Capítulo 10

Evelyn Maria

-- Como será que mexe nesse troço ? -- Estou a quase cinco minuto tentando ligar a máquina de lavar roupa que é muito diferente a do Brasil.

Tenho certeza que ela é diferente da máquina que minha tia tem em sua casa, corrigindo. É uma que só lavava mesmo, ela não secava ou centrifugava como essas de hoje em dia.

Pego o sabão em pó e taco bastante pois todas as minhas únicas roupas estão dentro da máquina pedindo socorro.

Quando eu falo todas é todas, eu usei as roupas só nesses dias e já estão na hora de lavar.

Fecho a tampa da máquina e tento ligar ela, com sucesso. Estou agora me perguntando o porque deles terem duas máquinas, será que é por motivos de ser muita gente em uma única casa ?

Enquanto o povo estão à jantar e a Lily no berço dormindo como um anjo, eu decide lavar minhas roupas enquanto ninguém precisa da minha humilde ajuda.

Nada mudou entre Arthur e eu, ele continua sendo um grosso e um mal educado mas nunca se atreveu a me tocar de novo. Até que eu não estou o vendo constantemente, ele acorda no horário que eu estou dando banho na Lily e quando ele vai ver ela eu estou na cozinha fazendo alguma coisa para ela comer.

Cada um esta cuidando da sua própria vida.

Separo todas as roupas que estão no cesto e decido lavar as roupas da lily depois também. Mas um pequeno problema chega aos meus pés fazendo eu dar um pulo e ir logo caçar o fio dessa máquina louca.

Ela começa a bater muito rápido e a vazar muito sabão, chuto a máquina querendo que ela pare com essas doideira.

-- Não acredito que eu consegui esculhambar essa máquina --- A espuma do sabão está quase nas minhas coxas fazendo eu correr da área de serviço e procurar por ajuda. Minha roupa de dormir que consiste em um short minúsculo e uma blusinha velha da moranguinho.

Tento ao máximo não cair que nem bosta pela casa, minha única solução é chamar os patrões para arrumar toda aquela bagunça que eu tenho quase certeza que está pior a cada segundo que se passa.

Apareço na sala de jantar e infelizmente a mesa tá arrumada sem nada em cima dela. Vou para sala de estar vendo a única pessoa que eu não queria encontrar naquele momento.

-- Mas que merda você fez ? -- Ele se levanta quando ver todo meu estado, o infeliz fica tempo de mais olhando pro meu corpo e minha vontade é de socar a cara dele.

-- A máquina enlouqueceu ! -- Vou para perto dele e puxo seu braço para ele me ajudar.

-- Eu não sei mexer nessa coisas, vou acabar piorando -- Diz sem fazer nenhum movimento para se livrar das minhas mãos.

-- Eu também não, mas acho que se você achar o fio vai conseguir desligar aquela coisa -- Levo ele para área de serviço e ele fica perto da porta vendo toda bagunça que eu fiz.

-- Como uma babá como você não sabe o limite de sabão ou de roupa que deve por em uma máquina ? -- Viro para ficar em sua frente e toda minha angústia se tornar raiva.

Toda essa sua arrogância tá definitivamente acabando com minha paciência.

-- Eu sou babá e não lavadeira ! -- Arthur xinga alguma coisa quando a máquina começa a balançar com muita velocidade.

Ele entra logo procurando o fio que desliga aquela coisa. Os botões não funciona quando você aperta para iniciar qualquer processo.

-- Achei ! -- Então a máquina vai parando aos poucos de bater igual uma maluca

Olho para o Arthur que tá todo molhado de sabão e tem muito sabão pelo seu cabelo.

-- Muito obrigada -- Seus olhos penetram nos meus e vai descendo de novo para meu corpo o deixando paralisado.

-- Você foi muito burra em ter colocado muito sabão -- Diz, ainda não tirando os olhos dos meus peitos.

-- Eu acabei de agradecer pela sua ajuda, não me faça te dar uma bofetada por me xingar -- Começo a rir do nada por eu ter conseguindo fazer toda aquela bagunça e ter metido o Arthur no meio.

-- Você é ma...-- Ele vem na minha direção mas acaba escorregando e caindo no meio da espuma e desaparecendo por meio dela.

-- Arthur ! -- Logo o meu senso me fez pensar que ele deve ter batido a cabeça, tendo uma morte cerebral.

Mas acabo rindo de novo quando estendo a minha mão para ajudar ele, porém, sua mão está tão escorregadia que quando vou o puxar eu acabo indo pra frente caindo em cima dele.

-- Ai ! -- Ele geme quando meu joelho bate nos seus ovos.

-- Me desculpa, eu não fiz por mal eu juro -- Falo muito perto do seu rosto, fazendo o mesmo prestar atenção em mim e esquecer sua dor.

Sinto alguma coisa cutucar minha barriga e eu não sou burra ou virgem para não saber o que é.

*Carla aparece na porta mas logo sai quando ver os dois caindo no chão*

-- Eu nunca mais vou ter filho ! -- Pus a mão no seu peito para poder tentar sair de cima dele.

-- Veja pelo lado bom, sua filha não vai ficar triste por dividir a herança -- Tento sair mas o sabão não ajuda e acabo batendo minha boca no seu nariz.

-- Será que nem se levantar, você serve ? -- Sua respiração está muito acelerada e eu só percebo que sua boca por algum motivo enrosca na minha e por impulso, seguro seu rosto para continuar o beijo.

Ele beija sem envolver a língua que me faz perder todos meus neurônios mesmo assim. Ele para de me beijar e fica me olhando, como eu sou realmente burra volto a beijar ele deixando bem claro que quero sua língua dançando com a minha.

Nós só percebe que fizemos alguma merda, quando ela já tá feita.

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