Numa bela manhã, o sol brilhava intensamente, espalhando sua luz dourada por entre as árvores. A brisa suave acariciava o rosto de Ayla enquanto ela caminhava em direção à faculdade. De vez em quando, ela fechava os olhos apenas para sentir melhor o vento brincando com seus cabelos e refrescando sua pele.
Ao chegar ao portão principal, Ayla parou por um instante. Uma brisa mais forte soprou, trazendo consigo um aroma suave de flores recém-abertas. Mas, de repente, uma pressão a empurrou com força, fazendo-a cair no chão.
Quando abriu os olhos, viu Jae-in parado à sua frente, olhando-a friamente. Pessoas começaram a se aproximar, e Ayla, tímida como sempre, abaixou a cabeça com os olhos marejados — já imaginando as risadas e os cochichos que ouviria depois daquele constrangimento.
Foi então que Jae-in deu um passo em sua direção, as mãos enfiadas nos bolsos da calça, o olhar provocador. Nesse momento, uma voz firme se destacou entre os curiosos. Alguém se aproximava, abrindo caminho entre os olhares curiosos.
— Natanael - O que está fazendo, Jae-in? Ficou maluco?
Ayla levantou os olhos e viu Natanael Owen diante dela. Ele se abaixou e estendeu a mão. Por um instante, ela hesitou — desconfiada de que pudesse ser mais uma brincadeira de mau gosto. Apesar de não o conhecer pessoalmente, sabia quem ele era: popular, carismático e, até pouco tempo, namorado de Lídia.
— Natanael - Você está bem? Posso te ajudar a levantar?
Ayla o encarou por alguns segundos. Havia sinceridade em seu olhar. Então, com certa timidez, ela estendeu a mão.
— Ayla - Obrigada.
Natanael segurou sua mão com firmeza e a ajudou a se levantar, mas não conseguia desviar os olhos dela. Ayla tentou se apoiar no pé, mas soltou um leve gemido de dor.
— Ayla - Ai... que dor...
Natanael percebeu que a perna dela estava levemente inchada e arranhada pela queda.
— Natanael - Você machucou a perna. Deixe-me levá-la até a enfermaria.
— Ayla - Não precisa se incomodar. Posso ir sozinha. Mas obrigada pela ajuda.
— Natanael - Não é incômodo algum. E, sinceramente, não adianta dizer que não — eu vou com você.
Ayla acabou sorrindo diante da insistência e acenou positivamente.
Ele a ajudou a caminhar até a enfermaria. Quando chegaram, Ayla entrou sozinha, deixando Natanael esperando do lado de fora. Após alguns minutos, ela saiu, já medicada, e o encontrou sentado, pacientemente aguardando.
Assim que a viu, ele se levantou.
— Natanael - Como está? Foi muito grave o machucado?
Ayla sorriu, surpresa por ele ainda estar ali.
— Ayla - Pensei que já tivesse ido embora. Mas não se preocupe, estou bem. Não foi nada grave. Obrigada, de verdade.
Natanael retribuiu o sorriso e estendeu a mão.
— Natanael - Já que está tudo bem... que tal começarmos direito? Prazer, Natanael Owen.
Ayla ficou um pouco surpresa — ele estava mesmo falando com ela, uma garota que quase ninguém notava. Ainda assim, sorriu de leve, apertou a mão dele e respondeu:
— Ayla - Ayla Austin. O prazer é meu.
— Natanael - Você é nova aqui?
— Ayla - Não, estudo aqui há três anos.
— Natanael - Três anos? Como é possível eu nunca ter te visto? O que você cursa?
Ayla apenas sorriu e balançou a cabeça, evitando responder. Ele percebeu e riu, meio sem graça.
— Natanael - Acho que estou sendo insistente demais, desculpe. É melhor irmos — você deve estar atrasada para a aula.
— Ayla - Sim, e você também. Aliás, obrigada mais uma vez. Agora, com licença, preciso resolver uma coisa antes da aula.
— Natanael - Tudo bem. A gente se vê por aí.
Ayla apenas acenou e seguiu seu caminho, mancando levemente. Natanael ficou parado, observando-a até que desapareceu entre os corredores. Só então sorriu consigo mesmo e seguiu para sua sala.
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Atualizado até capítulo 103
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