O ronco do motor do meu Porsche preto ecoava pela estrada sinuosa até a casa da serra. Assim que estacionei, avistei a moto imponente já parada na entrada. Meu coração disparou — eu sabia exatamente o que me esperava lá dentro.
A empregada abriu a porta antes mesmo de eu tocar a campainha.
— Ele está no quarto, senhora — disse, discreta.
Sorri de canto, já sentindo a adrenalina da antecipação. Subi as escadas com passos rápidos, o som dos saltos ecoando pelo corredor. Ao abrir a porta, encontrei o que mais desejava.
Rodrigo Ortis estava lá, encostado na parede, os braços cruzados, aquele sorriso provocador que sempre me desmontava.
— Oi, gostosa… demorou — provocou ele, a voz carregada de desejo.
Antes mesmo de responder, me joguei nos braços dele. Nossos lábios se encontraram em um beijo intenso, ardente, que queimava como fogo. Ele não perdeu tempo: suas mãos exploraram cada centímetro do meu corpo até, impaciente, rasgar o tecido que me cobria. Em segundos, eu já estava nua diante dele.
Sorri, sentindo o calor subir pela pele. Com Rodrigo era diferente. Selvagem, sem regras, sem amarras. Ele me fazia esquecer das convenções, do casamento de fachada, de toda a farsa que eu sustentava ao lado de Niko. Ali, naquele quarto da serra, eu me sentia viva.
Era essa a paixão que eu buscava. Intensa. Proibida. Minha de verdade.
Rodrigo me segurava contra o peito, ainda ofegante, e eu me sentia exatamente onde deveria estar. Não era apenas atração, não era apenas desejo. Era amor. Ele sempre foi o meu verdadeiro amor.
— Eu ainda não acredito que você conseguiu segurar aquela cena inteira hoje, diante dos seus sogros e da imprensa toda — ele riu, beijando meu ombro. — Você é incrível.
Sorri, satisfeita.
— Não teria conseguido sem você, meu amor. Foi você quem me deu a ideia, lembra? Se casar com Niko para tirar a pressão dos meus pais, para conquistar a liberdade que eu queria. E funcionou. Eles acreditam em cada detalhe da nossa encenação.
Rodrigo me puxou mais para perto, os olhos azuis faiscando.
— E assim você pode viver como bem entende… comigo.
— Com você — confirmei, beijando-o de novo.
Houve um silêncio breve, e então encarei seus olhos com seriedade.
— Mas agora temos um problema.
— Qual?
— O herdeiro — falei, seca. — Dimitri deixou claro. Eles só entregariam o controle total do grupo se tivéssemos um filho.
Rodrigo arqueou uma sobrancelha, intrigado.
— E o que você pretende fazer?
Suspirei, deslizando os dedos pelo peito dele.
— Precisamos de uma barriga de aluguel. Uma mulher desesperada por dinheiro, que possa ficar sob nosso controle. E que se pareça comigo.
Ele franziu o cenho.
— Mas por que alguém que se pareça com você? A criança só vai carregar o DNA seu e do Niko, não?
Meu sorriso se desfez. Eu o encarei com intensidade, deixando a confissão pesar no ar.
— Eu não posso ter filhos, Rodrigo.
Ele ficou imóvel, surpreso.
— Como assim?
— Eu nunca quis tê-los. Nunca. Então, anos atrás, fiz uma histerectomia total. Não tenho útero, nem ovários. É impossível para mim.
Rodrigo piscou algumas vezes, absorvendo a revelação.
— E você nunca me contou isso.
— Porque não era importante — rebati com firmeza. — Nós dois nunca quisemos filhos. Mas agora, para manter a farsa, preciso encontrar alguém que seja a minha versão alternativa. Se a criança não tiver nada de parecido comigo, vão desconfiar.
Ele passou a mão pelos cabelos, ainda surpreso, mas um sorriso malicioso surgiu em seguida.
— E já sabe onde vai encontrar essa mulher?
— Ainda não. Mas alguém desesperado por dinheiro sempre aparece. Basta saber procurar.
Me inclinei e o beijei outra vez, saboreando a mistura de paixão e conspiração que nos unia. Rodrigo sempre esteve ao meu lado, mesmo antes de Niko entrar na minha vida. E agora, mais do que nunca, ele seria a peça fundamental para garantir que eu continuasse vivendo exatamente como queria.
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Atualizado até capítulo 102
Comments
marluce afleite
Já gostando muito desse livro
2025-10-18
1
Pati 🎀
espero que o Rodrigo não seja um problema também 😬, nem ele nem a Catarina 🤭
2025-10-05
2