Que visita boa! A que devo a honra, sempre quando vem avisa.
Eita! Espera pelo menos parar, entrar e sentar. Já tomou café? Cheguei cedo!
Mulher diz logo o que está acontecendo?
Senta! Toma teu café, depois nós conversamos.
Tomaram café e foram para o jardim.
Ítalo, quando conheci você, era um menino assustado. Estava frustrado com a sua família, e entendo tudo que sentiu e passou!
Regina, onde quer chegar com isso tudo?
Calma! Vou chegar lá.
Uma das minhas alunas esteve comigo esses dias. Contou-me que o seu pai está muito doente. Que estão enfrentando uma barra!
Estão vendendo a casa para poder pagar a cirurgia dele!
Eu não tenho nada a ver com isso!
Calma, deixa eu terminar! O caso dele é muito sério.
Ítalo ouvia tudo de cabeça abaixada.
Desculpa! Nada posso fazer. Foram eles que expulsaram de casa. Não é porque hoje tenho uma condição boa que vou voltar.
Eu entendo! Mas, você é melhor que isso. Eu sei que pode fazer tudo por eles é que ainda se preocupa com eles!
Não sei! Penso que eles não vão querer a minha ajuda.
Não custa tentar!
Preciso pensar. Agora estou cansado, estou saindo de um plantão. Então os meus neurônios não estão ajustados.
Kkk você, um grande médico!
Tá certo, meu amigo. Irei deixar você refletir.
Sabe o quanto é importante para mim. Uma irmã, que me apoia em tudo e está sempre ao meu lado. Prometo que vou pensar!
Vá descansar! Vou preparar o seu almoço, depois vou embora.
Não precisa se preocupar com isso. Venha dormir um pouco também.
Estou com saudades do seu colo.
Eles subiram e foram para o quarto. Ítalo tomou banho e foi para cama. Deitou-se no colo da amiga e deixou as lágrimas molharem o seu rosto.
Deixe sair meu amigo, vai se sentir melhor!
Ítalo chorou que dormiu.
Regina foi embora. Deixou um bilhete e saiu.
Ítalo acordou pensando em tudo que a sua amiga falou.
Abriu o seu Facebook e deu uma olhada nas páginas das irmãs.
Realmente Regina estava certa. Eles estão com a casa a venda. Mas como vou ajudar. Será que compro a casa, seria uma boa saída?
Vou pensar mais um pouco!
Mais uma semana se passou.
O paciente teve alta e estava em boa recuperação.
Ítalo teve uma chamada em especial.
Oi, diretor! O que temos para hoje?
Ítalo, sente-se!
Chegou hoje uma transferência de um paciente com coágulo no cérebro. Está muito debilitado e só você entende do caso.
A família já tentou de tudo e não encontrava médico para fazer a cirurgia, até saber de você.
Já constatou o quadro dele?
Ainda não, primeiro queria saber de você se está disposto a receber o paciente?
Vamos ver primeiro o prontuário dele, nem todo caso pode ser operado. Se nenhum médico quis pegar o caso dele, deve está aí a resposta!
O diretor pediu as imagens e analisaram com os demais cirurgiões.
Realmente doutor Ítalo, o caso desse paciente está muito comprometido. E temos uma chance.
Verdade, doutor. Temos somente um caminho neste caso. E algumas chances de sequelas.
Mas podemos fazer de outro jeito menos perigoso.
Ficaram conversando mais um pouco até chegar em uma alternativa.
Pronto diretor, pode receber o paciente.
Certo! Sabia que poderia contar com os seus talentos.
Marcaram de receber o paciente no dia seguinte.
Era folga do doutor Ítalo.
Só no dia seguinte que ele foi conhecer o paciente.
Mas quando entrou no quarto do paciente, para se apresentar. Não foi bem recebido pela filha. O tratou com racismos e preconceito.
Isso é um absurdo! Você não vai operar o meu pai. Onde já se viu um médico negro trabalhar em um Hospital desse porte!
Desculpa-me minha senhora! A minha cor não desfaz a minha competência no meu trabalho e não lhe conheço para vir desfazer da minha pessoa.
Vou já falar com o diretor desse Hospital, estou pagando e muito caro. Não vou deixar qualquer um fazer a cirurgia do meu pai.
O diretor apareceu no quarto, devido às vozes alteradas.
Mas o que está acontecendo aqui?
Desculpe-me! Mas, essa senhora está com preconceito com a minha pessoa.
Não admito que esse médico faça a cirurgia do meu pai.
Senhora, me acompanhe, vamos até a minha sala. Sente-se!
Você conhece esse médico?
Olha doutor! Não quero saber quem ele é, esse moço não faz a cirurgia do meu pai e ponto final. A minha família é muito rica e não aceita um qualquer vir e mexer com o meu pai.
Pois, senhora! Pegue o seu pai e leve para a sua família fazer a cirurgia dele. Aqui no meu hospital, não aceito racismo e nem descriminação com nenhum funcionário.
Mas! Como assim! O senhor não irá procurar outro médico para operar o meu pai, disseram que só esse hospital que eu iria conseguir essa cirurgia!
Disse bem! Só aqui que iria conseguir, agora não vai mais! Por favor, saia! Vou autorizar a liberação do paciente. Passar bem!
A moça sai furiosa da sala do diretor.
Mãe, a senhora viu o descaso com o papai?
Não! O que eu vi foi o seu descaso com o médico! Eu sempre lhe aconselhei a mudar o seu tom e sua ignorância. Eu fosse esse médico, não faria essa cirurgia nem por todo o dinheiro do mundo!
A senhora não está nem aí, não gosta do meu pai, agora pior ainda.
Fique aí com o seu pai, num ele bom para você, que fez sempre os seus caprichos!
O diretor dispensou o papai. O que faço agora?
Não sei! O leve de volta para casa e cuide dele até chegar o dia de sua morte.
MÃE! Como pode ser tão ingrata!
Eu? Ingrata, você não viveu o que eu vivi ao lado desse homem. Passar bem, Rebeca!
A mãe saiu do quarto.
A filha grita a mãe.
Mãe, o que eu faço?
Peça desculpas aos médicos, talvez eles voltem e opere o seu pai!
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Atualizado até capítulo 29
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