Capítulo 20

E lá estava um rapaz de aproximadamente 23 anos, cabelos negros e olhos azuis como o céu, mas estes haviam perdido seu brilho. O rapaz estava acorrentado e com muitos hematomas e cortes pelo corpo, estava fraco e não resistiria por muito tempo, mas não se arrependia de suas ações, pois foram por uma boa causa, mesmo que não tenha conseguido fazer nada. A intenção é o que importa, não é?

De repente, a porta se abre e revela um homem mais velho, com a mesma cor de olhos do rapaz, porém seu cabelo era castanho. Talvez estivesse se aproximando dos 50 anos. O homem se aproximou de uma mesa onde havia diversos objetos de tortura e pegou um chicote, que usou para golpear o corpo já machucado do rapaz.

- Ahhhh! - gritava pela dor causada pelo chicote, mas sabia que, não importasse o quão alto gritasse, ninguém poderia ouvi-lo.

- Oh, meu filho, eu te avisei para ficar calado, mas você preferiu abrir a boca e veja como terminou. Nenhuma daquelas pessoas que você tentou ajudar veio te salvar, e até te consideram morto.

- N-não m-importa - disse apenas em um sussurro. Já não tinha mais forças e sabia que provavelmente morreria naquele dia.

- Se você diz, Daniel, meu filho, eu te dou uma última chance. Una-se a mim e te deixarei viver. Não vale a pena morrer por causa daqueles plebeus que já te esqueceram.

- N-não me i-importa s-si já me es-queceram. Mas n-nunca m-me u-unirei a v-você - Daniel estava encontrando dificuldade para falar, mas nunca ajudaria seu pai em seus negócios sujos.

O conde suspirou antes de falar.

- Você pediu por isso, Daniel.

E assim a tortura de Daniel recomeçou. O conde começou atingindo-o com o chicote até cansar, e então continuou batendo em suas costas com uma vara de bambu, antes de começar a golpear seu estômago. Quando terminou de bater em Daniel, o conde se retirou em silêncio, deixando seu filho ensanguentado no chão, à beira do desmaio.

Este é o meu fim. Já não tenho forças. Ahhh, pelo menos tive uma boa vida. E mesmo tendo que morrer assim, não me arrependo de nada. Porém, sinto muito por não poder ajudar aquelas pessoas. Só espero que um dia sejam livres e voltem a ser tão felizes como antes.

Daniel já não tinha forças para continuar vivendo e sabia disso. Seu corpo estava muito machucado e não aguentaria por muito tempo. Decidiu que a última coisa que queria ver era a lua, então arrastou-se até ficar perto da única janela que dava para o exterior, para poder ver a bela lua, sua fiel companheira. Desde que foi levado para aquele lugar, acostumou-se a observá-la.

Tão linda como sempre, não importa se é a noite mais escura, você, minha lua, sempre brilha. É algo que tenho para admirar e apreciar em você. Ah, minha lua, acho que esta será a última vez que verei sua luz, que sempre me acompanhou mesmo nos piores dias.

Pensou Daniel enquanto aos poucos ia fechando os olhos, estava desistindo, já não tinha mais forças. Mas de repente, aquela janela, que tinha grades de ferro, as mesmas que agora estavam sendo dobradas por plantas estranhas, duas figuras apareceram no espaço aberto pelas plantas, duas figuras que Daniel viu antes de desmaiar.

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Comments

Mikaelle Miranda

Mikaelle Miranda

cadê tô ansiosa pra saber do restante do desfecho da historia

2024-04-21

0

Mikaelle Miranda

Mikaelle Miranda

coloca os próximos capítulos por favor me prende na sua história e não consegui parar de ler

2024-04-08

0

Isabela Silva

Isabela Silva

oxe desistiu

2024-03-24

0

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