Ana não conseguia parar de pensar no café. Cada gesto de Max parecia gravado na memória: o jeito firme de segurar a xícara, o leve franzir das sobrancelhas quando estava concentrado, e aquele olhar intenso que parecia enxergar algo dentro dela que ninguém mais via.
Hoje, enquanto arrumava a vitrine do café, vestia um vestido amarelo claro, solto, que balançava a cada passo, e tênis brancos que insistiam em escorregar a cada tropeço. Ana tentava manter a compostura, mas seu coração batia acelerado só de imaginar Max ali.
— Você está atrasando o fluxo de clientes, Ana — disse Max, sério, mas havia um leve brilho divertido nos olhos.
— Só estou… testando suas habilidades de paciência novamente — respondeu Ana, tentando soar firme, mas a voz saiu falha.
Ela quase derrubou uma bandeja, e Max rapidamente a segurou pela cintura. O contato fez Ana estremecer; o calor subiu ao rosto, e o coração disparou.
— Obrigada… — murmurou, tentando se afastar, mas cada passo parecia impossível.
— Parece que você está sempre em perigo quando está perto de mim — disse Max, baixo, a voz carregada de charme.
— Eu… eu não sei… — Ana gaguejou, vermelha, desviando os olhos.
Ele arqueou a sobrancelha, mantendo a expressão séria, mas o leve sorriso nos lábios denunciava diversão.
— Impressionante… você consegue me deixar alerta e entretido ao mesmo tempo — disse Max, cruzando os braços, ainda sério, mas com aquele toque de humor que Ana adorava.
Ela riu nervosamente, tentando recuperar a compostura:
— Você deve ter paciência infinita… ou ser louco.
— Talvez um pouco dos dois — respondeu ele, piscando de leve, e Ana sentiu o peito apertar ainda mais.
Enquanto organizava os pratos, Ana trombou em Lívia, que segurava uma caixa de bolos:
— Ai, Ana! Cuidado! — exclamou, rindo.
— Eu estou tentando… — disse Ana, corando, e no mesmo instante tropeçou de novo, fazendo Max se inclinar rapidamente e segurá-la pelos ombros.
— Sério… você tem um talento natural para confusão — disse Max, limpando a poeira imaginária da roupa dela, ainda sério, mas o canto da boca denunciava um sorriso contido.
— E você tem um talento natural para me fazer corar — retrucou Ana, piscando, mas sentindo as bochechas queimarem.
O humor do momento, o receio de se mostrar vulnerável e a proximidade de Max criaram uma mistura irresistível. Cada toque, cada gesto, cada sorriso compartilhado aumentava a tensão entre eles. Ana percebeu que sua atrapalhação agora tinha efeito sobre Max — e isso a deixava ao mesmo tempo nervosa e encantada.
— Ana… você é… — começou Max, hesitando, como se cada palavra pesasse.
— Sou o quê? — perguntou ela, engolindo em seco, o rosto corado.
— Um efeito que me obriga a prestar atenção em você… e eu não consigo ignorar.
Ana sentiu o coração disparar, o corpo tenso e o sorriso nervoso escapar. Nunca ninguém a havia feito sentir-se tão vulnerável, tão exposta e, ao mesmo tempo, tão viva.
— Então… sou perigosa? — provocou ela, tentando disfarçar a tensão.
— Muito — respondeu Max, sério, mas com aquele toque sutil de humor que a fazia rir de nervoso.
Entre risadas nervosas, olhares intensos e provocações discretas, Ana percebeu que aquele encontro poderia mudar tudo. Cada pequena confusão agora se transformava em momento de charme e aproximação, e a química entre eles era inegável.
— Um dia, Ana… você vai me surpreender de um jeito que nem eu vou conseguir lidar — disse Max, finalmente deixando um sorriso mais aberto aparecer.
— E aí… você vai me bater ou me amar? — respondeu Ana, piscando com humor e leve atrevimento.
Max apenas sorriu, deixando o ar carregado de tensão, charme e promessas silenciosas, enquanto Ana sentia que estava perdida entre risos, receio e uma atração irresistível que ela ainda não sabia como lidar.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 75
Comments
Rayra Pietra
Cai, Cai da tctoy k
2025-08-31
2