Ana A. ainda não conseguia acreditar que Max a lembrava pelo nome e, de alguma forma, parecia notar cada mínimo detalhe dela — desde a forma como ela mexia nos cabelos até o jeito desastrado de equilibrar bandejas. Hoje, vestia um vestido amarelo claro, solto e leve, que combinava com seu humor divertido, e tênis brancos que insistiam em escorregar a cada passo.
Enquanto tentava organizar as mesas, trombou com Lívia, que segurava um bolo recém-assado.
— Ana! Cuidado com os clientes! — disse a amiga, rindo.
— Eu sei… eu sei… — respondeu Ana, e no mesmo instante esbarrou em alguém.
Max estava atrás dela, elegante como sempre, e conseguiu segurá-la antes que caísse. Mas o momento se transformou em caos: Ana, completamente sem jeito, acabou esbarrando no braço dele, fazendo o bolo voar em direção ao chão… e ao próprio Max.
— Ai… me desculpe! — gaguejou Ana, olhando para a confusão, ruborizada.
Max olhou para a própria camisa branca, agora coberta de creme e pedaços de bolo, e suspirou com aquele tom sério que parecia irritantemente imperturbável.
— Perfeito… — murmurou, olhando para Ana. — Sempre imaginei que café da manhã envolvesse café, pão e jornal… não cobertura de chocolate e desastre ambulante.
Ana não conseguiu conter a risada.
— Acho que você deveria agradecer, Max… acabei de testar sua paciência! — disse, sorrindo e tentando ajudar a limpar a bagunça.
Max se abaixou com elegância, limpando delicadamente os sapatos e a calça, sem perder a compostura, mas cada gesto carregava um toque de sarcasmo que Ana adorava:
— Impressionante. Você consegue transformar cinco minutos de trabalho em um espetáculo digno de Hollywood.
Ela riu ainda mais, sentindo o peito acelerar. Cada pequeno desastre dela parecia cativar Max de uma forma que ninguém mais conseguia. E mesmo com a gravata torta, a camisa suja e o sapato manchado, ele permanecia sério, elegante e irresistível — um contraste delicioso com o caos dela.
Enquanto os clientes olhavam e riam discretamente, Ana percebeu que aquele encontro desastroso era exatamente o tipo de momento que ficaria gravado em sua memória. Entre tropeços, risadas e olhares de cumplicidade, ela e Max pareciam presos um ao outro por algo invisível, engraçado e irresistível.
— Então… você vem sempre causar catástrofes por aqui? — perguntou Max, finalmente com um leve sorriso, limpando a última mancha do sapato.
— Só quando quero impressionar o meu público favorito — respondeu Ana, piscando para ele.
E assim, entre confusões e sarcasmo, a química deles se tornava cada vez mais impossível de ignorar.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Mariasilva
meu deus não aguento kkk
2025-08-31
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