— Então, o que vai pedir? — pergunta Aidan, olhando o cardápio.
— Só uma salada! — Fecho o cardápio que estava comigo, e Aidan ri de um jeito debochado.
— O que foi? — pergunto.
— Isso é vergonha? Se for, não precisa ter. Te trouxe aqui para gente comer mesmo! — Aidan volta a olhar seu cardápio.
— Não é vergonha! Eu realmente como pouco... pergunte à minha mãe — digo.
— Então tá — ele diz, e logo chama o garçom.
— Olá, boa noite! O que vão querer? — pergunta o garçom gentil.
— Eu vou querer um sanduíche vegano, e ela quer uma salada — Aidan sorri gentil para o moço que anotava tudo em um papelzinho.
— Ok, já trago o seu pedido. Licença! — Ele sai.
— Vegano? — pergunto, surpresa.
— É... prefiro ver os animais vivos do que mortos em seu prato! E sem contar que verduras são bem mais saudáveis, não é mesmo? — ele diz.
Assinto, um pouco sem jeito. Eu como carne sem me importar com os animais... kkk, rindo nervosamente.
Passam-se dois minutos, e os nossos pratos chegam. Pego o garfo, pego uma porção da salada e coloco na boca. Meu Deus, é a salada mais ruim que já comi em toda a minha vida! Pego a taça que estava com água e vou comendo a salada e engolindo junto com a água.
O sanduíche do Aidan parece estar bom... Ah, mas é vegano, deve ser nada bom, só folhas.
Acabo minha salada com a ajuda da água. Percebo que Aidan já havia acabado e está me olhando. Que cara estranha!
— O que foi? — pergunto para ele, que desvia o olhar para o seu relógio.
— Não posso te olhar? — Ele volta a me olhar.
— A... eu fico um pouco desconfortável com isso... — digo, e ele para de me olhar e fixa a atenção em outros lugares.
— Quero uma bebida. Você quer? — Aidan pega o cardápio de bebidas.
— Sim, um suco de frutas de melancia! — digo.
Aidan guarda o cardápio e me olha.
— Tava me referindo a bebida com álcool — ele diz, sério.
— Você está dirigindo. Não vou deixar você beber. Depois que você chega na sua casa, bebe e sai de carro... Tenho minha mãe para me cuidar. Estou nova demais para morrer — digo.
Ele não diz nada e chama o garçom.
— Se você pedir, eu vou embora. Pego um táxi e não saio mais com você! — digo, começando a ficar irritada. Odeio gente teimosa. Ele continua calado.
— O senhor quer a conta? — pergunta o garçom.
— Não! Me traga dois sucos de frutas de melancia, por favor — Aidan diz.
O garçom assente e sai.
— Se quiser ir embora, vá. As pernas são suas. Não estou te obrigando a ficar aqui comigo — ele diz.
Olho para ele com uma cara de não estar acreditando nisso.
— Você é um idiota! — Tiro o guardanapo do meu colo e jogo na mesa, e saio da mesa. Mas ele é mais rápido e segura meu braço de leve.
— Desculpa... é que você me fez lembrar de uma coisa, e acabei descontando em você. Me desculpe mesmo — ele diz.
Reviro os olhos.
— Tanto faz! Agora não quero mais suco, não! — digo.
Aidan chama o garçom e cancela os sucos e paga o que pedimos. Saímos do restaurante, e Aidan pega a chave do seu carro. Ele abre a porta para mim, e quando eu entro, reviro os olhos. Ele entra no outro lado.
Seu celular vibra, e ele olha e depois desliga. Aidan liga o carro e coloca o cinto de segurança.
— Vamos para minha casa! — ele diz.
Arregalo os meus olhos.
— Eu não quero ir para lá. Eu tenho casa para que? — pergunto, levantando-me um pouco no banco.
— Senta direito! — ele diz com um tom de voz autoritário.
— Eu vou sentar a minha mão na sua cara se você não me levar para MINHA CASA, porra! — digo, já de saco cheio.
— Achava que você era calma, mas pelo visto não. É estressada! — ele diz, sem tirar a atenção da rua.
— Sua casa está cheia de polícia — ele diz.
— Mais um motivo para eu ir para lá e ver se minha mãe está bem — respondo.
Ele fica calado. Dá uma raiva disso.
Ele entra em um condomínio muito chique, só tinha casas bonitas e grandes.
— A sua mãe está bem. Ela me disse que está tarde, então é melhor ir para minha casa mesmo — ele diz.
Reviro os olhos. É bem a cara da minha mãe falar isso também se.
Ele para o carro em uma garagem grande, com mais três carros. Ele desce, e eu também. Ele dá a volta para abrir a porta para mim, mas eu já havia descido.
Ele assente e diz um "Ok, vamos?" E logo fomos entrando. Sua casa estava toda escura. Aidan acende a lanterna do seu celular, e eu me deparo com uma escada grande. Ele pega na minha mão, e subimos.
Entramos em um quarto, e eu percebo que é o dele. Meu Deus, deu até vergonha do meu. O quarto dele é grande e bem arrumado. Vejo que tem uma prateleira de livros, um toca-discos e um frigobar.
— Lá atrás é o meu closet. Pega uma blusa minha. Na segunda gaveta, tem calcinhas dentro do saquinho — Aidan aponta com o dedo indicador para mostrar onde é e logo sai.
Eu vou junto. Aidan pega só uma cueca e uma calça da Adidas. O mesmo ia saindo, mas o chamo.
— Onde eu vou dormir? — pergunto.
Ele me olha com um olhar de não estar acreditando nisso.
— Não está óbvio? — Aidan abre os braços em volta da sua cintura e palma da mão.
— Tá! E você? — pergunto.
Aidan sai, e eu vou atrás dele.
— Eu vou dormir em outro quarto — diz, parado na porta, pronto para fechar.
— Ou você quer que eu durma aqui? — pergunta.
— Hum, tanto faz — digo, sem pensar. — Quero dizer, é melhor você ir dormir no outro mesmo — digo com um sorriso falso.
Ele sai, fechando a porta, e eu paro de sorrir e vou até lá e tranco a porta. Pego a blusa e o saquinho e vou para o banheiro. Tomo um banho quente e, depois, saio e deito na sua cama grande e macia.
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