Dava pra ver como Rafael estava apreensivo perto de mim, talvez seja minha boca grande, quem sabe o fato de que eu não sou o tipo de mulher que abaixa a cabeça para um homem, ou então ele esconde alguma coisa, e se for assim, eu vou descobrir.
__ Já que não tem nada aqui, e o chefe está aqui, eu vou voltar e tratar de analisar os arquivos do caso. — Me levantei com um sorriso pleno.
__ Não quer companhia, com tudo que está acontecendo não parece sensato uma dama andar sozinha, a noite, por essas ruas perigosas. — Ele respondeu tentando soar o mais provocativo possível, tentando me causar medo. Em vão é claro!
Olhei bem para ele, meus olhos foram percorrendo seu corpo, analisando sua altura, seu porte físico, logo em seguida varreram seu rosto, seu ar sombrio e misterioso, seus olhos frios.
Ele seria o assassino perfeito!
Quem suspeitaria do chefe? Só eu.
__ A "dama" aqui sabe se cuidar sozinha. — Respondi e me virei para sair.
Ele segurou meu braço. Aquele calafrio, ele ficou mil vezes pior.
__ Estou falando sério, esse cara é perigoso. — Advertiu.
__ Eu sou mais. — Puxei meu braço tentando me livrar daquela sensação que eu não sei dizer se era atrativa ou agoniante.
Ele deu um sorriso estridente. Sai dali o mais depressa possível e fui direto para o meu carro.
Aquela sensação estranhamente boa e má não deixava meu corpo.
Estava tão longe, quase em um transe, que até me assustei quando o celular tocou. Me atrapalhei pegando ele. Quando consegui comtrola-lo nas mãos atendi.
__ Alô. — Falei seca sem ver o discador.
__ Tudo bem? — Santiago disse do outro lado da linha.
__ Sim, sim. Tá tudo bem. — Respondi tentando não parecer nervosa, sem sucesso.
__ Você não parece bem Elena. O que aconteceu?
__ Tá tudo bem amor, é sério. É só o caso, esse povo daqui é tudo incompetente, eles não tem nada nenhum suspeito, nenhuma pista, nada, então vou ter que começar do zero. Estou no trânsito, preciso desligar agora tá.
__ Tudo bem. Se cuida viu, eu te amo.
__ Eu tbm te amo.
Desliguei o celular, liguei o carro e voltei pro hotel.
Chegando lá passei direto pelo hall de entrada ignorando todos a minha volta. As pessoas já sabiam quem eu era, estavam curiosas, más hoje eu não tenho cabeça para elas.
Apertei o botão pro meu andar e fui direito para o meu quarto.
Normalmente e quando tenho um caso tão grande eu sempre analiso o mesmo antes de entrar, só para não ter nenhuma surpresa, más eu não tinha cabeça pra isso também então entrei e fui direto para o banheiro. Liguei a banheira e deixei enchendo, fui até a cozinha peguei o pouco vinho que ainda restava na garrafa e voltei para lá.
Tirei minhas roupas, só não conseguia fazer o mesmo com aquela sensação eletrizante do meu corpo.
Eu nunca senti isso. Nunca!
Nenhum toque neste mundo era tão intenso como o daquele homem.
O que tem nele?
O que tem nele meu Deus?
Entrei na banheira e mergulhei fundo minha cabeça nela, fiquei ali de baixo até ser faltante o ar, más nada me fazia esquecer.
Subi, olhei ao redor tossindo e recuperando o fôlego, tudo ainda estava normal. Tudo era silêncio. Um silêncio tão grande e tranquilo. Eu adorava isso. Mesmo sabendo que sempre duraria pouco.
A campainha tocou levando o silêncio embora.
Me levanto rápido, seco o corpo e coloco a camisola e o robe que tinha pendurado ao lado.
Como não tenho tempo para pegar uma lanjerie porque a campainha toca insistentemente fecho o robe, isso ajuda não deixar nada que não deve perceptível.
Saio do banheiro e vou até a porta. Olho pelo olho mágico e vejo ele.
__ O que você está fazendo aqui?
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Atualizado até capítulo 33
Comments
Zenilda Reis
🤩🔥
2022-03-10
0
Tayná Jennifer
História segue em edição 😘😘😘
2022-03-10
0
Eliete Magalhaes
🔥🔥😱😱
2020-10-27
0