Diana
* Está noite tive um sonho estranho, ele foi até bom, mas foi tudo muito real.
Eu estava em uma casa diferente de que vivi com meus país.
Eu era pequena , e brincava em um balanço próximo a casa, meus pais estavam no sonho e Theo também, estávamos felizes .
Eu sei disso porque eles conversavam em meio a risos, havia uma mulher, ela me balança enquanto falava comigo.
Eu ouvia o som doce de sua voz mas não podia ver seu rosto.
Eu falava mais alto ,mas alto , e sua voz respondia como melodia em meus ouvidos.
— Assim você vai acabar voando meu amor.
Ouvir sua voz era algo que me deixava bem, provocava sensações que não sei explicar.
Mas um pouco antes de acordar eu o vi, aquele garoto estava próximo a casa .
Não sei explicar se ele estar lá era devido eu querer que ele me encontre novamente para questiona-lo ou se tudo que sonhei foi real e ele realmente estava lá.
Eu preciso descobrir se aquilo realmente foi real ou apenas um sonho como qualquer outro.
Posso dizer que estou muito confusa com tudo isso. *
— Posso entrar querida?
— Entra mãe.
— Estou preocupada com você Diana! — Ela se senta em minha cama.— Eu sei que você não gosta que mudamos de uma cidade para outra, mas é uma decisão que temos que tomar.
— O que me incomoda é vocês não me dizerem o real motivo de sempre sairmos as pressas de um lugar pra outro.— Ela suspira. É sempre assim, depois de um longo suspiro vem as desculpas e ela foge do assunto.
— Nós vamos te contar querida.— Isso é novidade pra mim.
— Vão? Então me diz mãe.
— Mas não agora! — Eu sabia, era muito bom pra ela falar sério. — Você não está preparada pra ouvir, mas precisa confiar em nós.
— É um pouco difícil confiar quando se esconde as coisas mãe. — Me levanto colocando o diário em meu baú. — Só queria que pelo menos uma vez vocês dois não escondesse a verdade de mim.
— Não escondemos a verdade querida, só não queremos que se sobrecarregue de preocupações, é isso.
— Não precisa se preocupar comigo OK! Eu estou bem, acho que você e o papai podem se focar mais no Theo.
— Por quê deveríamos? O que seu irmão está aprontando?
— Nada mãe, mas as ações dele mostra que talvez estejam focando muito em mim e deixando ele de lado.
— Tudo bem querida, só me promete que não vai fazer nenhuma bobagem e que terá paciência.
Paciência? Eu já tive paciência estes anos todos , me desculpe mas não posso mais esperar mãe.
— Está bem. — Ela se levanta pra sair do quarto.
— Porque não aproveita que o dia está lindo e chama seu irmão para dar uma volta?
— Talvez. — Ela sorri e sai do quarto. — Se ela pensa que pode continuar escondendo as coisas de mim, está enganada. — Pego minha jaqueta. — Quer saber, eu vou sair sim, mas sozinha.
Pego a chave da minha moto e desço em silêncio, pé por pé, minha mãe está na cozinha e parece conversar com meu pai.
Theo deve estar no quarto como sempre em frente ao videogame.
Fecho a porta silenciosamente , monto em minha moto colocando o capacete, eles vão ouvir quando sair,mas já não poderão me impedir.
Sigo para o sul sentido a Riccia, são apenas onze minutos até lá, tem uma torre aos pedaços em uma colina, decido ficar ali e pensar um pouco.
Me sento em meio as pedras dos destroços da torre decadente.
A vista daqui é linda, nesta área da Itália há muitas colinas e montanhas que nos faz encher os olhos.
Simplesmente fico ali, olhando a paisagem, tentando me sentir um pouco mais livre.
— Desta vez foi mais fácil te encontrar. — Me levanto rapidamente.
— Não pensei que me encontraria tão rápido assim! — Dou alguns passos para trás enquanto ele caminha em minha direção.
— Não fuja desta vez, eu não vou te machucar Ivy. — Ele para onde está.
Ivy? Porque este nome não me soa estranho? Eu não intendo.
— Quem ? Meu nome é Diana.
— Certo, Diana, entendi! Mas não fuja.
— Não era minha intenção fugir desta vez.
— O que te fez mudar de ideia?
— Cansei de fugir e quero respostas. — Ele sorri.
— Isso facilita muito pra mim.
— Então pode começar garoto. Eu só não intendo como você parece o mesmo durante estes anos todos! — Ele suspira.
— Isso é simples, mas vamos de vagar. Foi bom ter me ouvido e não tomado o remédio que te dão.
— Eu não tinha certeza se a voz na minha cabeça era a sua, mas decidi arriscar.
— Isso foi o primeiro passo para te encontrar.
— Acho que mereço saber seu nome.
— Alec Barton, eu sei que você se lembra de mim de alguma forma.
— Eu não me lembro, mais de alguma forma eu sei que te conheço.
— Você precisa se lembra e eu posso te ajudar, mas precisa confiar em mim.
— Como?
— Eu vou me aproximar. — Theo aparece do nada.
— Diana fica longe desse cara! Não coloca as mãos nela.
Como ele me encontrou? E como chegou aqui tão rápido?
— Você sabe que não vou machuca-la Theodor. — Theo entra em minha frente ficando entre nós dois.
— Theo você não vai me impedir de saber tudo.
— Diana não me coloca nesta situação.
— Ela precisa saber a verdade, quanto mais tempo ela perde mas fácil os arcanjos irão encontrá-la.
— Arcanjos? Como assim?
— Não escuta ele Diana. Apenas confie em mim.
Alec parece se preparar para correr até minha direção, mas Theo percebe suas intenções e como um piscar de olhos estamos em meu quarto.
— O quê? Como você fez isso? O que você está me escondendo Theo?
— Escuta, — Ele olha o corredor e fecha a porta. — nossos pais ainda não voltaram, estão te procurando.
— Você vai me dizer o que sabe e fará isso agora. — O seguro pelo braço. — Desembucha!
— Eu vou dizer Diana, mas agora não é uma boa hora! Eles vão voltar.
— Já chega . — Eu grito, Theo arregala os olhos. Eu nunca se quer alterei a voz com ele, por isso o espanto, talvez agora ele entenda que não estou brincando. — Você vai me levar de volta ou eu mesmo volto a pé.
— Certo, mas se acalme.
— Estou cansada de mentiras, e tudo que você e nossos pais fazem é mentir pra mim. Até agora acho que só Alec disse a verdade.
— Você confia mais nele do que em mim Diana?
— Nem sei se este realmente é meu nome. — Ele suspira.
— Certo.
— Theo você está aí em cima? Encontrou Diana? — Meu pai grita do primeiro andar.
— Me leva de volta Theo, por favor. — Theo me olha pensativo, mas o tempo está passando e vamos acabar na mesma redoma.
— Vou te levar a um lugar e explicar o que sei, mas confie em mim.
Concordo com a cabeça, Theo segura minha mão e me puxa , como da forma anterior estamos em outro lugar, me sinto um pouco zonza mas nada significativo.
O lugar para onde Theo me leva é um lago, não sei porque mas me parece familiar.
— Que lugar é este ?
— Vínhamos muito aqui quando éramos pequenos, mas você não deve se lembra agora.
— Então me ajude a recordar Theo.
— Quando éramos crianças morávamos aqui perto. Você amava vir aqui comigo, brincávamos bem alí com um barco de controle remoto. — Ele sorri se recordando. — O barco era meu mas você não deixava ele de lado.
— E onde fica a casa ?
— Vou te levar até lá.
— Espero que seja caminhando! — Theo ri.
— Okay, vamos caminhando.
Enquanto andamos entre as árvores , vejo que Theo está pensativo e cabisbaixo.
— Sabe, eu nunca quis mentir pra você, mas meus pais sempre disseram que era para proteger você.
— Seus pais ? Você sempre se refere a nossos pais Theo. — Ele da um longo suspiro.
— Isso não cabe a mim te contar, e por favor, não me obrigue a dizer.
Por mais que eu queira descobrir tudo, não posso força-lo ainda mais. Já foi uma vitória imensa faze-lo falar.
— Eu não vou, só que cada vez mais eu fico confusa. Por que não me lembro de nada?
— Isso também são eles que devem te dizer , só o que eu sei é que o remédio te ajuda não se lembrar e a não ser manipulada por certas pessoas.
— O que tem nos comprimidos Theo?
— Verbena e orquídea negra.
— Não faço ideia pra que estás ervas servem.
— A verbena te afastava de Alec e a orquídea pra você não se lembrar. Pra eu te explicar exatamente a função de cada uma iria apenas te confundir ainda mais.
Ao sairmos de entre as árvores pude avistar a casa, meus batimentos aumentaram.
Era a casa com que sonhei a noite passada, estava mal cuidada com grama alta e um pouco desgastada pelo tempo,mas tinha certeza que era a mesma casa.
— Ela existe, então era real!
— O que é real Diana?
— Essa casa Theo, eu sonhei que estive aqui. — Corro em direção a árvore. — O balanço ainda está aqui. — Começo a ri e a chorar ao mesmo tempo. — Isso é surreal.
— Você não está pensando... — Me sento no balanço. — ele vai . — Começo a gangorra e a corda se arrebenta. — arrebentar! Você está bem? — Disparo a rir ainda no chão, Theo me estende a mão.
— Estou bem, muito bem a propósito. — Pego sua mão para me levantar. — Podemos entrar ?
— Não sei se é uma boa ideia. Ela ficou fechada por muitos anos .
— E do quê está com medo? De ratos e cobras? Vamos entrar.
Theo pega uma pedra em meio as plantas e retira uma chave de dentro dela abrindo a porta.
— Só tome cuidado está bem!?
Entramos e tudo está coberto de poeira, há alguns porta retratos sobre a lareira imunda.
Pego um deles o limpando, na foto estão todos nela, estou de frete a uma mulher que repousa sua mão em meu ombro com carinho. Seus traços são semelhantes aos meus, cabelo, tom de pele, apenas meus olhos são de ton diferente.
Enquanto os dela é um tom intenso de azul levemente arroxeado os meus são azuis esverdeados.
— Quem é ela Theo? — Theo respira fundo mordendo lábio. — Não vai me dizer não é?
— Você precisa perguntar para nossos pais.
— Me diz você Theo, quem é está mulher? Na floresta você disse meus pais, Theo me responde . Eles não são meus pais?
— Diana acho melhor voltarmos. — Me afasto de Theo.
— Você ... Como pode me enganar também? Eu confiava em você.
— Dia por favor, vamos voltar pra casa.
— Essa é minha casa. Vai embora!
Saio correndo em direção a saída , mas não chego muito longe, Theo aparece em minha frente nos levando de volta pra casa, mas desta vez na sala de estar.
Mel e Rael nos olha aliviados, mas Mel percebi o porta retrato em minhas mãos.
— Theo o que você fez?
Subo correndo para o quarto trancando a porta.
Sei que ele pode entrar sem usar a porta, mas espero que respeite meu espaço.
# Música do capítulo : " Hurricane - Fleurie"
# Meus amores, devido a muitos comentários que a aparecia dos personagens deveriam ser deixados para a imaginação de vocês, decidi não postar fotos. Mas deixo a critério de vocês! Então vocês decidem.... Boa leitura e bjs no coração 😘❤️.
# Ah e estarei disponibilizando a play liste na dizzer pra quem quser ☺️
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Atualizado até capítulo 108
Comments
Rosangela Tadaisky
é livro 1 da quarta estória
2024-01-23
0
Rosangela Tadaisky
é livro 4
2024-01-23
0
Thayná Andrielli
quem tá confusa sou eu, tem que ler outro livro antes desse pra entender? pq eu vi aqui que está como livro um, então não é livro um?
2024-01-12
2