capítulo 3

Dava pra ver como Rafael estava apreensivo perto de mim, talvez seja minha boca grande, quem sabe o fato de que eu não sou o tipo de mulher que abaixa a cabeça para um homem, ou então ele esconde alguma coisa, e se for assim, eu vou descobrir.

__ Já que não tem nada aqui, e o chefe está aqui, eu vou voltar e tratar de analisar os arquivos do caso. — Me levantei com um sorriso pleno.

__ Não quer companhia, com tudo que está acontecendo não parece sensato uma dama andar sozinha, a noite, por essas ruas perigosas. — Ele respondeu tentando soar o mais provocativo possível, tentando me causar medo. Em vão é claro!

Olhei bem para ele, meus olhos foram percorrendo seu corpo, analisando sua altura, seu porte físico, logo em seguida varreram seu rosto, seu ar sombrio e misterioso, seus olhos frios.

Ele seria o assassino perfeito!

Quem suspeitaria do chefe? Só eu.

__ A "dama" aqui sabe se cuidar sozinha. — Respondi e me virei para sair.

Ele segurou meu braço. Aquele calafrio, ele ficou mil vezes pior.

__ Estou falando sério, esse cara é perigoso. — Advertiu.

__ Eu sou mais. — Puxei meu braço tentando me livrar daquela sensação que eu não sei dizer se era atrativa ou agoniante.

Ele deu um sorriso estridente. Sai dali o mais depressa possível e fui direto para o meu carro.

Aquela sensação estranhamente boa e má não deixava meu corpo.

Estava tão longe, quase em um transe, que até me assustei quando o celular tocou. Me atrapalhei pegando ele. Quando consegui comtrola-lo nas mãos atendi.

__ Alô. — Falei seca sem ver o discador.

__ Tudo bem? — Santiago disse do outro lado da linha.

__ Sim, sim. Tá tudo bem. — Respondi tentando não parecer nervosa, sem sucesso.

__ Você não parece bem Elena. O que aconteceu?

__ Tá tudo bem amor, é sério. É só o caso, esse povo daqui é tudo incompetente, eles não tem nada nenhum suspeito, nenhuma pista, nada, então vou ter que começar do zero. Estou no trânsito, preciso desligar agora tá.

__ Tudo bem. Se cuida viu, eu te amo.

__ Eu tbm te amo.

Desliguei o celular, liguei o carro e voltei pro hotel.

Chegando lá passei direto pelo hall de entrada ignorando todos a minha volta. As pessoas já sabiam quem eu era, estavam curiosas, más hoje eu não tenho cabeça para elas.

Apertei o botão pro meu andar e fui direito para o meu quarto.

Normalmente e quando tenho um caso tão grande eu sempre analiso o mesmo antes de entrar, só para não ter nenhuma surpresa, más eu não tinha cabeça pra isso também então entrei e fui direto para o banheiro. Liguei a banheira e deixei enchendo, fui até a cozinha peguei o pouco vinho que ainda restava na garrafa e voltei para lá.

Tirei minhas roupas, só não conseguia fazer o mesmo com aquela sensação eletrizante do meu corpo.

Eu nunca senti isso. Nunca!

Nenhum toque neste mundo era tão intenso como o daquele homem.

O que tem nele?

O que tem nele meu Deus?

Entrei na banheira e mergulhei fundo minha cabeça nela, fiquei ali de baixo até ser faltante o ar, más nada me fazia esquecer.

Subi, olhei ao redor tossindo e recuperando o fôlego, tudo ainda estava normal. Tudo era silêncio. Um silêncio tão grande e tranquilo. Eu adorava isso. Mesmo sabendo que sempre duraria pouco.

A campainha tocou levando o silêncio embora.

Me levanto rápido, seco o corpo e coloco a camisola e o robe que tinha pendurado ao lado.

Como não tenho tempo para pegar uma lanjerie porque a campainha toca insistentemente fecho o robe, isso ajuda não deixar nada que não deve perceptível.

Saio do banheiro e vou até a porta. Olho pelo olho mágico e vejo ele.

__ O que você está fazendo aqui?

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Comments

Zenilda Reis

Zenilda Reis

🤩🔥

2022-03-10

0

Tayná Jennifer

Tayná Jennifer

História segue em edição 😘😘😘

2022-03-10

0

Eliete Magalhaes

Eliete Magalhaes

🔥🔥😱😱

2020-10-27

0

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