O campo iluminado pela lanterna agora parecia respirar com Luna. Cada flor brilhava como se reconhecesse a vitória da Guardiã contra o Pesadelo. Mas Luna sabia que aquela era apenas a primeira de muitas provas. Ela precisava continuar, fortalecer os fios invisíveis que ligavam os sonhos ao mundo real.
— Luna… — Elior soou em sua mente, suave, quase hesitante — Você sentiu? Cada sonho que você protegeu pulsa com mais força.
Ela sorriu, segurando a lanterna com mais firmeza. — Eu sinto. É como se cada fio de esperança estivesse vivo, e cada um deles me desse forças para continuar.
Cael, flutuando ao seu lado, explicou:
— Esse é o Fio da Esperança. Ele conecta você aos sonhos, às pessoas que os possuem e a tudo que é puro e sincero no mundo real. Quanto mais você acreditar e proteger, mais forte ele se torna.
— Mas e se eu falhar? — Luna perguntou, hesitando. — Se a escuridão encontrar um desses fios antes de mim?
— Então você lembrará disso — disse Cael, tocando suavemente sua mão — Cada desafio é também uma lição. O Fio da Esperança nunca se rompe completamente. Ele só precisa ser cuidado.
Luna respirou fundo e sentiu novamente a presença de Elior, não apenas em sua mente, mas como se estivesse segurando sua mão, mesmo que distante. Uma onda de coragem a percorreu. Ela percebeu que não precisava enfrentar o Reino Invisível sozinha.
— Eu vou protegê-los — murmurou, e a lanterna respondeu pulsando com intensidade. — Não importa quantos pesadelos surjam, eu manterei a esperança viva.
Enquanto avançava, Luna encontrou uma clareira onde pequenos fragmentos de sonhos flutuavam no ar como lanternas de papel. Cada fragmento brilhava com cores diferentes, algumas vibrantes, outras mais suaves. Ela percebeu que eram sonhos esquecidos, perdidos na memória dos humanos, esperando por alguém que os guardasse.
— Cada um desses fragmentos é um fio de esperança — disse Cael — Se você tocar cada um com sua luz, eles voltarão a brilhar plenamente.
Luna estendeu a mão, e a lanterna emitiu um feixe de luz que tocou cada fragmento. Imediatamente, cores vibrantes se espalharam, e risadas suaves e memórias felizes encheram o ar. Ela sentiu uma alegria profunda, como se estivesse tocando não apenas os sonhos, mas também o coração de todos que os possuíam.
— Isso… é incrível — murmurou, emocionada. — Posso sentir a esperança crescendo dentro de mim.
— Exato — disse Cael — Quanto mais você acredita, mais forte se torna o elo entre você, os sonhos e aqueles que você protege.
Luna fechou os olhos por um instante e imaginou Elior ao seu lado, sorrindo e segurando sua mão. Uma onda de calor percorreu seu corpo, e ela percebeu que aquela conexão não era apenas mágica — era real, baseada na confiança e no carinho que compartilhavam.
— Obrigada — murmurou, sem perceber que falava tanto para si mesma quanto para ele — Obrigada por me lembrar que a esperança sempre vale a pena.
O céu acima começou a mudar, estrelas surgindo em padrões nunca antes vistos, formando caminhos de luz que pareciam indicar seu próximo destino. Luna respirou fundo, sentindo-se renovada.
— Estou pronta para continuar — disse, erguendo a lanterna. — Que venham os próximos desafios, os enigmas, e até mesmo os pesadelos… Nada apagará a luz que carrego.
E enquanto caminhava pelo Reino Invisível, cada fio de esperança que tocava fortalecia não apenas os sonhos, mas também a sua própria coragem. Luna percebeu que, quanto mais protegida pela luz e pelo amor que sentia por Elior, mais preparada estaria para enfrentar tudo o que a noite ainda guardava.
— Eu não apenas guardo sonhos — murmurou, olhando para o horizonte estrelado — Eu os faço florescer.
E, com isso, Luna continuou a jornada, cada passo iluminando o caminho, cada respiração enchendo o ar de magia, e cada pensamento lembrando que, mesmo na escuridão, a esperança e o amor sempre encontrariam uma forma de brilhar.
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Atualizado até capítulo 43
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