Boa noite.

Duas horas se passaram e os soldados ainda pecorriam o palácio, nos trouxeram uma refeição e nos derão ordens precisas para ninguém sair dos seus aposentos até o amanhecer.

Depois de jantar ficamos ali conversando, depois eu decidir voltar para o meu quarto pois queria muito dormir um pouco, estava muito cansada de todos os do dia.

Bem....Boa noite príncipe Felipe. Agora vou descansar um pouco. ( falei me dirigindo até a porta)

- Pra onde você vai, Louise?

- Para o meu quarto vou descansar um pouco.

- Essa noite você dormirá aqui, você não ouviu as ordens dos soldados?

- Sim, mas sabemos que não tem rebeldes nenhum.

- Ordens são ordens. Eles pensam que o palácio foi invadido por rebeldes, agora precisamos obedecer todas as ordens da guarda real . Mas se você preferir podemos contar toda a verdade, mas meu pai ficaria muito bravo por termos mentido.

- O rei ficaria bravo?

- Muito bravo, eu odeio quando ele fica bravo sobra para todo mundo exeto para minha mãe. Ele odeia mentiras.

- Melhor eu passar a noite aqui então. Vou ficar naquele sofá ( falei apontando e me dirigindo até ele)

- A cama é grande os dois podem dormir na cama. Vem!

Ele pegou em minha mão e me puxou até a cama.

- Você pode deitar desse lado e eu do outro.

Sentei na cama sem saber o que fazer. De repente ouvimos uma batida na porta. Era a Ana trazendo um pijama para mim.

- Senhora, alteza. Desculpa a interrupção, mas vim trazer o pijama da Senhora. Como está chovendo sugiro que vista esse para que possa aquecer a Senhora.

- Obrigado. Ana seu nome não é? ( Falou o Felipe Gabriel)

- Sim alteza.

- Então... Ana obrigado pelo pijama, não se preocupe com a Senhora Louise, essa noite eu posso aquecê-la também.

Acho que nunca senti tanta vergonha na minha vida. Aposto que a Ana está com a mente poluída por causa dessas palavras dele. Que vergonha dessa situação.

- Obrigada Ana, vou seguir sua sugestão vestirei com o pijama mais quentinho.

- Com licença, alteza , senhora. ( falou Ana se retirando.)

O Felipe começou a tirar a roupa para se trocar então eu virei o rosto. Para que ele pudesse ficar a vontade, mas parecia que ele já estava super a vontade. Depois que ele terminou ele disse:

- Você não vai se trocar?

-Você poderia esperar lá fora?

- As ordens são claras, não podemos sair do quarto. Eu posso virar e então você se veste.

- Tudo bem, tudo bem.

Assim que ele virou eu tirei a roupa rapidamente e coloquei o pijama.

- Terminei! ( falei quando já estava deitada e enrolada)

- Louise, você sabe que estamos casados né?

Eventualmente terei de ver você sem roupa.

- Eu sei, mas ainda não é o momento. ( falei envergonhada)

Ele deitou ao meu lado e ficou em silêncio. Ele quase nunca fica em silêncio, sempre procura conversar ou falar de algo. Será que ele está cheteado??

- Felipe, você se chateou?

- Não, não. Só estou aqui pensando um pouco.

- Pensando em quê?

- Nada ocorreu da forma que eu planejei, na minha imaginação eu ia te conquistar, íamos namorar, noivar e íamos casar apaixonados. Só que nada disso aconteceu.

- Felipe, ( falei segurando na sua mão e virando para olhar para seu rosto) tá tudo bem. Casamos primeiro e depois eu me apaixono. Você é um bom homem é muito atencioso comigo e carinhoso tenho certeza que você me ama. Minha mãe falava que mulher se apaixona por que as tratam bem e com carinho. E você faz isso, acho que não será difícil ( falei olhando para seus olhos).

- Louise, você é uma mulher incrível, nesses últimos dias você passou por muitas coisas, mas não se deixou abater. E ainda me dar forças para lidar com tudo. Acho que estou me apaixonando mais uma vez por você ( falou acariciando meu rosto)

A chuva continuava a cair lá fora e logo começou a trovejar e relampejar. Tremi um pouco com o susto dos trovões. O Felipe não perguntou nada ele apenas percebeu meu medo e me puxou para um abraço dizendo:

- Também não gosto muito de trovões e relâmpagos. Então, por favor, me deixe dormir assim , abraçado com você.

Eu não tinha muito o que falar, também não sei se era verdade, talvez ele tivesse fazendo aquilo apenas para que eu me sentisse confortável.

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