Nas horas seguintes chegaram várias equipes de Resgate em posição para agir. Todos, incluindo vários agentes que saíram ilesos dos ataques, percorreram um longo percurso as margens do rio Olu em busca de sobreviventes, e muitos foram resgatados com sucesso. Alguns soldados estavam procurando sobreviventes pelas matas, o sol já estava muito alto porém mal podiam sentir o seu calor devido a imensa mata fechada repletas de árvores altas com suas folhagens espessas. Muitos comandantes juntavam- se a equipe de resgate, também usaram radares, câmera de infravermelho, mergulhadores e cães farejadores na esperança de encontrar seus muitos agentes ainda desaparecidos.
As equipes de buscas por sobreviventes trabalhavam incansavelmente. Numa sala, os especialistas faziam novas rotas por onde possivelmente as fortes correntezas poderiam ter passado. A área destacada no mapa era muito grande, essa foi a maior enchente do rio Olu no últimos cinquenta anos, devido as fortes chuvas constantes vários rios e lagos transbordaram causando enchentes e alagamentos em vários lugares.
Enquanto isso, Júlia Belmont e Oswaldo Belmont estavam preocupados com a sua filha e com todos que estavam no D'Angelo naquela noite. Foi o Oswaldo Belmont quem atendeu a ligação na noite passada do agente que foi salvo pela sua filha, dava para ouvir os barulhos das armas no momento em que ele falava com o agente. Ao saber que o D'Angelo estava sobre ataque o Oswaldo Belmont aproveitando a sua patente de General ligou para alguns contatos na esperança de salvar os agentes e a sua filha, mais por causa da localização do Acampamento D'Angelo foi difícil os reforços chegarem imediatamente. Assim que os Belmont souberam do ocorrido, viajaram para o local em buscas de notícias da sua filha. Muitos helicópteros sobrevoavam por toda a extensão de matas e regiões alagadas mais não encontravam ninguém.
Já estava próximo de anoitecer quando os tripulantes passaram uma mensagem de rádio de um dos helicópteros de resgate informando as coordenadas de possíveis sobreviventes. Após dez minutos foi confirmado o resgate de cinco sobreviventes que conseguiram sair com muita dificuldade do rio Olu durante a enchente. Essa área era muito afastada, então decidiram que no dia seguinte as buscas seriam feitas a partir daquele local onde foram encontrados até mais adiante, teriam que avançar cada vez mais até todos terem sido encontrados.
Quando os sobreviventes chegaram no hospital montado pelas Forças Especiais de Resgate. Júlia Belmont e Oswaldo Belmont logo foram para lá. Porém a Marinny Schneider não estava entre eles. Só restava continuar com a certeza de que muito em breve poderiam abraça- lá novamente. Assim mais um dia terminou e todos esperavam que o dia seguinte viesse logo trazendo uma nova esperança para todos.
Na manhã seguinte, encontraram mais quatro sobreviventes pela manhã, com duas horas depois, após a procura ser feita em lugares mais distantes encontraram mais seis. Continuaram as buscas em lugares ainda mais distantes que achavam que era impossível a enchente ter arrastado alguém para lá, até que muito tempo depois foram localizados mais cinco sobreviventes e King estava entre eles, porém King estava baleado e fraco após ser perseguido por um grupo de mercenários.
Sempre que chegavam novos sobreviventes às tendas hospitalares, os Belmont procuravam a Marinny Schneider entre eles. Dessa vez ela também não estava, mais ao verem o King os Belmont ficaram mais animados.
Wando Campbell estava na casa da sua tia Cora, seus pais também estavam com ele. Estavam conversando sobre coisas triviais, quando de repente a Cora olhou para a sua irmã Cláudia Campbell e perguntou:
- Cláudia eu tinha esquecido de perguntar a vocês, pra quando é o bebê?
Cláudia Campbell sem entender nada, perguntou:
- Qual bebê?
-Ora Cláudia, o bebê do Wando! Respondeu a Cora olhando para o Wando Campbell.
- Eu não estou entendendo o que você está falando Cora, o Wando não tem nenhum bebê. Respondeu a Cláudia Campbell pensando que a sua irmã estava ficando louca.
- Estou falando do bebê que a namorada dele está esperando, ou vocês não notaram que ela está grávida?
Walter Campbell e Cláudia Campbell olharam para o filho que estava tão surpreso quanto os dois. Então o Wando Campbell com muita gentileza perguntou:
- Tia Cora, a Marinny não está grávida se ela estivesse eu saberia, quem falou isso pra Senhora?
A Cora sorrindo muito respondeu:
- Wando meu querido, eu estou com mais de sessenta anos como vocês já sabem, não preciso que ninguém me diga mais nada, sei de tudo somente pela minha experiência, talvez nem a sua namorada saiba ainda que está grávida, a sua mãe por exemplo só soube que você estava a caminho quando a barriga dela começou a crescer. Você não notou nenhuma mudança repentina na sua namorada? Quando a mulher está no começo da gravidez, a pele e o cabelo ficam com um brilho especial, vocês devem ter visto isso nela eu percebi assim que a vi, e também a mulher fica mais sensível, se irritada facilmente ou chora sem motivos, você não reparou nada disso nela?
A Cláudia Campbell depois de ouvir as palavras da Cora falou:
- Eu percebia que a Marinny estava a cada dia mais bonita, mais se ela está grávida eu não sei.
Nesse momento o Wando Campbell ainda estava calado pensando nos acontecimentos de alguns dias antes.
Vendo o seu sobrinho em profundo silêncio, Cora logo entendeu que a namorada dele realmente pode está grávida, então de repente ela falou animada:
- Eu sabia, vou ser tia avó!
Cláudia Campbell vendo que o seu filho estava muito pensativo, falou então pra Cora:
-Cora, você não tem certeza!
Cora protestou dizendo:
- Eu tenho certeza sim, liga pra Marinny e peça pra ela fazer o exame, com certeza vai confirmar.
Walter Campbell estava ouvindo tudo em silêncio, não tinha certeza, mais e se a Cora estivesse certa? Então ele gostaria de saber se a mulher que está carregando o seu neto na barriga não está fazendo algum trabalho perigoso que ponha em risco a vida dela e a do bebê.
Ele chamou o seu filho e disse:
- Wando meu filho, acho que é melhor você ligar para a Marinny, se a Cora estiver certa então ela terá que se cuidar para não prejudicar o bebê.
O Walter Campbell sempre quis ser avô, sonhava com isso a muito tempo, por essa razão se a sua nora estivesse mesmo grávida ele gostaria muito que ela se cuidasse.
O Wando Campbell pegou o celular e tentou falar com a Marinny Schneider, mais ela não estava atendendo. Essa história de gravidez não saia da cabeça deles, então o Wando Campbell tentou falar com a Marinny Schneider por muitas vezes mais ela não atendia.
Há noite os Campbell já estavam de volta em casa. Após o jantar ficaram na sala, o Estello Schneider também estava, sentado ao chão usava o notebook apoiado nos joelhos. Walter Campbell estava assistindo a um noticiário como ele sempre faz, de repente passou uma notícia que na Finlândia um acampamento militar havia sido atacado deixando muitos mortos e feridos. Nesse momento todos na sala se olharam assustados com receio que fosse ali que a Marinny Schneider estivesse.
Wando Campbell tentou falar com a Marinny Schneider novamente, como não conseguia estava ficando muito nervoso. Estello Schneider então ligou para a Júlia Belmont e assim que ela atendeu o celular ele ansioso perguntou:
- Júlia, onde você está? Por favor não me fala que está na Finlândia!
Júlia Belmont ficou em silêncio, mais o Estello Schneider conseguia ouvir o choro dela no outro lado da linha.Wando Campbell estava ao lado dele esperando alguma resposta e seus pais também.
Como a Júlia Belmont não dizia nada, o Estello Schneider perguntou:
- Você está na Finlândia não é?!
Ela ainda chorando muito apenas falou:
- Sim...eu sinto muito.
Parecia que o Estello Schneider tinha sido coberto por uma nuvem densa e escura, ele estava se sentindo perdido e perguntou:
- Júlia, onde a Marinny está?
Ela contendo o choro respondeu:
- Eu não sei... Mais vamos encontrá-la!
Estello Schneider não sabia o que dizer aos que estavam na sala, então ele aos prantos segurou no ombro do Wando Campbell e disse:
- Vamos ter que ir para a Finlândia...
Quando conseguiu se acalmar o Estello Schneider disse que o ataque foi mesmo no D'Angelo. E que a sua irmã estava apenas desaparecida. Ele quis deixar as palavras o mais suave possível pois o Wando Campbell já estava em completo desespero.
Na noite do ataque após a Marinny Schneider e a Antonelli pularem no rio Olu levando com elas um colega ferido. Os três foram surpreendidos pela enchente e ambos arrastados pelas fortes correntezas. Os três não conseguiam chegar as margens, então, segurando um tronco de árvore que flutuava no rio, tentavam não afundar naquelas águas escuras. Quando o sol nasceu os três ainda continuavam agarrados ao tronco flutuando levando-os para cada vez mais distante. Estavam com muito frio, pois já estavam há algumas horas em contato com aquela água bastante gelada. A situação era crítica, porém eles eram três agentes treinados e capacitados para enfrentar as situações mais extremas.
Marinny Schneider estava pensando no Zéus, então perguntou a Antonelli:
- Antonelli você acha que o Zéus está bem?
- Tenho certeza que sim, da última vez que o vi ele estava com o Stanford.
Depois que a Antonelli disse isso a Marinny Schneider ficou menos preocupada.
Antonelli olhou para o colega com a perna ferida ao lado dela e falou:
- Eu sou a Antonelli, aquela ali é a Marinny, e você como se chama?
Ele prontamente respondeu:
- Eu sou o Cardine, e a propósito estou muito agradecido por vocês duas salvarem a minha vida, obrigado de verdade!
Então os três ficaram conversando enquanto iam sendo levados para cada vez mais longe. Eles também viam alguns corpos sem vida na água mais felizmente eram todos de rebeldes e mercenários que os atacaram.
Mais adiante avistaram uma mulher na água, então a Marinny Schneider nadou na sua direção e a segurando firme trouxe ela até o tronco mais aquela mulher estava tão exausta que mal conseguia se segurar. E muito ofegante ela falou olhando para a Marinny Schneider:
- Obrigada por me ajudar, pensei que eu não ia conseguir sobreviver dessa vez. Eu sou a Ágatha.
E todos se apresentaram, estavam cada vez mais distante. Um cadáver de um dos rebeldes se prendeu no tronco em que os quatros estavam se segurando, então a Marinny Schneider pegou um grande facão que estava no cinto daquele cadáver e depois o empurrou para longe deles. Os três olharam para ela, então ela sem esboçar nenhum sentimento falou:
- Ele não ia mais precisar!
E guardou o facão com ela, ninguém disse nada, apenas continuaram sendo levados pelo rio.
A correnteza do rio diminuiu um pouco, porém a sua margem continuava muito distante e como seus braços estavam muito cansados, eles não quiseram se arriscar a nadar. Depois ouviram vozes vindas de dentro de um ponto da mata próxima a margem do rio, eles gritaram e um pequeno grupo de oito pessoas apareceram. No meio deles quatro rostos eram familiares para a Marinny Schneider e a Antonelli, as duas reconheceram com alegria o Stanford, a Kércy a Genna e a Lee, logo o Zéus também estava parado na margem e de muito longe latia reconhecendo a sua dona sendo levada pelo rio. Todos queriam tirá-los do rio mais a correnteza ainda era forte demais para qualquer pessoa nadar por ele. Então aquele grupo de oito pessoas decidiram que o melhor que tinham a fazer no momento era se separarem a Kércy, o Stanford, a Lee, Zéus o cachorro da Marinny Schneider e outro agente chamado Alonso continuaram descendo o rio andavam sobre a margem observando as correntezas, em busca de uma oportunidade melhor para resgatar seus amigos. Mais a correnteza continuava arrastando o tronco para cada vez mais distante. Enquanto isso, a Genna e mais três agentes estavam subindo o rio, andavam pelas margens na esperança de encontrar alguma ajuda o mais rápido possível antes que fosse tarde demais.
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Atualizado até capítulo 61
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