Amigo.

Um aroma reconfortante de café fresco começou a dançar no ar, uma faísca delicada que ousou interromper o sono profundo de Mirha. A fragrância, um convite preguiçoso para o dia, tentou puxá-la de volta para os braços de Morfeu, mas o estalo insistente do despertador — ou melhor, o que deveria ter sido o estalo insistente — logo se fez presente em sua mente. Quando finalmente conseguiu juntar a força para abrir os olhos, sua atenção foi imediatamente capturada pelo relógio digital reluzente ao lado da cama. Um sobressalto percorreu seu corpo. "Ah, não! Atrasada de novo!" A frase escapou num suspiro desesperado enquanto ela disparava para fora da cama, os pés descalços batendo no chão frio. Desta vez, o tempo era um inimigo implacável.

Com uma agilidade movida pelo pânico, Mirha jogou o primeiro conjunto de roupas que encontrou e enfiou o uniforme impecável do hospital de qualquer jeito em sua bolsa, dobrado de forma que mal cabia. Um coque desajeitado, mais um nó apressado do que um penteado, foi tudo o que conseguiu prender em seus cabelos revoltos antes de se jogar escada abaixo, um borrão de movimento e ansiedade. Sua avó, como sempre, estava absorta em seus rituais matinais, o olhar fixo no bule antigo enquanto o vapor subia suavemente. Mirha passou por ela como um furacão, sem tempo para nada mais.

"Volta aqui, menina!" A voz da idosa, firme mas sem raiva, cortou o ar. Ela não precisou desviar o olhar do bule para saber exatamente onde Mirha estava e o que estava tentando fazer. A autoridade tranquila em sua voz era suficiente para fazer Mirha hesitar no meio da corrida, os ombros encolhendo inconscientemente. Dando alguns passos para trás, com a cabeça virada apenas o suficiente para olhar para a avó, ela murmurou, encolhida: "Bença, Vó."

A avó finalmente ergueu o olhar, um leve sorriso brincando em seus lábios. "Agora sim. Deus te abençoe, criança." Ela pousou o bule na mesa de centro, o gesto carregado de uma familiaridade e carinho que Mirha adorava, mesmo na pressa. Aquele momento, rápido e precioso, era o seu breve alicerce antes do caos.

Com um último sorriso rápido para a avó, Mirha voltou a correr, a porta sendo aberta com um impulso e o ar fresco da manhã a atingindo em cheio. Seus pés deslizaram pelo caminho de cascalho até o carro, sua única herança física e a mais querida de sua mãe, um sedã um tanto quanto veterano que guardava memórias e cheiro de boas viagens. O motor deu um longo suspiro, engasgou duas, talvez três vezes, tossindo como um velho resistente, antes de finalmente pegar no tranco. Com o coração batendo forte contra as costelas, Mirha acelerou pela rua, tentando recuperar os preciosos minutos perdidos.

Chegou ao hospital com os ponteiros do relógio marcando trinta minutos de atraso, um tempo considerável que, ela sabia, renderia uma bronca monumental de seu chefe. E não foi diferente. Sr. Shey, um homem de meia-idade com mais histórias sobre o hospital do que cabelo na cabeça, e que se orgulhava de ter "metade da vida dedicada a salvar vidas", fez questão de cumprimentá-la com seu habitual sermão. Pela milésima vez, ele recapitulou as regras básicas, os deveres sagrados de um médico, e, claro, o número hipotético de vidas que ela poderia ter perdido nesses trinta minutos de atraso. Era um ritual que Mirha já conhecia de cor, mas que, ainda assim, inflamava uma pequena pontada de vergonha.

Ela não tentou nenhuma desculpa esfarrapada; sabia que ele não daria ouvidos. Apenas baixou a cabeça, fingindo absorver cada palavra, cada variação de tom em sua diatribe. Quase quarenta minutos depois, quando o discurso parecia ter chegado ao clímax e a porta se abriu com um leve rangido, um rapaz alto, de cabelos escuros como ébano e um porte que chamava a atenção, apareceu. Era o Dr. Kaique. Seus olhos levemente puxados em um sorriso natural e sua pele tão lisa e impecável quanto a de um bebê eram suficientes para fazer qualquer uma no hospital suspirar de admiração, inclusive a própria Mirha. Ele parou no batente da porta, um sorriso genoroso iluminando seu rosto.

"Dr. Shey, perdão a interrupção, mas preciso da Dra. Meires na emergência imediatamente", anunciou ele, sua voz suave, cortando a tensão da sala e, por um instante, o próprio tempo. O convite para a ação trouxe um alívio inesperado para Mirha, um bilhete de saída disfarçado da bronca que ainda ecoava em seus ouvidos..

O olhar de Mirha rapidamente saltou de Kaique para o Sr. Shey, um balançar quase imperceptível da cabeça em sinal de confirmação. A cada segundo que se arrastava naquela sala com ar condicionado gelado, a urgência dela em sair dali aumentava. Ela sabia, com uma certeza que só a prática traz, que aquela 'chamada de emergência' era uma fabricação para desviar a atenção. O bip do pager, aquele companheiro constante de plantão, permanecera mudo, um silêncio que gritava a falsidade do alarme.

Sr. Shey, um homem cuja seriedade parecia ter sido esculpida nas rugas ao redor dos olhos, encarou ambos com uma expressão carregada. Engoliu em seco, um gesto sutil que indicava a batalha interna entre a repreensão justa e a compreensão tácita. Com um movimento lento da mão, ele sinalizou a liberação de Mirha da bronca formal, inserindo, no entanto, um aviso duro como lasca de madeira: "Na próxima vez, nem precise se dar ao trabalho de cruzar a porta deste hospital para sair. Me avisa antes."

Um sorriso genuíno, quase triunfante, iluminou o rosto de Mirha enquanto ela se levantava da cadeira de couro desconfortável. Fez uma reverência ligeira, um gesto que mesclava respeito e escárnio contido, e escafedeu-se do escritório com a agilidade de uma gazela fugindo. Assim que a porta se fechou suavemente atrás dela, Kaique, com a mesma rapidez e um aceno de cabeça discreto, seguiu o exemplo.

Lá fora, no corredor esterilizado e quase interminável, a tensão se dissipou como fumaça. Ambos dispararam em direção à ala de emergência, as risadas contidas escapando de seus lábios. O fardo da iminente bronca se tornou leve à medida que aceleravam o passo. No entanto, ao virarem a esquina e avistarem o corredor amplo que levava diretamente à área de triagem, seus passos diminuíram, o tom conspiratório retornando.

"Nossa, ele não cansa, né? Sempre a mesma ladainha, a mesma ameaça velada," suspirou Mirha, jogando a cabeça para trás por um instante, como se o teto estivesse com a resposta para a persistência do chefe.

Kaique, mais ponderado, deu de ombros e ajustou o jaleco.

"Uma hora ele vai cumprir essa ameaça dele, Mirha. Vê se anda na linha, de verdade. A gente não pode mais se dar ao luxo de cair nessa," disse ele, o tom gentil, mas com um fundo de preocupação sincera. Ele sabia que, apesar da irreverência, Mirha era uma profissional competente.

Mirha deu de ombros, um movimento confiante que falava mais alto que qualquer justificativa. "Posso até chegar um minuto atrasada na correria, talvez me distrair com o dever, mas sinceramente? Com você como meu braço direito, e eu sendo a 'segunda melhor instrumentadora' quando o assunto é agilidade e precisão, ele não vai me dispensar. Ele sabe que minha falta faria um rombo aqui."

Kaique suspirou, mas um leve sorriso brincava em seus lábios. Havia uma verdade inegável na confiança dela. A cumplicidade entre eles era palpável, uma força silenciosa que os impulsionava.

"E quem disse que estou sozinha nessa? Eu também tenho você para me proteger de volta, caso ele decida que meu 'estilo' também lhe incomoda," ela acrescentou, dando um tapa leve e brincalhão no ombro dele. O gesto, apesar da diferença sutil de altura – ele era ligeiramente mais alto –, era carregado de camaradagem e um senso de parceria inabalável. A emergência já podia esperar um pouco mais; a pequena pausa no corredor servira como um recarregamento de energia vital para enfrentarem o que viesse a seguir, juntos, como sempre.

O semblante de Kaique se transformou, um leve aperto no peito evidente em seus olhos: "Então, Mirha, sabe que me chamaram para o Hospital principal", ele disse, a voz um pouco mais baixa que o normal. O sorriso que antes iluminava o rosto de Mirha evaporou como névoa ao sol.

"O quê?!" Ela praticamente berrou no meio do corredor, mas rapidamente baixou o tom, olhando em volta para garantir que ninguém as ouviu. "Você vai sair da cidade? " A confusão em seus olhos logo deu lugar a um pânico crescente. "Hospital principal? Não me diga que..."

Kaique apenas confirmou com a cabeça, os lábios pressionados em uma linha tensa. "Sim! Fora do país." A confirmação foi dita com uma estranha mistura de excitação e apreensão. Ele sabia que seria difícil para ela, era difícil para ele também.

Mirha olhou em volta, sentindo-se meio desorientada, como se o chão tivesse sumido sob seus pés. "E quando você vai?" A pergunta saiu com incredulidade, cada palavra carregada de um peso que ela ainda não conseguia processar.

"Semana que vem." A resposta veio sem graça, Kaique desviando o olhar ao ver o choque estampada no rosto da menina. Ele detestava vê-la assim, mas o projeto era uma oportunidade que não podia recusar.

Mirha esteve à beira de dizer algo, talvez um protesto, talvez um pedido para que ele ficasse, mas engoliu as palavras. Ela girou uma vez, duas vezes, como se estivesse tentando realinhar o mundo que acabara de girar para ela, e então, com um suspiro quase inaudível, seguiu em frente, o coração batendo descompassado.

Kaique observou-a ir embora por um momento antes de pegar o celular, discando com dedos ligeiramente trêmulos. "Alô, Laumá? Você estava certa, ela não reagiu muito bem."

"Sabia! Tô indo pra aí pra dar um suporte a ela", a voz de Laumá soou firme do outro lado, e antes que Kaique pudesse responder, ela desligou. Ele ficou parado por alguns instantes, o som do clique do telefone ecoando em sua mente. Sabia que a notícia abalaria sua amiga, mas talvez não imaginasse a profundidade do impacto.

Mirha, alheia à ligação, caminhava lentamente, quase arrastando os pés, em direção ao jardim hospitalar, um oásis de verde na entrada principal. Ela passou pela porta magnética, nem percebendo o bipe discreto, seus passos pesados a guiando até um banco solitário onde se jogou com toda a força. "Vai embora?" murmurou para o ar, as próprias palavras soando fracas. "E eu nem consegui falar pra ele que gosto dele!" O pensamento unia a tristeza da partida com o pesar do arrependimento. Ela suspirou, sentindo o peso do mundo em seus ombros.

De repente, uma figura enrugada, mas com um brilho vívido nos olhos, apareceu ao seu lado. "Posso me sentar aqui, minha jovem?" perguntou uma velhinha, a voz suave como seda.

"Claro, senhora", Mirha respondeu, tentando arrumar um espaço para a idosa, que demonstrava uma lentidão notável, levando bons minutos para se acomodar completamente.

Assim que se sentou, a senhora olhou para Mirha e sorriu calorosamente. "Que linda você." O comentário pegou Mirha de surpresa. Ela franziu a testa ligeiramente, pensando em voz alta: 'Será que os óculos dela estão ruins? Linda? Eu? Que piada de mau gosto bem agora.' Forçando um sorriso, ela respondeu: "Obrigada, senhora."

A idosa suspirou, um som contemplativo, antes de quebrar o silêncio novamente: "Menina, você gosta de viajar?"

Mirha a olhou, sem entender bem a conexão. "Hãã... sim, gosto! Muito!" respondeu, curiosa para onde aquilo levaria.

A idosa sorriu, um sorriso que parecia conter segredos antigos. "Gostaria de fazer uma longa viagem hoje?"

Mirha começou a achar que a senhora talvez estivesse um pouco fora de si. "Ah, não posso, preciso trabalhar. Sinto muito, sabe? Mas obrigada!" ela disse, tentando disfarçar a estranheza da situação com um tom mais prático.

A idosa balançou a cabeça lentamente, como quem aceita uma recusa inevitável. "Bom, então tome isso como presente." Ela esticou uma mão e ofereceu algo pequeno a Mirha, que pegou o objeto com uma mistura de curiosidade e cautela. Era um pingente pequeno e polido.

"O que é isso?" perguntou ela, levantando-o no ar para examiná-lo.

"É um pingente de jade da casa Imperial. De um reino à muito esquecido", disse a idosa com uma solenidade que fez Mirha arregalar os olhos. A menção a reinos esquecidos e algo imperial a fez lembrar de histórias que sua avó contava. "Ah sim, a história da vovó", pensou Mirha, uma fagulha de reconhecimento em meio à confusão.

"Acho que hoje vai chover", comentou a idosa de repente, levantando-se com a mesma lentidão que usou para se sentar, olhando para o céu. Mirha acompanhou o olhar, confusa. "Mas está sol!" afirmou, sem entender. Quando se virou para perguntar, a idosa havia desaparecido. "Ué!" ela exclamou, olhando em volta. "Como ela sumiu tão rápido?"

Antes que pudesse ponderar sobre o desaparecimento misterioso, uma figura saltou em seu pescoço, dando um susto. "Mirhaaa!"

"Caramba, Laumá! Que susto, mulher!" reclamou Mirha, o coração ainda disparado, agora por outra razão.

Laumá sorriu graciosamente, soltando-a. "Ei, que rostinho é esse? Tá sabendo, né?! Kaique já contou tudo?"

'Ah, é. Kaique. Realmente. Tinha até esquecido a notícia dele com essa loucura toda', pensou Mirha, o olhar voltando a cair para o chão. "Você já sabia?" perguntou, a tristeza voltando à tona.

Laumá baixou a voz, o tom solidário. "Sim, ele estava do meu lado quando recebeu a ligação, amiga." Ela colocou uma mão no ombro de Mirha, oferecendo apoio.

Mirha ficou em silêncio, de cabeça baixa por alguns instantes, processando tudo. Lentamente, ela levantou o rosto, um sorriso forçado, mas determinado, se formando. "Tudo bem! Se é para o bem dele, eu tenho que ficar feliz, não é? Talvez seja a chance dele de brilhar."

Laumá sorriu, a emoção transparecendo em seus olhos. "Mirha, você não precisa fingir isso pra mim! É normal ficar triste."

"Eu estou bem, de verdade. Ele é meu amigo, preciso apoiá-lo. Afinal, não é um adeus eterno, né? É só um até logo."

Ela se levantou, espreguiçando-se como se quisesse afastar o peso das preocupações. "É verdade", concordou Laumá, observando a amiga com admiração. "Mas você não acha que já está mais do que na hora de dizer a ele o que você sente? Quem sabe antes dele ir?"

Mirha ficou instantaneamente rígida, o disfarce de felicidade vacilando por um segundo. "Não sei do que você está falando, Laumá", ela respondeu, tentando soar casual, mas seu olhar traiu sua preocupação. A ideia de confessar seus sentimentos era tão assustadora quanto a partida de Kaique.

--“Sério, Mirha? Não me diga que ainda está nessa de ter uma quedinha secreta pelo Kaique. Pra ser sincera, acho que até ele percebeu, porque o jeito que você fica quando ele fala com você... é clássico!” Lauma cruzou os braços, um sorriso maroto brincando nos lábios, encarando a amiga com toda a convicção do mundo.

Mirha sentiu o rosto esquentar instantaneamente, um rubor que se espalhava até a ponta das orelhas. “Tá louca, Lauma? A gente é amigo há anos, qual é! Não tem nada disso.” Ela tentou desviar o olhar, mas Lauma era persistente demais.

Com um movimento decidido, Lauma se levantou, ficando cara a cara com Mirha, um tom de urgência na voz. “Mirhaa, por favor, para de agir como uma criancinha assustada. Ele tá indo embora, Mirha. E você vai sentar aí e deixar ele ir sem sequer tentar, sem dar o braço a torcer por um segundo? Pensa bem”, ela se inclinou um pouco, a voz mais suave agora, mas não menos intensa.

Mirha olhou para a amiga, uma batalha visível em seus olhos. Tentou manter aquela pose de quem não se abala, de quem não tem nada a esconder ou temer. Mas a honestidade e a preocupação genuína de Lauma eram difíceis de resistir. Lentamente, a armadura de Mirha cedeu, a rendição pintando seu rosto.

“Eu... eu tenho tanto medo, Lauma”, confessou, a voz embargada e baixa, o olhar Agora fixo no padrão gasto do tapete sob seus pés. “Medo de estragar tudo. Medo de destruir essa amizade incrível que a gente tem. E se ele não sentir o mesmo? E se ele rir? Ou pior, ficar constrangido?” Ela finalmente suspirou, retomando a fala em um tom quase inaudível, como se estivesse confessando seus maiores pecados. “Olha pra mim, Lauma. Eu tenho esse cabelo que parece um ninho, todo crespo e cheio. Sou magricela, baixinha, uso esses óculos que me deixam com cara de nerd e tô cheia de sardinhas pelo rosto. Nem... nem é como se eu tivesse algo pra mostrar”, ela fez um gesto vago com as mãos, indicando o busto, e depois as baixou, completando com um suspiro resignado: “Eu nem tenho peito, sabe? Como um cara tão bonito, tão incrível como o Kaique, poderia sequer me notar de verdade, gostar de mim?”

Lauma suspirou, mas foi um suspiro de pura ternura e compreensão. Ela se sentou novamente ao lado da amiga, puxando-a para perto e colocando uma mão reconfortante em seu ombro. “Amiga, o que pode faltar no seu corpo, ou que você acha que falta, transborda em seu coração. Você não tem ideia do quanto. Você tem uma personalidade linda, Mira, genuína, engraçada, leal. Quem não gostaria de você? Quem não seria cativado por quem você é de verdade? A beleza dele é inegável, eu concordo, mas a sua beleza, a que vem de dentro, é muito mais rara e valiosa. Kaique tem sorte de ter sua amizade, ainda mais se pudesse ter o seu amor.”

Mirha soltou um pequeno bufo, ainda não completamente convencida, mas sentindo um leve alívio com as palavras de Lauma. Ela ficou em silêncio por alguns minutos, absorvendo a força da amiga.

“Tá bom!”, disse finalmente, a voz ainda tingida de relutância, mas com uma nova determinação por trás. “Hoje. Eu vou dizer a ele hoje.”

Um sorriso cálido iluminou o rosto de Lauma, um sorriso de orgulho e aprovação. Elas continuaram conversando por mais um tempo, a tensão de Mirha diminuindo a cada minuto. De repente, o som agudo do Bipi, o alarme de notificação do celular de Mirha, tocou, lembrando-a do tempo e das responsabilidades que a esperavam. O trabalho chamava, mas algo significativamente maior havia sido decidido naquele momento.

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Comments

✨Wyn한✨

✨Wyn한✨

Amor verdadeiro! ❤️

2025-09-25

1

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