Laura e Rafael seguiram pelas sombras das árvores, evitando a luzes externas, como se fossem cúmplices de um segredo. O som da festa ficou para trás, abafado, enquanto eles cruzavam o portão chegando a calçada. A rua estava silenciosa, iluminada apenas pelos postes de iluminação pública. O ar fresco da madrugada que chegava os envolveu, e Laura respirou fundo, sentindo a adrenalina correr pelo corpo. Rafael segurou sua mão de repente, firme, e a puxou pela rua quase deserta.
_ Corre! Disse entre risos, como se estivessem fugindo de algo, ou melhor de alguém.
Laura não teve tempo de pensar. Apenas correu com Rafael, o salto batendo no asfalto, o vestido balançando a cada passo. O coração acelerava não só pelo esforço, mas pela consciência de que estava ali, com ele, vivendo algo que parecia impossível alguns minutos antes.
Eles dobraram a esquina, e só então Rafael diminuiu o ritmo. Ainda ofegante, puxou-a para perto, rindo como um garoto.
_ Quase caí por sua culpa! Laura protestou, tentando recuperar o fôlego.
_ Por minha culpa? Rafael arqueou a sobrancelha, segurando Laura pela cintura para que não se desequilibrasse. _ Eu te salvei daquela festa sem graça. Ele sorriu, se esquecendo completamente de todas as preocupações que o atormentava antes, apenas por ter Laura ao seu lado.
_ Ah, claro… Laura o encarou, provocando. _ Se não fosse você, eu estaria perfeitamente bem agora.
_ É mesmo? O sorriso de Rafael mudou, ganhando um tom malicioso. _ Quer que eu te leve de volta para a festa? Eu levo agora!
Laura bufou, mas o corpo não colaborou com a encenação de indiferença. Rafael estava tão perto, tão quente, e o toque firme em sua cintura parecia mais íntimo do que qualquer abraço que tinha trocado antes.
_ Você é…
_ Eu sou? Não vai dizer? Mas eu seu que você adora o que eu sou.
Antes que Laura pudesse responder, ele a puxou de vez, colando seus lábios nos dela. O beijo foi diferente do anterior. Mais urgente, mais faminto. Laura retribuiu sem pensar, uma das mãos subindo até a nuca dele, puxando Rafael para perto. O riso preso entre os beijos tornava tudo mais leve, quase divertido, mas a intensidade crescia a cada segundo.
Quando se afastaram por um instante, ambos estavam ofegantes.
_ Você beija bem… Rafael sussurrou, com vontade de beijá-la outra vez.
_ E você é convencido demais… deve pensar que todas as mulheres estão caindo aos seus pés. Laura ergueu o queixo, mas não resistiu e sorriu. _ Está com síndrome de Bruno Salvatore...
Ele riu baixo, o polegar acariciando de leve o canto da boca dela, como se quisesse prolongar aquele instante, apreciando o bom humor dela.
_ Cuidado, Laurinha… você ainda vai me deixar viciado em você.
Laura sorriu, e o mundo, naquele instante, se resumia a risadas, provocações e beijos roubados naquela rua vazia, como se a noite tivesse sido feita só para eles.
_ Para onde estamos indo? Perguntou Laura, a voz leve e curiosa.
_ Não sei … mas sei que não quero voltar para lá agora… Rafael apontou para a festa com a cabeça.
Laura riu, o som ecoando na rua vazia, e, sem pensar, deu um leve empurrão no ombro dele.
_ Você é louco, sabia?
_ E você está me acompanhando... então quem é a louca? Rafael eetrucou, parando de repente e puxando Laura para mais perto beijando sua boca novamente, dessa vez com menos hesitação e mais fome. As línguas se encontraram em um ritmo urgente, e Laura sentiu os arrepios voltarem, espalhando da nuca até as pernas. O beijo era intenso, quase desesperado, como se ambos quisessem aproveitar cada segundo antes que a realidade os alcançasse. Ela agarrou a camisa dele, puxando Rafael para seu corpo, enquanto as mãos dele deslizavam pelas costas dela, pressionando-a contra ele.
Eles se afastaram, e seus rostos ficaram a poucos centímetros um do outro. Laura riu, sentindo o coração bater forte, e deu um passo para trás, desafiando Rafael com o olhar.
_ É só isso que você tem? Laura provocou, a voz carregada de um tom brincalhão que ela nem sabia que possuía.
Rafael cruzou os braços, claramente surpreso, mas um sorriso iluminou o seu rosto.
_ Ah, é assim? Ele deu um passo à frente, fingindo que ia pegá-la, e Laura, com uma risada, começou a correr pela calçada, o vestido verde esvoaçando levemente. Rafael foi atrás dela. Quando ele a alcançou, envolveu-a pela cintura, girando-a no ar por um instante antes de colocá-la de volta no chão.
_ Peguei você ! Rafael estava com o rosto tão perto que Laura podia sentir o calor da respiração dele. Ela o empurrou de leve, ainda rindo, mas não resistiu quando ele a puxou para outro beijo, dessa vez mais lento, mais profundo. Laura sentiu o corpo inteiro vibrar, cada toque reacendendo os arrepios que pareciam não ter fim. As mãos dele subiram até o rosto dela, segurando-a com uma ternura que contrastava com a urgência do momento.
Eles se separaram novamente, os dois rindo, a tensão da festa substituída por uma leveza quase infantil. Caminhavam agora lado a lado, as mãos ainda entrelaçadas, os ombros roçando enquanto andavam sem rumo pela rua.
_ Você está… diferente hoje. O tom da voz Rafael mudou, e havia um brilho brincalhão nos olhos dele.
_ Diferente como? Perguntou Laura, inclinando a cabeça, o coração acelerando novamente.
Ele hesitou, como se escolhesse as palavras com cuidado.
_ Não sei... eu só… não consigo parar de te olhar. Rafael confessou sentindo o coração disparar.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
luciane souza
Quero só ver quando o irmão dela descobrir.
2025-10-02
4
Patrícia Helena
Tão lindo eles assim , mas poxa o Rafael vai ser tão horrível com a Laura , caramba que triste😞
2025-10-02
1
Sthela Oliveira
Rafael tá apaixonado pela Laura, mas será que ele vai ter coragem de falar com o Bruno?
2025-10-02
1