Esse sentimento era novo e único para Valéria, ela sentiu seu corpo queimar num instante, suas forças falharam em todo seu corpo e todo seu ser enfraqueceu, fazendo-a cair nos braços de Santiago, que a deitou na cama sem separar seus lábios. Quando finalmente teve a oportunidade de respirar e afastar-se do beijo que a fazia perder-se, quis saber o que estava acontecendo com seu corpo.
Valéria: Eu me sinto estranha, o que foi que aconteceu comigo?
A voz excitada e gentil de Santiago arrepiou Valéria ao sussurrar em seu ouvido e percorrer seu ventre com sua mão.
-Nada ainda, mas te asseguro que vai se sentir melhor.
Valéria estremeceu, apoiando-se nos ombros de Santiago. A maneira como o abraçou não deixava claro se pretendia afastá-lo ou conter seu próprio impulso de gemer. Algo estava claro: seu rosto estava muito vermelho e não entendia o que estava acontecendo. Ofegava com o toque e proximidade dele.
Valéria: Se-nhor~ por favor! Ah, eu... tenho medo.
Ele segurou suas mãos deixando-as na cama e a beijou novamente.
-Não tenha medo, não vou machucá-la. Diga, você quer que eu continue?
A mente dela estava se entregando àquele sentimento de prazer e desejo. Mesmo se ainda pudesse negar, Santiago, com seu toque e beijos, conseguiu o oposto. Suas palavras saíram sozinhas, um abafado "sim" entre gemidos saiu dos lábios de Valéria.
E ele, satisfeito com as palavras dela, começou a beijá-la pelo pescoço, o som que escapou dos lábios da garota a deixou muito envergonhada, enquanto em Santiago chegava no limite.
Seus olhos passaram do tom dourado para tingir-se de cor de sangue, seu cabelo ficou prateado e seu corpo muito mais forte.
A maneira como ele se levantou para observá-la a aterrorizou e fez pensar que ia morrer.
Valeria tentou ir embora, mas Santiago não permitiria.
- Deixe-me provar você! - ele ordenou\, enquanto seus caninos cresciam e se cravavam no pescoço descoberto dela.
A mordida de Santiago causava uma forte dor em Valeria e, embora ela tenha se queixado e implorado para que ele parasse, ele não tinha intenção de fazê-lo. Pelo contrário, queria tomá-la, possuí-la naquele momento vivo, estava tão excitado com o sabor e aroma de seu sangue que esqueceu que se não parasse logo, ela morreria em breve.
A única coisa que o fez parar foi quando as mãos de Valeria pararam de tentar se soltar de seu aperto e as lágrimas rolaram em seus olhos fechados por causa da inconsciência.
Ele voltou a si para ver o que havia feito e se arrependeu de sua ação. Nunca havia sentido tanto desejo de possuir e matar alguém com tanta força quanto a ela, na medida em que a desejava e queria tê-la, na mesma medida que precisava de seu sangue.
A mordida desapareceu de Valeria e seu tom natural voltava a ela, embora ela ainda estivesse inconsciente.
Santiago se levantou e saiu, chegou ao seu quarto e sentou-se.
Jef entrou no quarto.
-Vejo que não foi possível se conter, imaginei que seria difícil quando ela aparecesse na mesa hoje.
-Não consegui nem me concentrar com ela na minha frente, nunca me senti assim com nenhuma outra pessoa, ela tem a habilidade de me desestabilizar...
Jef: Senhor, posso fazer uma pergunta?
Santiago assentiu e Jef acrescentou.
-Porque aceitou a noiva desta vez? Depois do que aconteceu há 200 anos, todas as noivas para o primeiro filho foram rejeitadas, então por que de repente me ordenou que fosse buscá-la?.
Santiago: Ela era impossível de ignorar, ou talvez seja porque eu já me tornei o monstro que sempre disseram que seria.
Jef: Com todo o respeito, senhor, mas não acredito nisso. Você nunca perdeu o controle dessa forma antes, nem mesmo quando a maldição está mais forte, e embora hoje certamente não tenha sido você mesmo, não acredito que essa seja a razão.
Santiago se levantou.
-Encarregue-se de cuidar dela.
Jef: Você vai sair?
Santiago: Sim, certifique-se de que ela fique segura.
Santiago saiu.
Dias depois, Valéria acordou, as memórias do que aconteceu voltando à sua mente.
-Pensei que ia morrer, aquela pessoa queria me matar!
Jef: Não é assim!
A voz de Jef fez com que Valéria se virasse, pois ela não havia notado que ele estava lá.
-O mestre não ia te machucar, continuou Jef, é a primeira vez que ele toca na noiva sem que ela permita.
Valéria: Desde quando ele está...?
Jef interveio.
Eu estive aqui desde que você abriu os olhos, é melhor você se alimentar, você dormiu por quatro dias. Valéria perguntou nervosamente: "E onde ele está?"
Jef: "O mestre não está no castelo, não posso dizer quando ele voltará".
Valéria ficou mais aliviada ao ouvir aquela notícia. Como Jef sugeriu, ela tomou um banho e foi comer. Mesmo não querendo ficar naquele lugar, enquanto não soubesse como sair, precisava procurar algo para fazer. Então, pediu a Jef para permitir que ela ajudasse em algumas tarefas.
Jef: "Estarei trabalhando nos jardins, talvez você possa ajudar lá".
Valéria ficou feliz com a ideia de trabalhar naquele belo jardim, além de ter a chance de sair das paredes do enorme castelo.
Jef: "Começamos amanhã, vá descansar".
Valéria não estava com sono, o dia tinha sido muito tranquilo. Então, ela quis dar uma volta, lembrando-se que da última vez que caminhou, foi surpreendida por Jef antes de entrar no corredor sem tapete. Jef lhe disse que não havia nada interessante do outro lado, mas ela pensava o contrário.
Valéria: "Tenho certeza que há algo naquele lugar, talvez seja a saída".
Ela se dirigiu para lá e, depois de tanto caminhar pelo longo e opaco corredor, encontrou apenas uma porta oxidada de metal. Teve que fazer muito esforço para abri-la e acabou se machucando, mas conseguiu entrar.
Viu muitas caixas de madeira, algumas apoiadas na parede e outras no chão, cada uma com o mesmo símbolo detalhando o fogo.
Valeria deu alguns passos à frente quando as caixas na parede se abriram. Ela não conseguiu evitar soltar um grito de horror ao ver que em cada caixa havia um cadáver - a maioria deles usando vestidos vermelhos, embora os designs fossem diferentes, um detalhe era sempre o mesmo: uma rosa feita à mão no braço direito. Elas também haviam sido enviadas ali para serem noivas daquele homem.
Valeria pensou: (é por isso que as meninas nunca voltam... não posso ficar aqui! Ele vai me matar também.)
Ela correu ao redor das covas até encontrar uma porta aberta que dava para a floresta; qualquer lugar era mais seguro do que lá, então Valeria correu e correu até que suas pernas doeram.
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Atualizado até capítulo 141
Comments
Gilda Marcia Cunha Silva
CREDO, EU HEIM????🤔🤔🤔
2023-10-06
3
Suzi Ozorio
🤔🤔🤔🤔
2023-06-27
0
Valeria Aparecida
ansiosa para continuar lendo
2023-06-03
0