* Estou tão exausta de fugir, mas também bastante aliviada em saber que não sou louca.
Eu sentia que era diferente, a magrela esquisita da escola que vivia sofrendo bullying por ser diferente dos outros.
Theo era quem sempre estava lá me defendendo, não sei porquê sempre fui fraca e indefesa.
Pelo visto dês de pequena precisei que alguém estivesse lá por mim, isso está me incomodando demais.
Não quero mais ser a garota que todos precisam proteger, quero ser capaz de me defender sozinha.
Se há seres celestiais a minha procurar preciso ser rápida em relação a isto.... *
Alec bate em minha porta me interrompendo.
— Interessante.
— Ah, olá estranho! — Fecho meu diário.
— Minha irmã também tinha um diário.
— É uma forma de pensar melhor e distrair minha mente.— Alec se senta a meu lado.
— Ivy . — Faço careta. — Quer que te chame de Diana?
— Não, é só que é estranho. Mas vou me acostumar. — Alec sorri.
— Okay! Continuando, não quero que pense que eu esteja virando seu mundo de pernas pro ar. — Coloco minha mão por cima da de Alec.
— Eu Jamais pensaria desta forma Alec, você trouxe o que buscava, a verdade. De certa forma me sinto um pouco mais livre.
— Preciso ir, mas prometo voltar.
— Não quero que vá embora.
— Eles não querem que eu fique, e eles tem um motivo pra isso! Prometo voltar amanhã pra conversarmos. — Seguro seu punho quando se levanta.
— Por favor fique Alec .
Me pego implorando para um cara ficar comigo?
Isso é muito ridículo da minha parte, mas sinto que preciso dele aqui.
— Tudo bem, eu fico um pouco mais.
— Seria estranho eu deitar em suas coxas? — Faço careta, Alec ri.
— Não, claro que não! Você tem certeza que não se lembra de nada? — Balanço a cabeça negativamente. — Você fazia muito isso quando te fazia dormir. — Sorrio — Vem. — Me deito na cama, Alec se aproxima apoiando minha cabeça em seu colo e começa a acariciar meus cabelos.
— Não sei como explicar, mas me sinto tão segura aqui, desta forma com você.
— Certos costumes não podem ser apagados de nossa memória Ivy.
— Sabe Alec, na noite passada tive um sonho, mas pensando bem acho que era uma lembrança.
— Me conte.
— Estava no balanço e minha mãe me balançava , a gente conversava, foi algo tão bom que não queria acordar. Me lembro de você estar lá.
— O balanço na casa de Hallstatt?
— Sim, ele mesmo. — Começo a rir.— Quando Theo me levou lá e eu vi que o balanço ainda estava inteiro, eu me atrevi a balançar nele,mas as cordas arrebentaram e cai.
— Já era de se esperar, se machucou?
— Só meu orgulho está ferido!
— Estar aqui desta forma com você me trás tantas lembranças.
— As coisas poderiam ter sido diferentes, quería que bela estivesse aqui.
— É meu bem, eu também. — Alguém bate na porta, eu ergo a cabeça para olha.
— Posso falar com ela?
— Theo, nos falamos amanhã tá bom. — Ele suspira.
— Eu só preciso de um minuto Ivy.
— Amanhã Theo.
— Está bem. — Theo se vira saindo.
— Ele é insistente.
— As coisas mudaram entre vocês, mas não deixe isso acontecer meu amor. Theo e você sempre foram muito amigos, vocês não se desgrudavam. — Me sento.
— Estou magoada com ele, não consigo esconder isso. Não sei se posso voltar a confiar nele, acho que nosso elo foi quebrado.
— Sei como se sente, também passei por algo do tipo. Mas você pode mudar isso!
— Posso te fazer uma pergunta? — Alec ergue as sobrancelhas sorrindo.
— Pergunte.
— Você e minha mãe tinham algo? — Alec parece pensar o que dizer. — Desculpe, é que a forma que fala dela com carinho, me fez pensar que você sentia alguma coisa por ela.
— Até tivemos algo antes do seu pai, mas depois em respeito a memória dele não achei ser certo reatarmos. Porém sempre amei Sophie e se me perguntar se ainda a amo, a resposta é sim.
— E não teve mais ninguém em sua vida estes anos?
— Ninguém. Contudo em meio a procurar por você, ia até Boston .
— Fazer o quê?
— Ver se uma velha amiga estava bem, mas ela não sabe disso. Agora eu realmente preciso ir Ivy. — Faço bichinho. — Não faz assim, já disse que amanhã eu volto.
— Tudo bem, preciso de um banho também, hoje o dia foi agitado.
— Durma bem e pensa no que te disse.
— Obrigado, vou pensar sim. Boa noite Alec.
Ele pisca e sai pela janela, guardo meu diário que estava jogado sobre o travesseiro e entro para o banheiro.
Enquanto tomo banho penso no que Alec disse sobre mim e Theo.
Sei que ele em partes está certo, mas confiança quando é destruída da forma que foi, fica difícil reaver.
Saio do banho e visto meu pijama, em seguida vou até o quarto de Theo.
— Theo.— Bato na porta. — Está aí? Vim conversar. — Ele não responde, então abro a porta, o quarto está vazio. — Deve está lá em baixo.
Desço as escadas, Azrael está no escritório e Melissa na cozinha, não sei como me referir a ela agora, é estranho.
— Você viu o Theo?
— Ele subiu pra falar com você.
— Ele não está lá em cima.
— Você sabe como ele é, deve estar na rua andando como sempre.
— Tudo bem, se vê-lo pode pedir pra ir no meu quarto?
— Posso. — Me viro pra sair, Melissa me chama. — Ivy.
— Sim.
— Sei que não foi um dia fácil pra você, foi muito pra sua cabecinha. Mas queria que soubesse que eu e Azrael amamos você. — Ela sabe como me atingir em cheio.
— Me desculpe se machuquei vocês com o que disse mais cedo, mas estava com raiva. Sei que não tem como voltar atrás, porém não foi minha intenção. — Melissa sorri.
— Está tudo bem querida, só me preocupo com você. Com o que pode vir daqui pra frente.
— Vai ficar tudo bem, eu sinto.
— Assim espero.
— Não esqueça de dar o recado ao Theo. Boa noite. — Me viro pra sair mas paro pensativa e decido dar um beijo nela. — Durma bem.
— Você também meu amor.
Subo para o quarto satisfeita comigo mesma, me deito pra dormir. Mas me sinto incomodada, viro de um lado a outro na cama. Me levanto , me visto pego minha jaqueta e as chaves da moto e saio pra tentar encontrar Theo.
Theodor Demon
Subo até o quarto de Ivy para conversar, tentar deixar as coisas melhores entre a gente.
Ouço Alec conversando com ela, então olho sem que me vejam.
Vê-la deitada sobre o colo dele e ele acariciando seus cabelos me causa uma sensação de perca.
Me incomoda bastante vê-los nesta intimidade, paro de olha-los e tomo coragem para bater na porta.
— Não seja covarde agora.—Respiro fundo e bato na porta.— Posso falar com ela?
— Theo, nos falamos amanhã tá bom. — Suspiro tentando não fazer bobagem.
— Eu só preciso de um minuto Ivy.
— Amanhã Theo. — Sua rejeição me machuca ainda mais.
— Está bem. — Saio da porta em direção a meu quarto parando próximo a porta.
— Ele é insistente.
— As coisas mudaram entre vocês, mas não deixe isso acontecer meu amor. Theo e você sempre foram muito amigos, vocês não se desgrudavam.
Pelo menos nisto ele tem razão, éramos inseparáveis, como queria voltar atrás.
— Estou magoada com ele, não consigo esconder isso. Não sei se posso voltar a confiar nele, acho que nosso elo foi quebrado.
Ouvir ela dizer isso me deixou ainda pior, entro em meu quarto fechando a porta.
Não preciso ouvir mais nada que me fere. Minha vontade é socar a porta com tamanha decepção de mim.
Fui idiota em pensar que depois de contar a ela o que sabia continuaríamos como antes.
— Imbecil .
Pego a jaqueta sobre a cadeira e saio pela janela do quarto abrindo minhas asas, vôo um pouco mais de sete quadras.
Aterrizo em uma rua escura para não ser notado, visto minha jaqueta.
Entro em um bar , me sentando no balcão, a barmaid se aproxima para me atender.
— Noite difícil rapaz?
— Está tão na cara assim? — Ela sorri.
— É meu trabalho notar. Sou Donatella. — Tento lhe dar um sorriso.
— Theodor.
— E então Theodor, o que vai ser?
— Já que está acostumada a isso te deixarei escolher por mim! — Donatella sorri inclinando levemente a cabeça, parece me analisar.
— Talvez um Ti Punch, não você precisa de alguma coisa mais forte, já volto.
— Eu aguardo. — Bato os dedos sobre o balcão enquanto espero.
— Aqui está . — Ela coloca o copo no balcão. — Este é por minha conta.
— O que é?
— Experiente primeiro e me diz o que acha. — Levo o drink a boca a olhando, Donatella prende os cabelos por de atrás da orelha me olhando com um olhar sedutor. — O que me diz?
— Não é tão forte assim, mas é muito bom.— Ela sorri satisfeita.
— Fernet com rum, não é muito intenso mas se tomar três não consegui parar de pé.
— Acho que aguento mais que três deste.
— Vai de vagar, não quero te ver bêbado. — Ela sorri colocando a mão sobre a minha.
Visivelmente ela está se jogando em mim, é uma pena não estar com cabeça pra uma mulher linda como ela.
Donatella tem lindos olhos cor de mel, cabelos castanhos escuro na altura dos seios, pele clara como seda e uma boca ótima pra morder.
— Isso não irá acontecer, posso garantir.
— Ei garota, me serve aqui.
— Se precisar pode me chamar. — Donatella passa levemente a língua nos lábios antes de morde–los.
Sinal de quem está completamente interessada.
Enquanto ela atende as outras pessoas me olha com um sorriso.
Sigo tomando meu drink, alguns minutos depois lá esta ela novamente.
— Se sente melhor?
— Talvez depois de outro me sinta melhor.
— Quer do mesmo?
— Pode ser, ou melhor, como você disse, é melhor ir com calma! Pode ser tequila.
— Você quem manda.
Meia hora depois Donatella já está sentada ao meu lado, colocou o irmão para atender em seu lugar.
Entre risos e drinks ela decidi investir e me beija, um beijo longo e muito sensual, ela deixar meus lábios aos riso.
— Você beija muito bem.
— Que bom que gostou. — Selo seus lábios os mordendo segurando seus cabelos.
— Eu preocupada com você e te encontro muito bem por sinal. — Me viro e Ivy está atrás de nós, nos olhando.
— Ivy??
# Música do capítulo - " Photograph — Ed Sheeran "
# Meus amores decidi mudar a aparecia de Alec. Ele não é bem o que eu queria e vocês também não gostaram. Então com muita dificuldade cheguei quase no que queria. Claro que a imaginação vai muito além da imagem.
Alec Barton
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Mariele Cordeiro Soares
Claro que não ele é um Vampiro eles não envelhece fica do msm jeito por toda internidade
2024-09-28
0
Naide Berger
Mas no livro 1 é a mesma foto do Alec, não mudou nada
2024-01-31
1
Silvia Araújo
eita
2022-11-12
2