamar de pai.🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮🤮
2023-04-02
0