A Escritora

A Escritora

Capítulo I

Luna era uma escritora de aplicativo, que acabou ficando popular acidentalmente, escrevia somente por diversão, inclusive Luna não era seu nome verdadeiro, na verdade, seu nome era Cristina, mas como não, acreditava que, poderia ser famosa, pois já havia perdido a esperança de realizar este sonho, não se achava boa o suficiente para ser uma escritora, como os grandes escritores que admirava, não tinha um estilo próprio de escrita, simplesmente escrevia, usava o pseudônimo de Luna para escrever, escolhido propositalmente, pois quando era criança, sonhava, sim, um dia ser escritora, e sempre estava rascunhando alguma história, sua mãe, e professores falavam que ela vivia no mundo da lua, como lua em espanhol é Luna ela escolheu propositalmente.

Um dos diversos livros que Luna escreveu, ficou tão famoso, que uma editora grande entrou em contato através do aplicativo, para poder fechar um contrato, com a seguinte mensagem:

“Bom dia, Senhorita Luna, não temos outra forma de nos comunicarmos, por isso deixamos esta mensagem, assim que ler, por favor entre em contato conosco, pelo e-mail: editoratrevo@ymail.com.br, para podermos. Passar mais informações, pois nos interessamos neste seu livro e gostaríamos de publicá-lo de forma física”.

— E agora? Será que respondo, mas não quero, expor minha verdadeira identidade — disse, aflita, e abismada, pois não acreditava no que estava lendo, algo que sonhou tanto, agora estava acontecendo, justo agora que, havia deixado a chama da escritora dentro dela se apagar, tinha o hábito de ler os comentários sobre os seus livros e responder, mas tudo por hobby, nunca pensou que uma editora física se interessaria pelo seu livro.

— O que foi Cristina? — Perguntou Luciana, sua colega de apartamento, que acabara de chegar.

Luciana ou Lu, como gostava de chamá-la, era como uma irmã, Cristina engravidou acidentalmente de um Oficial, por quem era enamorada na época que trabalhava em navios de cruzeiros, como não queria dar problemas para sua família, decidiu quando desembarcou ficar em Sorrento, na Itália, contra a vontade da própria família, pois achavam que deveria voltar para o Brasil, foi Luciana sua colega de cabine, quem a ajudou com toda a papelada, pois por ser italiana, escreveu uma carta, como se Cristina trabalhasse para ela, então, as duas se revezavam para cuidar de Jean quando este nasceu, agora o menino já tinha 8 anos, e Cristina 35 anos, por Jean ser nascido na Itália, garantiu a estadia de Cristina, as duas dividiam um apartamento, onde moravam:

— Recebi uma mensagem de uma editora, para entrar em contato, pois se interessaram em um dos meus livros. — disse Cristina.

— Então o que está esperando?

— Mas faço, isso por brincadeira, não de forma séria.

— Mas quem sabe… se ficar famosa, não precisa pegar mais esses empregos de meio período, e não te custa nada ir ver.

— Mas eu não quero expor minha verdadeira identidade. Você sabe que sou tímida, que não sou, boa o suficiente para esse tipo, de coisa.

— Claro que você é boa em escrever, senão essa editora não teria se interessado, em um de seus livros, e você não precisa se expor, nós podemos montar uma personagem, você já não fez teatro? É só encenar, isso não, será difícil para você.

— Está bem.

Então Cristina, entrou em contato pelo e-mail, a editora marcou uma reunião. Como de início dissemos, Cristina não queria expor sua identidade, pois como criava, só por diversão e muitas das histórias que, escrevia era sobre coisas que havia passado, ou ouvido, eram segredos que expunha sobre si mesma, segredos do lugar mais fundo de sua alma e sobre pessoas que conheceu no navio, gostava de imaginar como acabavam os romances que via iniciarem no navio, escrevia para desabafar, para abrir, o coração, punha a alma no que escrevia, e o que escrevia, davam ótimas histórias, decidiu aceitar o conselho de Luciana, e juntas criaram a aparência de Luna, arrumaram uma peruca de cabelo natural ruiva, com uma amiga que era cabeleireira, Luciana emprestou um dos conjuntos sociais que não usava mais, algumas bijuterias do tipo que ficavam bem em Cristina, mas que esta não usava por achar exageradas, compraram um par de lentes de contato azul, e um óculos com uma armação diferente do que Cristina usava.

Duas horas antes da reunião, Cristina, se arrumou com sua identidade de Luna, Luciana fez, uma maquiagem, bem bonita em Cristina.

— Lu, está exagerada essa maquiagem, e esses acessórios que você me arrumou. — reclama Cristina, ao se olhar no espelho.

— Cristina, essa maquiagem, é apropriada, e combina com a peruca, sua pele, e cor das lentes, e os acessórios têm de ser de um tipo mais extravagante, porém tem de ser elegantes, para combinar com a roupa e um pouco exagerados e diferentes do que você costuma usar, pois sei que seu tipo de bijuterias, são as discretas que você usa e a maquiagem não está exagerada em nada, é que você, não está acostumada a usar outra cor que não seja dessas suas sombras dourada e marrom e lembre-se, que não podemos usar uma maquiagem igual à que você usa diariamente, senão você pode ser identificada facilmente, pois não mudará muito o seu rosto, e as bijuterias têm de ser de um tipo que você não use normalmente, você sabe que estamos em um lugar que quase todo mundo se conhece, e uma bijuteria que você use sempre seria facilmente identificada, apesar de não entender, porque você deseje isso. — diz Luciana inconformada.

— Está bem, você tem razão, e não quero ser identificada, pois tenho medo do livro físico ser um fracasso e ser ligado à minha imagem. — diz suspirando resignada, pois a amiga tinha razão

— Vai lá então, boa sorte. Não se preocupe, levarei o Jean comigo, para a confeitaria, quando ele voltar da escola.

— Obrigado Lu.

— Que nada, você ainda vai ser muito famosa, é só não esquecer das amigas.

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