Ao final da aula, Natanael aguardava Ayla na saída, encostado em sua moto elegante. Quando ela se aproximou, ele abriu um sorriso e disse:
— Natanael - Quer que eu te leve para casa?
— Ayla - Não precisa se preocupar. Posso ir sozinha… não quero atrapalhar.
— Natanael - Na verdade, eu adoraria te levar. Não é incômodo — é um prazer. Por favor.
Ayla hesitou por um instante, mas acabou sorrindo.
— Ayla: Está bem… se não for problema pra você, tudo bem.
Natanael entregou-lhe o capacete e, com um gesto convidativo, indicou que subisse na moto. Ayla o colocou e acomodou-se atrás dele, sentindo a proximidade de seu corpo.
Durante o trajeto, o silêncio entre os dois era confortável — um silêncio que dizia mais do que palavras. Ao chegarem à casa de Ayla, ela desceu, tirou o capacete e o devolveu a Natanael, que fez o mesmo. Quando ela se virou para entrar, ele segurou seu braço com delicadeza e se aproximou. O rosto dele ficou a poucos centímetros do dela; Ayla pôde sentir a respiração quente de Natanael, e seu coração acelerou.
— Ayla - O que está fazendo?
— Natanael - Isto.
Ele a beijou — suave no início, mas logo intenso, como se o tempo parasse ali. A boca de Ayla cedeu, e o beijo se tornou um encontro de desejos contidos. Quando Natanael a acariciou, ela recuou ligeiramente, surpresa.
— Natanael - Desculpe… fui rápido demais. É que… não consigo resistir a você. Seu beijo é incrível.
Ayla corou, sorrindo timidamente.
— Ayla - Não, tudo bem. Eu só… sou um pouco tímida.
— Natanael - Que tal sairmos à noite? Podemos dar uma volta, tomar um sorvete… nos conhecer melhor.
— Ayla - Perfeito.
— Natanael - Então, às sete e meia passo para te buscar.
— Ayla - Combinado. Até mais tarde.
Natanael colocou o capacete, acenou e partiu, deixando Ayla parada na calçada, com o coração leve. Ao entrar em casa, encostou-se na porta, passou os dedos pelos lábios e respirou fundo, sorrindo ao lembrar do beijo. Mas o devaneio foi interrompido pela voz da tia:
— Sandra - Sonhando acordada? Quem é esse garoto, e por que ele te beijou?
Assustada, Ayla subiu as escadas, tentando disfarçar.
— Ayla - Tia, você estava me espionando? Ele é só um amigo.
— Sandra - Amigo? Desde quando amigos se beijam na boca, Ayla?
— Ayla - Tia, por favor… eu não sou mais criança!
Ela entrou no quarto e fechou a porta, enquanto Sandra, lá embaixo, murmurava para si mesma:
— Sandra - E é justamente isso que me assusta… você não é mais criança, e eu não posso te proteger de tudo.
Pouco depois, Sandra subiu e bateu à porta do quarto.
— Sandra - Posso entrar, querida?
— Ayla - Pode, tia.
Sandra sentou-se na cama ao lado dela, com um olhar sério, mas terno.
— Sandra - Quem é aquele rapaz que te trouxe em casa?
— Ayla - Já disse, tia… é meu amigo.
— Sandra - Ayla, eu vi pela janela. Ele te beijou. Isso não é coisa de amigos. O que está acontecendo entre vocês? Pode confiar em mim — eu só quero te proteger.
— Ayla - Eu sei, tia. Me desculpe. Eu o conheci na faculdade… gostei muito dele, e acho que ele sente o mesmo. Afinal, ele me beijou duas vezes.
— Sandra - Ele falou algo sobre namoro?
— Ayla - Ainda não, mas me convidou pra sair hoje à noite. Será que ele vai falar disso?
— Sandra - Se ele realmente gostar de você, vai sim.
As duas conversaram por um bom tempo. Sandra a aconselhou com carinho, tentando esconder a preocupação por trás do sorriso. Quando a tia desceu, Ayla voltou a estudar, mas o pensamento insistia em voltar ao beijo… e à promessa de um encontro naquela noite.
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Atualizado até capítulo 103
Comments
Rosaura Schmidt
estou gostando deler
2025-11-01
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