O acidente parte 1

Depois de chegarem a uma conclusão com os quartos, eles resolveram subir pra tomar um banho antes de jantarem. As meninas decidiram vestir algo mais confortável, como por exemplo: Short, camiseta de Regatas e uma sandália. Os rapazes vestiam shorts jeans, camisa pólo, jaqueta e uma chinela Rider.

O banho os fez bem, estavam bem descansados e menos estressados. Pediram o jantar e já passavam das nove e quarenta da noite, quando resolveram parar de beber e ir dormir. Eles já estavam quase ficando de pé, quando do nada tudo ficou escuro na pousada.

- O que foi isso? será que alguém esqueceu de pagar a conta de luz? - perguntou Victor.

- Tá de brincadeira comigo né? primeiro os quartos e agora a luz, o que mais falta acontecer? - disse Juliana bem irritada.

- Pessoal mim desculpem por isso, aconteceu alguma coisa na estrada, por favor não saiam do seus lugares, eu vou buscar lanternas e velas, e vou vê se descubro o que aconteceu. - disse o gerente os tranquilizando.

- Mas o que aconteceu? - perguntou Mariane em meio a escuridão, abraçada com Jack.

- Não sei bem senhorita, mas vou lá fora vê o que foi esse barulho, logo depois de atender-los aqui.

- Peguem os celulares de vocês e liguem a lanterna. - ordenou Jack a eles, e os mesmos o fizeram.

- Meu amor Fica perto de mim, não quero que se machuque, - disse Jack a Mariane.

De fato aconteceu um acidente a poucos metros da pousada, um carro da polícia estava em uma perseguição, eles estavam em alta velocidade, na tentativa de pegar dois criminosos que haviam cometido um assalto, e nessa tentativa de assalto foram abordados pelos os policiais, então começou uma corrida incansável, atrás desses dois criminosos.

Um dos assaltantes tenta despistar os policiais, começa a atirar no carro deles, na tentativa de mantê-los afastados o suficiente para conseguirem fugir, por pouco várias vezes os policiais não foram atingidos pelos os tiros.

Como eles não desistem e revidam os tiros, o assaltante que conduzia o carro resolve fazer uma abordagem arriscada e perigosa, ele começa a dirigir na contra-mão, desviando carros grandes e pequenos, deixando motoristas apavorados no volante.

Logo adiante na curva a poucos metros da pousada, eles estavam ultrapassando uma carreta, quando de repente, um outro caminhão vinha em sua direção, e o motorista não teve tempo de frear, e os dois carros se chocaram.

O motorista na tentativa de desviar o Pacto frontal, faz com que apenas a lateral do carro o atingisse, fez com que o assaltante perdesse o controle do carro e batesse em um outro carro, que acabou batendo em poste de energia, e o deixou suspenso.

Com esse impacto houve uma descarga elétrica, quando os fios de alta tesão encostaram um no outro, e um dos fios se soltou, soltando faíscas de fogo. Havia outros carros que vinham logo atrás do Caminhão, e também foram surpreendidos e batendo uns nos outros.

A confusão era tanta que ficou um engarrafamento no meio da escuridão, várias pessoas estavam machucadas, a batida no poste junto com a descarga elétrica causaram um curto-circuito, no transformador de energia.

Havia um vazamento de gasolina do carro que colidiu com o poste, e outros mais, deixando os policiais bem preocupados com a situação no qual era bem complicado de se lidar.

Estavam distante da cidade e o corpo de Bombeiros demoraria pra chegar ao local, a gasolina já se espalhava na vegetação em direção ao cabo de alta tensão, havia muita gente machucada e ferida, alguns presos nas ferragens e o pior estava prestes a acontecer.

As pessoas que não estavam muito machucadas saíram do seus veículos e seguiram ordem dos policiais, começaram a empurrar os carros pra longe do Cabo de tesão na qual soltava faíscas. Conseguiram tirar a tempo o motorista que estava no carro da batida no poste, somente tempo suficiente, logo em seguida a gasolina chega até cabo de alta tensão, um rastro de fogo se espalha na vegetação até o carro.

Rivery vai até a porta de saída da pousada e vê um pequeno incêndio no meio à escuridão, e grita chamando os outros pra irem até lá fora. Dava pra avistar varias pessoas em panico, com certeza aconteceu um acidente e grave alí, havia outros carros envolvidos naquele acidente. Avistaram um carro da polícia indo em direção a pousada na qual eles se encontravam, e um dos soldados saiu as pressas de dentro já falando.

- Houve um acidente e estamos precisando de ajuda, há várias pessoas machucadas e tem uma mulher presa nas ferragens, estamos precisamos de ajuda. - disse o soldado.

- Já chamaram o corpo de Bombeiro? - perguntou Jack, nem um pouco preocupado com as pessoas que estavam em perigo.

- Foi a primeira coisa que eu fiz, más estamos afastados da cidade, vai demorar um pouco até eles chegarem aqui, e aquelas pessoas que estão alí precisam de ajuda agora, está vazando muita gasolina dos carros não vamos conseguir dar de conta.

- Eu vou com vocês. - disse Rivery. - Vou pegar meu carro e já chego lá.

- Eu também vou com você irmão. - disse Victor.

- Obrigado rapazes, vocês estariam salvando vidas, vou vê se tem mais alguém pra ajudar. - disse o soldado dando uma batida de leve no ombro de Rivery e entrou junto do parceiro dentro da pousada.

Virou-se pra Jack que estava ao lado de Mariane com o braço em volta da cintura dela.

- E você Jack vem com a gente?

- Eu não! Eu vou ficar na pousada.

- Tem pessoas lá precisando de ajuda e você se nega a ajudar?

- Não estou negando ajuda, só não vou.

Mariane virou-se quase de imediato e o olhou, ela estava chocada com a atitude dele, havia pessoas feridas no acidente, algumas precisava de ser levadas ao hospital Urgente, e ele não iria ajudar. Tão diferente de Rivery, até ele ficou incrédulo com a atitude de Jack, ela ficou bem na frente dele pra falar.

- Jack tem pessoas seriamente machucadas, nós temos que ir ajudar.

- Nós não vamos é muito perigoso. Já tem gente o suficiente pra ajudar.

- Ele tem razão minha amiga, é melhor ficarmos aqui. - disse Juliana colocando as mãos em volta da cintura de Jack, e ele ficou incomodado com a liberdade dela em frente a sua namorada.

Mariane os observava com uma certa desconfiança, iria tirar aquela história a limpo mais tarde. virou-se pra Victor e Rivery que estavam fuzilando Jack com os olhos e impacientes.

- Desculpe meninos, más Jack tem razão, é muito perigoso.

- É claro que tenho razão e sou o único sensato aqui.

Ela lançou um sorriso sarcástico pra Rivery e Victor, depois virou-se pra Jack e sua amiga e disse-lhes.

- É por isso mesmo que vocês dois vão aqui. fiquem a vontade, rapazes vamos. - disse ela passando o braço em volta do braço deles dando-lhe as costas e indo em direção ao jipe.

Depois de uns longos segundos, Jack percebeu o que ela tinha dito, tirou o braço de Juliana de sua cintura, mantendo-a afastada dele e foi atrás de Mariane que já estava abrindo a porta do carro pra entrar.

- Aonde você pensa que vai?

- Eu vou eles. - afirmou ela.

- Não. você não vai é muito perigoso.

- Sou eu quem decide, e eu já decidi, eu vou e ponto final.

- Ele tem razão Mari é muito perigoso, é melhor você ficar aqui. - disse Rivery.

- É melhor você calar a boca e dirigir.

- Tudo bem. já não está mais aqui quem falou, é você que manda Madame. - disse ele dando a partida, colocou a cabeça pra fora do jipe e gritou. - não se preocupe eu vou cuidar bem dela. - e saiu em toda velocidade deixando Jack pra trás atônito.

- Entra no carro Juliana. - disse ele cuspindo fogo pelas as narinas.

- Pra quê? - ela pergunta atordoada.

- Que pergunta mais idiota é essa? - sua fúria podia-se vê nos olhos na pouca luz do celular.

- Está pensando em ir ajudar-los?

- Eu vou atrás da minha mulher, não vou deixar lá com esses dois fanáticos. entra logo nesse carro porra. - grita ele, prestes a sair e deixar ela para trás.

- Calma aí já estou indo. - disse ela em passos largos, indo em direção ao jipe nada contente.

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