Pequenos Rostinhos

Aquela grande porta de madeira começou a girar, de repente, a fisionomia de uma pequena garota começa a despontar. Era uma menininha de aproximadamente uns 11 anos, cabelo escuro, e um olhar curioso, ao término do giro da porta aparece, uma outra criança muito parecida com a de antes, que lindas, são gêmeas.

parei e admirei o rosto daquelas garotinhas, uma carinha de anjo, me assustei com o grito em cojunto de ambas gritando: papiiiii!, parecia que eu estava em outro mundo. fomos entrando e ele começou a explicar aquelas histórias clichês, de que eu era uma amiga dele, era melhor assim, não tem como contar o que aconteceu para essas crianças, elas não entenderiam e ainda ficariam assustadas.

chegamos em uma sala, creio que seja a sala principal, porquanto havia uma grande TV, duas enormes caixas de som, parecia um cinema, deve que se reuniam aos fins de semana para se divertirem vendo alguns filmes. Aquelas garotinhas se jogaram no tapete, e pediram para mim deitar com elas, achei estranho, mas não resisti ao sorrisinho delas, o tapete era macio, nossa, melhor sensação que eu senti. Enquanto eu viajava em pensamentos e meu corpo descansava naquele tapete super macio, apareceu outra garota, essa devia estar por volta de seus dezesseis anos, seu estilo era mais dark, um cabelo curto com uma mecha rosa a direita, umas meias de renda escuras, um conjunto de blusa e saia escuros com caveirinhas desenhadas. Quando ela chegou, as garotinhas gritaram: Saioriiiii! Seu nome então era Saiori, se ela soubesse o quão ruim é a morte, ela não usaria esse tipo de roupa. Gustav cumprimentou a garota, ele me disse que era uma amiga de escola das suas filhas, ele continuou dizendo que ela tinha esse estilo meio estranho, mas que era normal na cidade dela, são um estilo onde os adolescentes se isolam e gostam de ouvir músicas tristes. Gente, por tudo que eu passei, esse estilo não é para mim. finalmente, descobri os nomes das lindas garotinhas, a Saiori , saudou cada uma pelo respectivo nome. Uma se chama Estela, e a outra Alanna. Acabei viajando, olhando novamente para as garotinhas, elas brincavam ao meu lado, e a Saiori, parecia uma babá, muito atenciosa com as meninas.

Levantei do tapete, e perguntei meio sem graça para Gustav, onde era a cozinha, queria tomar um copo de água e comer alguma coisa, ele olhou para mim por um momento e.... nesse tempo eu fiquei com medo, não sei porque, mas comecei a tremer.... ele sorriu, e me conduziu a cozinha, pensa em um lugar bonito, as peças de inox refletiam a luz suave do sol que entravam pela janela, aquela mistura de claro e escuro deixava a cozinha parecendo uma cozinha de filme. ele abriu a geladeira e tirou uma maçã para mim, me dava um copo e me apontava para o filtro de água em cima do balcão, tô apaixonada nessa cozinha!!! Tomei aquele copo de água com uma vontade enorme, deve ter uns dois dias que não tomo água. Enquanto eu comia aquela maçã que ganhei de Gustav, outra figura apontou pela porta da cozinha, dessa vez era um homem alto, meio sinistro, seu olhar refletia ódio, parecia aqueles super vilões de desenhos animados, seu cabelo vermelho quase ao tom de sangue, usava um tapa olho no olho direito, usava um conjunto de moletom preto, e na parte superior do conjunto o desenho uma nuvem que escorria sangue dela, quem é esse? Gustav olhou para mim, e deve ter notado o certo receio que eu sentia, ele parou entre nós dois, e disse: Irmão, essa aqui é uma amiga minha, seja gentil com ela.

Na hora meu corpo paralisou, toda aquela cena de meses atrás voltou a passar em minha mente. fui perdendo as forças das pernas e acabei caindo, na hora, aquele homem veio correndo e me ajudou, foi até mais rápido que o próprio Gustav que estava mais perto. Quem é esse homem? Tão arrepiante, Tão cheio de ódio, seria alguém que posso confiar ou será mais um para me torturar?