Fiz uma conta no Facebook falsa e fui ver se encontrava algo sobre a vida deles.
Pesquisei e achei a Melissa casada com um trabalhador da fazenda, tinha um filho de 2 anos.
A irmã caçula a Marisa casada com um mestre de obras, também com um bebê de alguns meses.
Não achei fotos dos meus pais no Facebook delas.
Arrumei as minhas coisas e fui embora. Levando todas as lágrimas comigo. Agora pela saudade da minha amiga Celia Regina.
Fui para São Paulo, passei um ano lá, aprendi muito. Estive no melhor, Hospital Alemão Osvaldo Cruz. Durante esse tempo por lá, fiz curso de inglês, tratei do físico e da mente, queria algo mais a fundo.
Depois fui para os EUA. Foi a minha maior conquista.
Tudo se encaixava, grandes experiências, comecei como auxiliar de cirurgias e fui crescendo e aprendo mais, formei em cirurgião vascular.
Ganhei o meu primeiro prêmio nos EUA, como destaque na área cirúrgica.
Daí só foi voar mais alto.
Comprei casa, tinha uma vida do jeito que eu planejava. Namorava muito, mas sempre com respeito. Tinha outra visão. Era um homem diferente, mas sério!
O meu trabalho era sem sair do foco. Quando me vestia de médico, era outra pessoa.
Levei a minha amiga para morar comigo. Daria-lhe tudo que ela me deu e ensinou.
Ficamos nos EUA por 5 anos e voltamos para o Brasil. Era a nossa raiz.
Porém ficamos morando em São Paulo.
Fui para o Hospital Osvaldo Cruz. Muito bem recebido e a fama que possuía, começou a chegar na população ao redor.
O Hospital começou a receber mais paciente do que o normal. Tudo era indicação. Encontrei também muitos concorrentes que queriam puxar o meu tapete.
Isso não ia adiantar muito. O que era meu eu estudei para ter! O meu conhecimento era pelo, o que eu representava, mérito das minhas conquistas, não era cor ou raça! Era esforço e dedicação!
Sofri muito no começo sozinho, sem família para me dar apoio, sem amigos, só a minha amiga. Essa sim, foi o meu porto seguro em tudo.
Hoje sou conhecido como o melhor cirurgião.
Agora passo a contar os meus dias atuais.
(foto retirada da internet)
Esse sou eu atualmente.
Célia Regina deixou de morar comigo. Hoje ela tem a sua residência e casou-se com uma moça, enfermeira do Hospital.
Olá! Sou Célia Regina, amiga do Ítalo. Tenho 42 anos, sou professora e também bissexual. Como todos, enfrentamos muitos obstáculos e sempre vamos encontrar barreiras.
(foto retirada da internet)
Quando conheci o Ítalo, ele era um garoto assustado. Observei nos seus olhos o tamanho do seu desespero por não saber o que estava acontecendo com ele.
O ajudei como um filho e ganhei um grande amigo. Hoje tenho mais orgulho do que ele se tornou. Um grande homem, que sabe agora se impor e se libertou de tudo e todos. Cada um tem a sua vida. Eu continuo no que gosto de fazer, encontrei uma grande parceira e ele... Ele continua na sua vida dupla, sendo o MELHOR!
Hoje estou de plantão.
Tem noites que os plantões são bem calmos. Mas hoje a noite promete. Fiquei na parte da emergência.
Chegou na madruga uma mulher que sofreu um acidente de carro.
O carro dela capotou e ela foi arremessada longe do carro. Causando muitos danos.
Estava na sala de descanso, fomos avisados do acidente. A moça tinha muitas fraturas.
Já amanhecendo terminamos a cirurgia. Graças a Deus ele está fora de perigo.
Agradeço a minha equipe e saio do Hospital.
Chego em casa, tomo um banho e vou dormir. Sou acordado pela tarde, com o som do meu celular que já tinha umas 10 ligações do hospital.
Alô!
Oi! Doutor, desculpa está lhe acordando. Mas, temos um caso de urgência que chegou. E só o senhor pode resolver.
Tenho quanto tempo para chegar até aí?
Doutor o paciente está em coma. A equipe do outro Hospital que veio na transferência está lhe aguardando.
Tudo bem, estarei em 30 minutos.
Tomei um banho para ficar esperto e fui para o Hospital.
Cheguei e fui para a sala de reuniões, onde já se encontravam muitos médicos.
Boa tarde!
Boa tarde! Doutor Ítalo, essa é a doutora Adriana Reis, do Hospital do Câncer.
Olá! Prazer em conhecê-lo.
Prazer, senhora! O que temos aqui?
Fui sentar para analisar o caso. Realmente era um pouco complicado. Uma cirurgia muito delicada, com sérios riscos.
O paciente tem 45 anos, foi encontrado um tumor na coluna, com difícil acesso. E só o senhor pode fazer essa cirurgia.
Tivemos que colocá-lo em coma induzido, pelas dores que estava sentindo. Entramos com tratamento da quimioterapia e rádio. Mas, o tumor não teve modificações.
Neste caso temos que retirar uma vértebra para poder chegar até o tumor.
Quando estiver tudo pronto me avisem.
Ítalo pegou o prontuário do paciente e foi para o seu consultório.
Quero poder analisar mais um pouco essa região.
Tudo organizado! Era noite, quando começamos a cirurgia.
Finalmente acabou a cirurgia, depois de 5 horas de trabalho. Foi um sucesso.
Obrigado, a todos presentes. Fizemos um bom trabalho. Agora só aguardar o paciente acordar.
Estou indo para o descanso. Qualquer alteração avise-me.
As horas passaram. Depois de 10 horas, o paciente acordou bem. Sem dores e conseguindo respirar normal.
Ítalo foi para casa descansar pelo trabalho da noite.
Acordou a noite com a ligação da doutora Adriana.
Alô! Boa noite, como você está?
Boa noite! Com quem falo?
Desculpa lhe incomodar, sou eu Adriana. Nós conhecemos na cirurgia.
Ah! Certo. Estou bem!
O que deseja, aconteceu algo com o paciente?
Não, está tudo bem com ele! Você só trata de assunto de trabalho com os seus colegas médicos?
Depende! Não costumo atender ou misturar os assuntos!
Beleza! Podemos sair para beber algo?
Desculpa, não bebo. Daqui a pouco tenho que ir para o hospital.
Tudo bem! Até uma próxima vez.
Tchau!
Que louca, nem conheço a mulher, já vem convidar para sair. É cada uma que me aparece.
Ítalo voltou para o Hospital.
Pegou o seu plantão normal, sem muita emoção. Como eles mesmo dizem, "hoje foi sem emoção”!
Terminou, trocou de roupas e saiu. Foi para a sua casa. Chegou em casa e encontrou a sua amiga Regina.
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Atualizado até capítulo 29
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