Juliana estava muito zangada com a maneira que foi tratada por Jack, não sabia se estava mais zangada ou com medo dele; ele nunca a tratou com indiferença ou falou brusco com ela daquela maneira.
De fato desde o dia em que decidiu pedir a mão de Mariane em casamento ele havia mudado muito, não estava mais agindo como o habitual, passava mais tempo com ela, se preocupava quando não ligava ou não mandava uma mensagem.
Talvez ele realmente á amasse e demorou muito pra perceber isso, até aquele dia em que resolveu pedi-lá em casamento, e decidiu dar toda atenção que ela merecia.
Ainda sim não justificava a maneira como ele á tratou, Juliana se sentiu magoada e seus sentimentos feridos, como se tudo o que passaram juntos nos últimos tempos não significasse nada pra ele.
O silêncio pairou entre eles o caminho todo, enquanto no outro carro os outros planejavam como socorrer as vítimas do acidente.
- Mariane você fica com as vítimas que estiverem longe dos carros, Victor e eu ajudaremos os mais feridos que estão perto do carro em chamas.
- E por quê isso?
- Prometi a seu noivo cuidar de você.
- Eu não preciso de babá.
- Não sou sua babá. Só não é necessário correr riscos desnecessários.
- Eu não vou. confie em mim.
- Promete não chegar perto do fogo? - perguntou-lhe dando uma olhada rápida pra ela com um leve sorriso.
- Prometo. - disse ela devolvendo lhe um sorriso.
- Se precisar de alguma coisa você grita e nós ti ajudaremos. -disse Victor amenizando a situação.
Chegando no local o que viram era quase como uma cena de terror, havia várias pessoas ensangüentadas, outras chorava de dor, outras por verem companheiros gravemente feridos e preso dentro do carro, o risco eminente do fogo alcançar antes de serem resgatados, era pior do que eles imaginavam.
Após descerem do jipe pra observar melhor a situação em sua volta, Jack os alcança, sai do carro e e segura a mão de Mariane, assustando-a e a faz virar-se de imediato para vê quem a segurou pela mão.
- Jack? o que está fazendo aqui?
- O que estou fazendo aqui? - repetiu ele. - eu vim atrás de você, acha mesmo que eu deixaria minha mulher vim sozinha pra correr risco de vida?
- Ela não é sua mulher, e você mesmo disse que não vinha. - disse Rivery semi-serrando os olhos de desgosto da presença dele.
- Mudei de ideia. por acaso não posso mudar de ideia? - perguntou Jack querendo ir pra cima dele.
- Ei calma aí gente, estamos aqui pra ajudar, e não pra trazer mais problemas. - disse Mariane ficando entre eles dois. - Meu amor que bom que mudou de ideia.
- Por onde vamos começar?
- Vamos ajudar os caras lá da frente, temos que manter esses carros o mais longe possível do fogo, alguns estão vazando gasolina. - disse Victor.
- E você Mariane me prometeu ficar bem longe das chamas. - disse Rivery.
- Está bem. Juliana vem comigo vamos vê como podemos ajudar.
- Eu não sei nada de primeiro-socorro, más me diga o que fazer que eu faço.
- Ótimo é o suficiente. E vocês tenham cuidado.
- Não se preocupe meu amor, eu te amo. - disse Jack, colocando as mãos no rosto dela para poder beijar-lá.
- Eu te amo. E Rivery cuide de Victor, não se arrisquem muito.
- Isso eu não posso ti prometer.
Deu-lhe um olhar profundo de tristeza e dor, vê-la com Jack o feria profundamente, virou-se de costas e saiu sem mais nada a
dizer. Ela o observava se afastando delas, sentia seu coração apertar, desde o beijo no estacionamento seus sentimentos estavam bagunçado desde então.
- Não se preocupe ele vai ficar bem. - disse Juliana segurando lhe a mão.
- Não sei. Acho que ele nunca esteve no meio de um acidente assim.
- Não estou falando do Jack; estou falando do Rivery.
- O que ti faz pensar que estou preocupada com ele?
- Você pediu pra ele cuidar do Victor, ao invés de pedir pra ele também ter cuidado.
- Está falando bobagens demais,venha temos muito o que fazer.- disse ela segurando-a pela mão e levando em direção aos feridos.
Os rapazes conseguiram chegar até o carro em que uma das vitimas estava presa nas ferragens, os policiais chegaram ao local com mais pessoas, pra ajudar as vitimas enquanto o corpo de bombeiro não chegava.
Ela encontrava-se muito ferida, a perna estava quebrada, o que dificultou muito o resgate, havia mais uma mulher no veículo, más não sabiam se ela estava viva, poderia estar desmaiada, continha um corte na testa e estava sangrando e desacordada.
Victor deu meia volta em torno do carro e verificou se a jovem estava viva, por sorte ela estava, mas estava desmaiada, a porta do carro em que ela estava, encontrava-se emperrada, eles resolveram então tirar primeiro a vítima que estava consciente e gritava de dor com a perna quebrada.
Alguns motoristas que não estava muito machucados, tentaram de toda maneira conter o avanço das chamas em direção ao carro, más o veículo estava derramando muito gasolina, não conseguiriam impedir o avanço por muito tempo.
Os policiais verificaram os assaltantes que causaram o acidente, e constaram que eles haviam morrido do impacto, estava sem cinto de segurança quando foram arremessados contra o vidro, já não tinha mais o que ser feito por eles, agora era se concentrar nas vítimas que estavam com vidas.
Mariane e Juliana foram até Jack que estava chegando com a vítima que estava presa nas ferragens, ela sangrava muito. Mariane virou-se pra Jack e disse.
- Leve-a pro hospital agora.
- Eu não conheço essa região esqueceu disso?
- Ah é verdade.
- Oi. Eu trabalho na pousada e Moro na cidade, eu posso guiar você, se você quiser ajuda. - disse o garçon da pousada.
- Seria bom. Mariane você vem pra ajudar?
- Eu prefiro ficar e ajudar aqui. Leve Juliana com vocês, ela não parece nada bem. - disse olhando pra amiga que estava em pé toda trêmula.
- Promete que vai ficar longe daquele fogo? - perguntou colocando as mãos em seu ombro.
- Prometo. Agora vai depressa ela está perdendo muito sangue.
- Tenha cuidado. Não vamos demorar muito.
Deu-lhe um beijo rápido e com a ajuda do rapaz levou a mulher até seu carro, após imobilizar a perna com um lençol que Juliana encontrou, eles acomodaram e saíram em direção a cidade, no caminho se depararam com um carro da polícia e o corpo de bombeiro, indo no auxílio das vítimas do acidente.
Mariane observava Rivery de longe, seu coração pulava de emoção, ele nasceu pra isso, pra salvar vidas, a outra jovem ainda estava no carro, o imprevisto aconteceu, as chamas alcançaram a parte traseira do carro, e só ouviram um grito saindo da boca de Rivery.
- Não. - ele gritou com as mãos na cabeça. - alguém me traga um pé de cabra rápido.
- O quê? Ficou maluco? Você não vai pra lá o carro está em chamas. - disse ela ficando em sua frente com as mãos em seu peito.
- Ainda dá tempo de tirar ela do carro.
- Ficou louco? Você não vai se arriscar assim, a Mari tem razão. - disse Víctor.
- Victor eu sei me cuidar, fique aqui com ela, e não saiam daqui por favor.
- Não mesmo. Eu vou com você se você for.
- Olha pra me Mari. Pra me salvar aquela jovem eu preciso que você esteja em segurança. Fique aqui com o Victor e mim espere voltar.
- Não. Não faz isso, não vá. - implorou ela aos prantos, o que fez o coração dele ficar apertado.
- Meu amor eu vou ficar bem. - disse ele enquanto colocava as mãos em sua nuca. - Prometo que volto sã e salvo.
- Não vá, não me deixe. - pediu ela agarrada na camisa dele, em prantos.
- Eu nunca vou deixar você, não importa o que aconteça, por favor querida me deixe ir agora, ou será tarde demais pra aquela moça, fique aqui com Victor. - pediu ele e em seguida deu-lhe um beijo nos lábios. - Não deixe ela vim atrás de mim Victor.
Depois de ter feito o pedido ao seu amigo, segurou o pé de cabra que um dos motorista lhe deu e saiu correndo em direção ao carro em chamas, ela já ia sair correndo atrás dele, más foi impedida por seu amigo Victor.
- Me solte Victor. Ele precisa de nós, não podemos deixar ele ir sozinho pra lá.
- Eu também concordo. Más ele me fez prometer cuidar de você, vamos vê se ele consegue, do contrario eu mesmo vou até lá e tiro ele a força.
O fogo começou a chegar na parte de dentro do carro, ele conseguiu abrir a porta, e agora tinha que tirar a jovem de lá rápido, o fogo já estava detrás do Banco dela. Com muita dificuldade ele conseguiu soltar o cinto de segurança dela, á puxou pra fora do carro e a colocou em seus braços.
Havia chamas em vários lugares em sua volta, era a única coisa que clareava aquela escuridão, quando estava se afastando do carro o pior aconteceu, as chamas consumiu o carro e quando alcançou o motor, uma forte explosão aconteceu, com o impacto da explosão, Rivery e a mulher foram jogados longe na vegetação, fazendo com que Mariane e Victor gritasse em uníssono.
- Rivery! Gritaram em espanto com a explosão.
Mariane estava em prantos e gritava, tentava se soltar a todo custo dos braços de Victor, más era em vão, ele gritava por ajuda pra procurar seu amigo, e eles dois saíram correndo e contornando o fogo, ouviram a sirene dos bombeiros chegando.
Avistaram ele e a jovem jogados na vegetação bem afastados do fogo, correram em direção a eles.
Mariane tão depressa chegou até
ele, olhou pra Victor que já á alcançou e disse pra olhar se a mulher estava respirando e tirar ela de lá, ele afirmou que estava e se aproximou de Rivery, ela caiu de joelhos ao lado dele em prantos.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Priscila Silva
as vezes me confundo um pouco com a leitura, mas a história é muito boa .
2022-10-15
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