Prólogo 4

Gawain chega em casa e procura por seu irmão.

-Geofrey?

-Estou aqui.

-Preciso da sua ajuda.

-Ajuda minha? Sério? Para quê?

Geofrey perguntou desconfiado.

-Meu cavalo está preso em uma vala na floresta, me ajude a tirá-lo de lá.

-Eu estou me preparando para o casamento, peça ajuda a um dos seus amigos.

-Não dá tempo, vamos logo, por favor.

Geofrey fica surpreso com a cordialidade do irmão e resolve ajudá-lo.

Na floresta...

-Onde está o cavalo?

-Um pouco mais a frente.

-Está ficando tarde Gawain.

Geofrey reclama preocupado com a hora, mas se depara com Cecília.

-O que você está fazendo aqui?

-Apaga ele.

Gawain dá um soco em Geofrey e ele cai inconsciente. Alguns minutos depois ele acorda e abre os olhos lentamente.

-Ai minha cabeça, por que estou amarrado? Gawain! Cecília! O que estão fazendo comigo?

Ele está amarrado em pé na árvore.

-Sinto muito Geofrey, mas não posso me casar com você, eu amo seu irmão e já me entreguei a ele muitas vezes.

-O que?!

-Agora você será o marco do início da nossa vida juntos.

Cecília amordaça Geofrey.

Gawain se dirige a ela sem entender.

-Cecília, o que você vai fazer? Vamos embora.

-Afaste-se querido, eu estou disposta a tudo por nós dois.

Ela pega um punhal que Gawain carregava consigo e caminha em direção a Geofrey.

Geofrey só consegue grunir na tentativa de parar o que está prestes a acontecer.

-Cecília!

Ela ergue o punhal, fecha os olhos e o crava na pele da vítima.

Ela abre os olhos.

-O que? GAWAAAAINNN! NÃAAOO! Por que você se colocou na frente?

-Cecília, como pôde cometer tal crime? Eu nunca fui próximo do meu irmão mas jamais seria capaz de matá-lo. Eu... esperei até o último segundo... crente de que você não seria capaz de...

Gawain cai no chão e Cecília o toma em seus braços aos prantos.

-Não meu amor, eu faria o que fosse preciso por nós dois. Por favor, não me deixe.

Gawain faleceu e nesse mesmo instante o ambiente mudou completamente, começou a ventar e a ficar escuro. A velha reaparece.

-Parece que seu plano não deu certo. Hahahahaha!

-Por favor me ajude.

-Ajudar? Você? Quem ajudaria uma pessoa horrível como você?!

-Você me fez fazer isso, sua velha imunda!

Um trovão corta o céu.

-Você devia sentir nojo de si mesma. Agora você receberá o que merece.

A velha toca no peito de Geofrey e pronuncia as seguintes palavras:

-Imortalidade e força aos que não temem a verdade.

Geofrey desmaia.

A velha caminha em direção a Cecília, que nem tenta recuar, e toca em seu peito:

-Imortalidade e sangue aos que são egoístas, para que seu sofrimento seja eterno.

Cecília desmaia.

.

.

.

Algumas horas depois, Cecília acorda.

-Ai minha cabeça... eu ainda estou no meio da floresta.

Ela pensa consigo mesma enquanto se levanta um pouco tonta, o ambiente está de volta ao normal.

-Onde está o Geofrey?

Ela olha para a árvore e observa pedaços da corda ao redor dela, como se estivesse sido arrebentada. Cecília fica atordoada imaginando o que pode ter acontecido com Geofrey. O corpo de Gawain também não está mais lá.

Ela caminha em direção a sua casa, mas no caminho se depara com um urso ferido e ela começa a se sentir estranha.

*-O que é isso que estou sentindo? É como se eu... se eu quisesse...*

Cecília avança em cima do urso e ele morde seu braço, ela consegue puxá-lo da boca dele, mas sai rasgando sua pele. Ela monta em cima dele na tentativa de não ser mais ferida. Ele a derruba no chão, mas por sorte ela cai próximo a um pedaço de madeira e golpeia sua cabeça.

Ao observar o sangue escorrendo do animal sua garganta começa a arder como se desejasse aquilo, ela não hesita, começa a sugar com tanto ímpeto que o sangue se esvai completamente dele. Terminando de se saciar, Cecília cai em si.

-O que foi que eu fiz?!

Ela observa suas mãos e roupas sujas de sangue.

-MEU DEUS! NÃAAAO!!! AAAHHHH!

Ela se lembra das últimas palavras da velha tocando em seu peito.

-É uma maldição.

Inspiração para Geofrey

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