A manhã mal havia começado, mas o castelo de Adam já parecia envolto por uma estranha tensão.
Do lado de fora do quarto, Adam caminhava de um lado para o outro no corredor de pedra, com os punhos cerrados. Seu olhar fixo na janela mostrava que seus pensamentos estavam longe dali.
“Aquele sonho... não foi só um pesadelo. Eu senti a presença dele... mesmo depois da morte.”
Adam levanta o olhar para o horizonte. A névoa da manhã cobria os jardins como um manto, tornando o ambiente ainda mais frio e silencioso.
Lyan, que observava seu mestre de longe, finalmente se aproxima com cautela.
— Meu senhor... — Lyan diz em tom respeitoso — Ela está bem... mas… não acha estranho? Humanos não costumam ter sonhos tão vívidos com criaturas já mortas.
Adam o encara com os olhos estreitos.
— Eu sei... — Sua voz baixa e ameaçadora. — Por isso preciso descobrir se... aquilo que caçamos... realmente morreu.
Lyan engole seco e se afasta, sabendo que não adiantava discutir quando Adam estava daquele jeito.
Enquanto isso, no quarto, Mei começa a despertar novamente. A dor em sua perna havia amenizado um pouco, mas seu corpo ainda estava fraco. Ela olha ao redor, seus olhos curiosos explorando os detalhes do quarto.
As cortinas vermelhas pesadas... o tapete bordado... os candelabros antigos... Tudo parecia saído de um conto gótico.
"Será que estou segura aqui de verdade?", pensou.
Ela tenta se levantar devagar, mas a tontura a faz sentar-se de novo. Nesse momento, uma leve brisa gelada passa pelo quarto, fazendo as cortinas balançarem sozinhas... mesmo com a janela fechada.
Mei sente um arrepio subir por sua coluna.
De repente, ela escuta... um sussurro.
Baixo. Fraco. Quase imperceptível...
— Mei...
Ela paralisa.
— Quem está aí? — Sua voz sai tremula.
Silêncio.
Ela olha ao redor, o coração acelerado.
De repente, as velas apagam... todas ao mesmo tempo.
— Não... Não pode ser... — ela sussurra com os olhos arregalados.
A porta range sozinha... abrindo-se levemente. Mei prende a respiração, esperando que fosse Adam... mas não havia ninguém no corredor.
Ela, com o pouco de força que tinha, tenta se levantar de novo... apoiando-se na parede. Seu corpo treme, mas ela não quer parecer fraca, nem mesmo sozinha.
Lá fora, no final do corredor... duas pequenas luzes amarelas aparecem... como olhos. Olhos familiares.
— Não... — O medo a domina. — Você estava morto...
Antes que pudesse gritar, a figura desaparece, como se nunca tivesse estado ali.
Do outro lado do castelo, Adam sente uma pontada no peito... um pressentimento forte.
— Mei! — Ele corre na direção do quarto, com a velocidade que só um vampiro poderia ter.
Ao abrir a porta, encontra Mei caída no chão, os olhos cheios de terror.
— O... o lobo... Eu vi... — Ela mal consegue falar.
Adam a segura com força.
— Não, não pode ser... — Ele a pega no colo novamente. — Eu prometi... que você estaria segura... — Seus olhos começam a brilhar em tom carmesim.
Ele olha para o corredor escuro... e sussurra para si mesmo:
— Quem ousa desafiar a minha palavra... vai pagar com a própria vida.
Adam a coloca na cama, acaricia seu rosto com um cuidado inesperado, e em seguida, com um olhar assassino, desaparece pelas sombras do castelo... pronto para caçar o que quer que ainda estivesse à espreita.
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Atualizado até capítulo 24
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