Na pousada

   Mariane se sentia fraca e sem chão com tudo que acabara de acontecer, durante meses evitou qualquer contato físico com Rivery, não podia admitir pra ele que ainda o amava mais do que qualquer coisa. A dor vinha preencher seu coração, e aquele vento frio de Inverno do interior esfriava ainda mais seu coração.

   Não importa o que ele disseste ou o que sente por ele, tinha um compromisso com Jack, e ela jamais faria isso com ele, no momento mais difícil, foi ele e Victor que estiveram ao seu lado dando-lhe forças para suportar o fim do relacionamento deles.

  Para Victor era ainda mais difícil, ele tinha que vê as duas pessoas que ele mais amava sofrendo, Mariane tinha saído pro Interior e não queria falar com ninguém, e depois que voltou de viagem, não lhe dava oportunidade para falar do quanto seu amigo sofreu com fim do relacionamento deles.

  Ela não tinha ideia do quanto ele sofreu com sua ausência, os dias em que Rivery bebia e chorava de arrependimento, toda a dor do seu amigo ele sentiu junto, ela nunca quis saber o que ele sentiu no rompimento, más não queria que Jack sofresse o mesmo que ela sofreu no passado.

  Uma voz gritava no seu interior, era como se aquelas palavras de Rivery tivesse apertado um gatilho, um sexto sentido, alguma coisa lhe dizia que havia algo de errado, mesmo que tenha sido palavras soltas ao vento, ou sem sentido algum, por alguma razão elas estavam ecoando na sua cabeça, o quê aquilo significava? será alguma premonição? ou só alguma maneira que Rivery encontrou para deixar lá com dúvidas em relação ao carácter de Jack? não. tinha alguma coisa acontecendo que ela não estava vendo claramente.

  A menos de um mês Jack a convidou para um passeio, depois foram a um restaurante jantar juntos e inesperadamente ele a pediu em casamento, foi inesperado, más vê-lo alí de joelhos na frente de todos tirando o anel do bolso, abrindo a caixa em sua frente, ele disse as palavras mais bonitas que ela não esperava.

- Mariane minha linda e bela namorada, desde que ti conheci eu tive a certeza que você era a mulher da minha vida, e em nenhum momento eu tive dúvida disso, e esperei o tempo suficiente até você me amar como eu amo você.

  Nesse momento Mariane já estava tão emocionada que não conteve as lágrimas, elas já começaram a rolar em seu rosto, ela sabia o que aquilo significava, ela pôs as mãos no rosto tentando esconder as lágrimas que não paravam de jorrar como uma cascata.

- Eu quero ti fazer a minha mulher, e ti fazer a mulher mais feliz desse mundo. Mariane meu amor, você aceita se casar comigo?

- Jack! meu amor é claro que eu aceito, sim eu aceito me casar com você meu amor.

  Todas as pessoas que estavam no restaurante ficaram todas emocionadas, e quando Jack colocou o anel no dedo de Mariane, todos começaram a aplaudir, e eles se puseram de pé e se beijaram com muito amor naquele momento.

  Não é possível que ele esteja brincando com os sentimentos dela assim, seria demais pra ela suportar tudo isso. Ela rezava pra que aquelas palavras não fossem verdades, se ele realmente estiver á enganando ela não suportaria passar por tudo aquilo novamente.

  Os outros já estavam dentro da pousada e não tinham idéia do que estava acontecendo entre eles no estacionamento, pior do que a dúvida era aquele sentimento por Rivery atormentando sua mente. como seu corpo o queria e ele estava ao seu alcance, o suficiente para tocar-lo e beija-lo, más não daria o prazer a ele de dizer que ele tinha razão, ela o ama mais do que tudo, e a saudade á está matando.

- Victor vá pegar algumas bebidas pra gente, e peça pra eles trazerem o cardápio se tiver alguma, já vai logo avisando que estamos morrendo de fome. - disse Jack, enquanto se sentava em uma das cadeiras que estava próximo a mesa.

- Está bem. vou pedir gelo também. - Victor deu uma rápida olhada nele e em Juliana, eles pareciam desconfortáveis com sua presença e saiu sem mais nada a dizer.

- Juliana nós precisamos conversar, e tem que ser rápido.

- Claro, do que se trata?

- Ju, eu gosto muito de você. - disse-lhe segurando sua mão e a fazendo se sentar ao seu lado. - E agente tem se divertido muito, más agora é hora de pararmos com isso.

- Por quê? o que está acontecendo?

- Está acontecendo que não dá mais. Eu amo a Mariane mais do que tudo, e não estou me sentindo confortável com essa relação a três, você é a melhor amiga dela, não devia ter continuado com isso. - Ele faz uma pausa tentando encontrar as palavras certas para serem ditas, aquela situação já havia passado dos limites, e era hora de dar um basta. - Ela não merece o que estamos fazendo com ela, e eu realmente á amo, e eu não posso perder lá por causa de uma atração física.

- Então eu sou só isso pra você? uma atração física? por que não é melhor dizer, um passa tempo?

- Você sempre soube disso, eu nunca menti pra você, eu sempre ti disse que á amava, e mesmo assim quis levar adiante essa relação, mesmo depois de nos juntar um ao outro.

- Eu não acreditava que você estava apaixonado por ela, eu pensei que fosse alguma coisa passageira, e tudo iria continuar como antes.

- Agora que já sabe que não é, vamos dá um basta nisso tudo.

- E como você quer que eu me afaste assim de você, assim do nada, do dia pra noite? - Perguntou ela segurando agora as duas mãos dele, quase o implorando pra não á deixar.

- Não precisa se afastar, só quero ti deixar bem claro, que não vamos mais nos encontrar as escondidas, e não vamos mais ter nenhum envolvimento amoroso, de agora em diante.

- Tem certeza que é o que você quer? - Perguntou ela olhando bem em seus olhos.

- Sim! Eu já havia tomado essa decisão, e não foi de agora, eu só estava adiando, más tem coisas que não pode adiar por muito tempo.

- Concordo, e essa é uma delas não é?

- Sim!

- Desde quando você decidiu isso?

- No dia em que pedi a Mariane em casamento, por isso mim afastei um pouco de você.

- Eu percebi, e não quis ti impressionar, eu concordo com você, eu vou ti deixar em paz, você vai ser feliz com quem realmente ama.

- Obrigado por me compreender.

- Não precisa me agradecer, só quero ti pedir uma única coisa.

- Claro, peça.

- Quero que seja meu uma única vez, e prometo que será a última, considere como uma despedida de solteiro antecipada.

- Você jura que será só uma única vez?

- Eu prometo.

- Tudo bem. veremos como vai ser.

Mariane entra na pousada com a cabeça a mil, e de repente se depara com uma cena nada agradável aos seus olhos. Jack estava com os dedos entre laçados com os de Juliana, ela parecia estar seduzindo ele.

Já os tinha vistos juntos varias vezes, eram amigos a muito tempo, até mesmo antes dela conhecer Jack, más dessa vez havia alguma coisa diferente naquela conversa, ela podia sentir quando foi em direção a eles.

Passando pela mesa que estava na sua frente olhou em volta e avistou Victor, com varias bebidas em mãos, ao vê-la ele parou e a observou, ele estava preocupado com algumas coisa, " será que ele sabe de alguma coisa? " pensou ela, então seguiu seu caminho.

De fato eles nem haviam percebido sua chegada repentina, e foram surpreendidos com sua pergunta.

- Estou interrompendo alguma coisa? - A pergunta foi direcionada para Jack, que arregalou os olhos de surpresa.

Eles não esperavam aquela atitude dela, pela sua cara não tinha gostado de vê-los tão íntimos daquele jeito, ela estava bastante séria, com os braços cruzados e seu olhar era gélido. Jack no mesmo instante soltou as mãos de Juliana, se pôs de pés ao seu lado e a abraçou.

- Claro que não meu amor, que bobagem é essa? - disse com um sorriso, meio que sem jeito.

- Amiga sou eu, lembra? só estávamos conversando somente isso. - disse Juliana na defensiva.

- Desculpem eu estou cansada, com fome e com sono, preciso descansar.

- Então seus problemas acabaram, eu já pedi o jantar pra nós. - disse Victor colocando as bebidas sobre a mesa com a ajuda de Juliana.

- Ainda bem, você é um anjo é por isso que te amo. - disse Mariane apertando as bochechas dele.

- Onde está o Rivery? - perguntou Victor.

- Ficou no carro. - disse Mariane sem o olhar.

- Vou chamá-lo pra jantar todos juntos.

Rivery estava sentado dentro do carro, a cabeça apoiada no volante, Victor se aproxima abre a porta do carro e entra.

- O que aconteceu?

- Não foi nada, só estou pensando.

- Não precisa mentir pra me, eu conheço você melhor do que qualquer um.

- Não sei mais o que fazer, não consigo mais fazer isso. - disse ele agora levantando a cabeça para o encarar.

- Do que está falando Rivery?

- Estou falando de Mariane. Não posso mais ficar perto dela, e não quero me afastar, eu não posso deixar ela se casar com aquele babaca.

- Não faça nada precipitado, você vai acabar se arrependendo, e além do mais ela está decidida a casar-se com ele.

- Não ela não vai, eu não vou deixar, ainda mais depois de a poucos minutos atrás.

- O que aconteceu?

- Nós nos beijamos. - disse ele sorrindo pra Victor.

- Tá de brincadeira comigo não está? - perguntou Victor surpreso com a revelação.

- Não estou. nos beijamos, e eu não estava acreditando que ela ainda me ama, foi como nos beijamos a primeira vez, eu sabia que ela não tinha mim esquecido, más ainda está disposta a se casar com aquele idiota.

- Então o que vai fazer? o que você decidir pra mim está ótimo eu vou apoiar.

- Ainda não sei. vou pensar no que fazer, más por hora vamos comer alguma coisa.

- É por isso que estou aqui, vem vamos comer e descansar.

Sentados na mesa bebendo Victor lembra de algo.

- Já tinha me esquecido. Só tem dois quartos na pousada.

- O quê? como assim só tem dois quartos? nós estamos em cinco. - disse Mariane colocando o copo sobre a mesa.

- O dono da pousada disse que só tem dois quartos disponíveis, e são camas de casais bem grande, e um dos quartos tem um sofá, podemos nos dividir, dois em um e três em outro.

- Não acredito, ainda mais mais essa.

- Desculpe Mariane, mas é o que temos para hoje a noite, e se não confirmar agora não teremos nenhuma.

- O que acha meu amor?- perguntou ela a Jack.

- Melhor do que nada, como faremos a divisão?

- Eu já sei como. Rivery , Victor e eu, ficaremos em um dos quartos, e o casal fica no outro. - disse Juliana que desde então estava calada á alguns minutos atrás.

- Não, você e Mariane ficam em um dos quartos, os meninos e eu no outro, não é adequado uma mulher dormir em um quarto sozinha com dois homens. - disse Rivery á repreendendo.

- Então tudo bem pra me. - disse Juliana.

- Nós três dormir na mesma cama? como? - perguntou Jack arqueando uma sobrancelha.

- Ficamos com o quarto que tem um sofá, eu durmo no sofá sem nenhum problema.

- Se já resolvemos isso vou confirmar a hospedagem. - disse Victor se pondo de pé, afastou a cadeira e foi até a recepção confirmar a hospedagem.

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