Término de me arrumar e pego minha jaqueta, não consigo sair de moto sem ela.
Desço as escadas e minha mãe já me olha desconfiada, ela não gosta muito quando saio sem avisar, Concerteza Theo não disse nada a nossos pais, isso é bem a cara dele.
— Vai sair Diana? — Ela me questiona olhando indiretamente para meu pai. Não entendo essa proteção excessiva que os dois têm em me manter sempre por perto. Afinal sou bem crescida e sei como me cuidar.
— Theo vai me levar a uma festa local mãe. Não é nada de mais!
— Esse garoto não tem jeito mesmo. Onde é essa tal festa? — Theo entra na sala beijando nossa mãe por trás .
— É aqui perto senhora super protetora! Não precisa se preocupar , vou cuidar bem dela.
— Já conversamos sobre isso Theo, acabamos de chegar e não sabemos como é aqui!
— Exatamente, por isso vou levar a Dia pra dar uma olhada. Vamos, antes que ela nos impeça. — Theo me puxa pela mão.
— Não vamos demora mãe eu prometo.
— Só tome cuidado Diana. E se ver aquele garoto já sabe o que fazer!
— Está bem mãe.
— Você lembrou de tomar seu remédio ?
— Eu tomei mãe, não se preocupe.
Saímos de casa bem rápido, Theo monta na moto e me mostra o caminho até a tal festa.
Fica em um viendo ao norte da nossa casa, nada muito esplendoroso.
Estaciono entre os carros prendendo os capacetes a moto.
— Espero que ninguém tente rouba-la.
— Você já olhou ao redor Diana? O povo daqui gostam de scooters e bicicletas. Acho que não terão interesse em sua Kawasaki, só você mesmo pra gostar de um mostro deste.
— Olha só a inveja ambulante! Quem vive me pedindo pra pilotar? — Theo ri.
— Foi só uma vez, obrigado.
— Está bem, me leva até onde estão as pessoas deste lugar estranho.
Theo me leva até onde realmente está acontecendo a festa, e pra minha surpresa tem bastante gente nova, há algumas barracas montadas com especiarias como tortas de frutas, doces, bebidas e comidas típicas.
A música em som ambiente até é legal, não faz muito meu estilo musical mas é suportável.
— Fica aqui, esse lugar é perfeito, temos visão total do lugar. Vou pegar uma bebida pra gente.
— Não demore.
— Já volto.
Me sinto incomodada em ficar sozinha em meio a desconhecidos, não que eu seja antissocial, não é isso.
Mas é que me acostumei a afastar as pessoas ao longo destes anos.
Enquanto espero Theo voltar com nossas bebidas, um rapas aparentemente um pouco mais velho que eu se aproxima de mim.
Até bonito por sinal, traços italiano, Alto , olhos e cabelos escuros, pele clara, e caminha querendo seduzir alguma idiota que não sou eu é claro.
— Olá bela dona!
— Oi. — Sorrio sem graça, enquanto ele parece querer mostrar todos os dentes perfeitamente brancos.
— Você é nova aqui, é a primeira vez que te vejo. — E será a última também.
— Sou, nos mudamos ontem.
— Eu sou Pietro!
— Diana. — Ele pega minha mão e beija, o que é super estranho.
— Lindo nome. Está gostando da festa?
— Acabamos de chegar, mas até que está razoável. Qual é desta festa? — Pietro ri.
— Os agricultores se reúnen depois da colheita e demonstram como sua terra foi fértil.— Ele se aproxima do meu ouvido. — É mais uma disputa do tipo "meu gado é mais gordo que o seu " sabe!
— Entendi. Você é um deles ou apenas veio aproveitar a disputa?
— Os dóis! Esse vinhedo é meu, mas não ligo pra essa bobagem. Eu sei que meu vinho é bom, não preciso provar nada a ninguém.
— Oi! — Theo cumprimenta Pietro me entregando um copo de vinho. — Quem é você?
— Pietro. — Theo o examina de cima a baixo.
— Ah, Theo irmão dela.
— Vamos ver se tem razão no que diz Pietro. — Tomo um pouco do vinho.
— Vai em frente.
— Interessante, suave mas bem encorpado. É bom sim admito. — Pietro sorri, prece satisfeito com o que disse.
— Eu te disse. Foi um prazer conhecer vocês, aproveitem a festa.
— Obrigado. — Pietro se distância.
— Não posso me afastar que já faz amigos novos?
— Não foi pra isso que nos trouxe aqui? — Theo ri.
— Exatamente irmãzinha.Mas parecia que ele queria te devorar, percebi nos olhos dele.
— Não seja escroto Theo, você está vendo coisas.
— Foi o que vi.
— Mudando de assunto.Você não acha estranho nossos pais estarem sempre fugindo de um lugar pro outro ?
— Eu já meio que me acostumei, não questiono eles.
— Mas deveríamos Theo, tem alguma coisa errada nisso tudo. Eles sempre fogem do assunto quando os pressiono.
— Eles só estão nos protegendo Diana.
— Nos protegendo de quê? — Suspiro. — Eu fiquei pensando, se encontra, quer dizer, se aquele garoto nos encontrar novamente eu não vou fugir.
— Não estou entendendo.
— Vou falar com ele, quero saber porque ele está sempre nos perseguindo. O que ele quer de fato e porque fugimos dele.
— Não acho que seja uma boa ideia Diana. Na verdade é uma péssima idéia.
— Se você não vai me ajudar eu vou ter que fazer sozinha.
— E se ele quiser te machucar? Ou pior levar você ? Já pensou que ele pode te matar?
— Não acredito que seja isso Theo. Ele já poderia ter feito isso da última vez que o vi.
— Ele não fez porque eu estava lá pra te proteger lembra?
— Você não vai me fazer mudar de ideia. Eu sinto que o conheço, mas não consigo me lembrar como.
— Já percebi que realmente não vai desistir não é?
— Não, com ou sem você vou descubrir o que está acontecendo.
Na manhã seguinte acordo com uma terrível dor de cabeça, não poderia ter sido o vinho, pois tomei apenas um copo.
Me levanto indo ao banheiro, lavo o rosto e o seco, mas ao olhar perto dos meus produtos vejo o copo com água e o comprimido que deveria ter tomado na noite anterior.
— Merda, esse é o problema.
Quando pego o comprimido para levá-lo a boca, uma voz masculina ecoa em minha cabeça.
"Não tome o remédio."
Não sei como mas aquela voz era familiar, me olhei através do espelho respirando fundo.
Tentei puxar da memória de quem era aquela voz, mas mesmo com todo meu esforço não conseguia me lembrar de nada.
Joguei o comprimido no vazo dando descarga, poderia estar cometendo um erro em ouvir aquela voz, mas queria entender o porquê de não tomar os comprimidos.
Tomei um analgésico e desci para tomar meu desejum, apenas Theo ainda não havia acordado.
— Bom dia princesa. — Beijo meu pai.
— Bom dia . — Me sento.
— Se divertiu na noite passada?
— Não muito, as pessoas daqui não são tão estranhas como nós. — Meu pai ri.
— Certo, e seu irmão onde está?
— Da forma que ele estava creio que dormindo.
— Não , já estou de pé. — Theo senta ao meu lado. — Só com uma baita ressaca.
— Estou cansada de pedir pra você não beber quando estiver com sua irmã Theo.
— Foram só dois copos ou três mãe, não estava bêbado.— Ela respira fundo.
— Mãe estamos bem, era só uma festa idiota de fazendeiros, nada demais.
— Vamos tomar café em paz Okay. Theo depois conversamos.
— Está bem pai. Mais tarde você faz seu sermão do dia.
Meus pais pegam muito no pé de Theo, estão sempre cobrando que ele fique em alerta ou me protegendo, imagino que até ele esteja cansado de tudo isso.
* Estou determinada em saber tudo que estão escondendo, não me importo com as consequências.
Afinal o que poderia acontecer de tão ruim?
Decidi ouvir a voz na minha cabeça. Ela insiste em pedir para que não tome o remédio, e não irei tomar está noite também.
As dore de cabeça estão aumentando, mas vou aquentar firme, afinal isso não pode piorar as coisas.
Me sinto deslocada aqui, sinto que essa não é minha vida de verdade.
Um mundo imenso lá fora pra ser explorado e preciso ficar presa neste quarto a maioria do tempo.
Vai chegar o momento que eles não vão poder mais decidir o que preciso e o que tenho que fazer.
Posso parecer uma garota rebelde, mas não é está a verdade, eu apenas quero ser livre.*
Theodor
— Você sabe o que está em jogo aqui garoto?
— Eu sei mãe, mas eu não quero mais ter que mentir pra ela. Estou cansado de tudo isso, e ela também.
— Sua função é só uma Theo, protege-la e assegurar que ela não descubra nada.
— Ela deveria saber, não é justo com ela, vocês estão errados em mentir esse tempo todo. É da vida dela que estamos falando.
— Ela é impulsiva, vai querer ir atrás daquele garoto e de tudo Theo. Não é seguro pra ela!
— Como podem saber se não tentarem?
— Não é isso que a Sophie iria querer. Ela nos pediu que a mantivéssemos em segurança, e é o que estamos fazendo.
— Isso não é manter alguém em segurança, é priva-la da verdade de quem ela realmente é. Eu sei que vocês só querem protege-la mas isso só vai afasta-la de vocês.
— Não vai ,ela ira enteder.
Como estes dois podem ser tão teimosos e ingênuos assim?
— Ela já está desconfiada que vocês escondem algo dela, e esta determinada em descobrir.
— Você vai tirar isso da cabeça dela.
— Me desculpe mãe , mas não posso.
— Theodor Demon , não me tira do sério.
— Você se quer se importa como me sinto não é? Você sabe o que é pra mim fazer o que vocês dois mandam?
— Querido a vida dela é o que importa agora.
— Viu só? Pra mim já deu está conversa mãe, meu pai já foi bem claro mais cedo.
— Eu sinto muito por você, mas ela corre riscos e você é quem ela mais confia aqui.
— Está bem, só não digam que eu não avisei.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 108
Comments
Mônica Wachholz
com certeza é uma loba muito poderosa
2024-01-16
0
Silvia Araújo
tá confuso
2022-11-12
2
Lais Brito
Diana é a Evy?
2022-06-13
3