Eleonor se recusou a sair, mas Aldo insistiu, se algo aconteceu, ele deveria saber o que foi; depois de alguns minutos, Eleonor entrou na sala onde Aldo a estava esperando, o rei ficou surpreso ao ver seus olhos inchados e vermelhos, Eleonor se curvou diante dele.
- Peço desculpas\, Vossa Majestade\, por me apresentar nesse estado.
- Lady Eleonor\, o que aconteceu com você? Seu pai a está incomodando?
- Não\, Vossa Majestade\, não foi ele quem feriu meus sentimentos. Se eu lhe contar\, você provavelmente não acreditará em mim.
Eleonor se senta cobrindo o rosto enquanto soluça, e Aldo se aproxima dela, acariciando seus cabelos.
- Se não me disser\, como saberá se acredito em você ou não?
- Sei que você não vai acreditar em mim\, mas essa pessoa é muito importante para você.
Aldo está surpreso com suas palavras, mas está se adaptando a quem ele é.
- Diga-me\, não importa quem seja\, ninguém tem o direito de ferir seus sentimentos.
- Ela me disse para ficar longe de você\, que vai me vender para um bordel\, porque eu só sirvo para ser prostituta.
- O quê? Quem se atreve a dizer uma coisa dessas?
- Lady Alice... ela me disse que me odeia e que logo me tirará deste palácio. Eu só queria fazer as pazes com ela.
- Lady Alice... mas ela...
Aldo se recusa a acreditar que Alice diria algo assim, não, a Alice que ele conhece é uma mulher muito gentil e compreensiva. Ele solta um suspiro e se senta ao lado de Eleonor, abraçando-a para tentar acalmá-la.
- Vou falar com ela\, não posso deixar que você a trate assim.
Eu pensei que entendia a minha situação, mas ela na realidade me odeia.
Ela sabe que Aldo ainda não acredita nela e provavelmente não irá repreender Alice, mas as dúvidas já foram plantadas, o que realmente ajudará Eleonor no futuro. Depois de se acalmar, Eleonor conta a ele a suposta história de como as coisas aconteceram, dizendo que ela deu as boas vindas a Alice e a convidou para comer, mas Alice se recusou, dizendo que não comeria na mesma mesa que uma prostituta.
Eu pedi a ela que não me chamasse assim. Eu achei que ela tinha entendido a minha situação, mas ela disse que só o fez na sua frente e que, se dependesse dela, ela me venderia a um bordel, porque eu sou uma prostituta que foi vendida pelo meu pai, e que ele não me tira daqui porque sabe que isso afetaria você.
Eu não posso acreditar que Alice tenha dito coisas tão ofensivas. Mas eu vou falar com ela, prometo que vou deixar claro que você só quer se dar bem com ela.
Eu agradeço, majestade, não a repreenda, eu não quero que haja uma discussão entre vocês dois.
Não se preocupe, ficaremos bem.
Logo em seguida, Aldo se retira e pede ao seu mordomo que, amanhã pela manhã, peça para trazerem Alice, pois precisa conversar com ela e ouvir a sua versão da história. Talvez ainda esteja chateada por ter permitido a entrada de Eleonor como concubina. O mordomo seguirá as ordens e vai pessoalmente entregar a mensagem, encontrando Alice treinando esgrima no jardim, algo inesperado já que sempre foi muito educada e atenta aos modos.
- Minha lady\, o imperador me enviou para procurá-la\, ele quer conversar com você antes de partir para seu acampamento. Por favor\, me siga.
- Imagino que Eleonor Dumas tenha dado o seu primeiro passo. Bem\, eu também tenho meus próprios truques.
Na sala, Alice cobre o seu rosto enquanto chora. Ela irrompeu em lágrimas apenas quando Aldo mencionou o que Eleonor disse sobre ela. Aldo se aproxima para acariciar sua cabeça, mas Alice bate em sua mão e olha para ele com raiva, ainda chorando.
Eu não posso acreditar, tenho que suportar que sua amiga seja a sua concubina e agora você vem reclamar que eu a machuquei, por que você simplesmente não cancela o compromisso e se casa com ela? Eu não vou mais suportar isso.
Lady Alice... eu não a estou acusando. Só queria saber a sua versão da história.
Que história? Eu sequer sei do que você está falando. Não vou mais tolerar esses insultos à minha pessoa. Quanto ao acampamento, esqueça. Eu não vou a lugar nenhum.
Alice levanta-se e sai correndo do local, Aldo tenta segui-la, mas ela grita para deixá-la em paz, que não quer vê-lo mais. Eleonor, do outro lado do jardim, observa a situação e sorri, como queria, eles tiveram uma briga, o que deixa o rei vulnerável. Alice chega ao seu quarto e joga-se na cama, mas limpa as lágrimas e começa a rir. Sem dúvida, sua atuação foi perfeita, com isso, o rei irá implorar para vê-la, mas ela não o verá, o que ajudará a empurrá-lo para os braços de Eleonor. Aldo foi procurá-la, dizendo que tudo estava pronto para o acampamento, mas Hilda disse que Alice não queria ir. Aldo afasta-a e dirige-se ao quarto da albina.
Lady Alice, por favor, não precisa ficar assim. Eu pensei que estava tudo bem entre nós.
estava até que ele me acusou de insultar sua amada amiga... não, sua concubina.
Alice pensou que ele já tivesse ido, mas ele estava do outro lado da porta.
por favor abra, vamos conversar, eu não acredito que você tenha sido capaz de dizer coisas tão cruéis. Talvez estivesse com raiva...
o senhor me insulta, Majestade. Mesmo com raiva, eu não diria tais coisas. Vá embora, não quero vê-lo.
Mesmo que Aldo insista, no final ele deve desistir, já que Alice permanece em silêncio, se afasta e depois ordena que os empregados devolvam tudo, pois ela não iria a lugar nenhum. Saly diz a Eleonor que o acampamento foi cancelado, algo que não gostou, pois esperava que Aldo a levasse somente a ela, mas não é tão importante, já que pelo menos brigaram.
Os dias passaram, Alice procurava ter suas três refeições diárias em sua residência, não comparecia mesmo quando o rei a mandava buscar, Eleonor aproveitava esses momentos para ficar perto de Aldo e fazer companhia a ele, no conselho real, já se sabia que entre o rei e sua noiva havia problemas, que eles não eram mais vistos juntos como costumavam ser antes.
Majestade, se me permite, talvez devesse encontrar outra noiva.
Uma mulher que não aceita a concubina de seu esposo é inaceitável, ela já sabe que é pelo bem do linhagem.
Estou de acordo, majestade, precisa de uma mulher mais obediente e de melhor status.
Basta, um pequeno problema não afetará nosso compromisso. Vamos falar de coisas mais importantes.
Aldo pediu para que fossem feitos os relatórios do dia. Alice se divertia em seu jardim, praticando com a espada, neste mundo é necessário saber se defender também, Eleonor que foi vê-la, observa, mas sorri com escárnio.
lha ela, fazendo algo tão ridículo.
Não sei como sua majestade a prefere a ela, você é melhor, lady.
Menciona-se Saly, que também ri. Hilda informa a Alice que Eleonor estava lá, então ela para e a observa parada no corredor que dá para o jardim.
- Não sabia que gostava de agir como uma plebeia jogando com espadas.
- Plebeia ou não\, pelo menos saberei me defender. O que faz em minha residência? Não me lembro de tê-la convidado\, melhor vá embora.
- Mas eu só queria vir falar com você\, quero que nos demos bem\, você já viu que minhas intenções não são tirar o seu majestade.
- Não me importa\, saia daqui\, se não quiser que eu corte um braço.
- Lady Alice! O que está dizendo?
Aldo, que chegara, se aproxima de Alice e tira a espada que ela já estava apontando para Eleonor, a qual, ao ver Aldo, começa a chorar, com Saly tentando consolá-la.
- Só estou falando a verdade\, se quiser viver em paz com ela\, afaste-a da minha vista.
Dito isso, Alice retira a espada e vai em direção à casa, seguida por Hilda. Aldo pensa em segui-la, mas Eleonor finge desmaiar, então ele se aproxima para carregá-la de volta à sua residência, já que falará com Alice quando ela estiver mais tranquila.
- Olhe para ele\, tão burro. A verdadeira Alice Blanc\, também era tão boba\, ao voltar com um protagonista tão nefasto.
Ela fala sozinha, enquanto observa da sua janela Aldo carregando Eleonor.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Ezanira Rodrigues
Aldo merece que a Eleanor o engane. Se fosse esperto mandaria averiguar discretamente o que anda acontecendo no seio doméstico. Imagine se fossem planos de destroná-lo? Estaria morto e seu reino subjugado. OTÁRIO.
2025-01-22
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