"Contrato com o Coração do CEO"

"Contrato com o Coração do CEO"

Capítulo 1 – A Proposta Inesperada

O relógio na parede marcava quase meia-noite quando Isabella Monteiro saiu do escritório carregando uma caixa de papelão. Cada passo parecia mais pesado que o anterior. A demissão era oficial: um bilhete simples, frio, sem desculpas. O mundo parecia ter fechado suas portas sobre ela, e o desespero começou a apertar seu peito.

— Me desculpe, Isa… — disse uma colega, com os olhos marejados. — Eu tentei falar com ele, mas não teve jeito.

Isabella forçou um sorriso. — Não se preocupe… — murmurou, embora a voz traísse o desespero que sentia por dentro.

Na saída, o vento frio da noite trouxe consigo o cheiro da cidade molhada pela chuva que havia caído mais cedo. Ela apertou a caixa contra o corpo, cada passo ecoando nas ruas desertas. A sensação de derrota era esmagadora. Como vou pagar a cirurgia da minha mãe agora? pensou, engolindo em seco.

Enquanto caminhava, alguém chamou sua atenção. Uma voz firme, grave, surgindo do nada:

— Parece que você está em apuros.

Isabella se virou e encontrou um homem parado próximo a um carro preto, impecavelmente limpo. Ele era alto, elegante, com um terno escuro que combinava perfeitamente com o olhar frio e calculista que a fitava de cima a baixo.

— Quem é você? — perguntou, tentando disfarçar o tremor na voz.

Ele abriu a porta do carro, o movimento tão lento quanto preciso, e caminhou alguns passos em sua direção.

— Leonardo Vilela. — disse, a voz grave e imponente. — E eu tenho uma proposta para você.

Isabella arqueou a sobrancelha, surpresa.

— Proposta? — repetiu, incerta se deveria rir ou fugir.

Leonardo se aproximou, os olhos azuis penetrantes fixos nos dela.

— Um casamento. — Ele pausou, avaliando sua reação. — Um casamento de conveniência, Isabella. Você se casa comigo… e em troca, sua mãe terá o melhor tratamento médico do país.

O coração de Isabella parou por um instante. Ela engoliu em seco, incapaz de responder de imediato. A mente girava em círculos. Casamento? Contrato? Isso só podia ser uma piada cruel.

— Isso… isso é loucura! — finalmente conseguiu balbuciar, recuando um passo. — Você não pode… eu não posso… — as palavras saíam rápidas, nervosas. — Eu não sou uma mercadoria para ser trocada por dinheiro!

Leonardo deu um passo adiante, seu olhar intenso e frio a atravessando como lâminas.

— Eu não estou comprando vidas, Isabella. Estou oferecendo uma escolha. Sua mãe precisa da cirurgia, e eu posso pagar por ela. Você quer salvá-la ou não?

Isabella sentiu o aperto no peito aumentar. Era impossível pensar claramente. Parte dela queria gritar e sair correndo. Outra parte, a que amava a mãe mais que tudo, sabia que não havia alternativa.

— E se eu recusar? — perguntou, a voz quase inaudível.

Um silêncio gelado caiu sobre a rua. Leonardo caminhou até ela, parando a poucos centímetros.

— Então, prepare-se para assistir a mulher que mais ama definhar, esperando por um tratamento que talvez nunca chegue.

As lágrimas ameaçaram cair, mas Isabella lutou para manter a compostura. Ela pensou na mãe: frágil, sorrindo mesmo quando sentia dor, tentando não preocupar a filha. O peso da responsabilidade esmagava cada fibra do seu corpo.

— Você é desprezível. — disse finalmente, com a voz embargada, mas firme. — Isso é cruel demais.

Leonardo apenas sorriu, como se esperasse exatamente por aquela reação.

— E você é corajosa o suficiente para me enfrentar. — Sua voz era baixa, quase um sussurro, carregada de algo que Isabella não conseguiu identificar. — Isso confirma que fiz a escolha certa.

Ele deslizou a pasta preta até ela. Dentro, o contrato com todos os termos do casamento. Isabella engoliu em seco e pegou a caneta que ele ofereceu. Cada fibra do seu corpo tremia. O que estava prestes a fazer parecia errado, imoral, mas salvar a mãe pesava mais que qualquer orgulho.

Respirando fundo, ela começou a assinar. O som da caneta riscando o papel ecoou como um trovão em seus ouvidos.

— A partir de hoje… Isabella Monteiro, você é minha esposa. Pelo menos no papel. — Leonardo disse, guardando o contrato com cuidado, como se fosse uma joia preciosa.

O coração dela batia descompassado. Tudo parecia surreal: a chuva, o carro preto, a pasta, aquele homem… tudo misturado a uma sensação estranha, de perigo e fascínio.

Naquele momento, Isabella percebeu que sua vida nunca mais seria a mesma. Um contrato acabara de amarrar seu destino. E, pela primeira vez, sentiu que talvez não apenas sua liberdade estivesse em jogo… mas algo ainda mais profundo.

"Naquela noite, sob a luz fraca do poste, Isabella Monteiro descobriu que uma única decisão podia mudar tudo: sua mãe estaria salva, mas seu coração… esse poderia ser o preço mais alto a pagar."

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