Depois do desastre do bolo, Ana ainda sentia o coração acelerado só de lembrar do olhar sério de Max, agora suavizado por aquele leve sorriso que ela sabia que só ela conseguia arrancar. Enquanto organizava os pratos espalhados pelo café, tentava disfarçar o rubor que subia pelo rosto.
— Você está rindo de mim? — perguntou Max, os braços cruzados, camisa manchada de chocolate, mas impecável na postura.
— Claro que não! — respondeu Ana, fingindo seriedade, mas uma risadinha escapou. — Estou avaliando sua incrível habilidade de manter a compostura mesmo com a roupa destruída.
Max arqueou a sobrancelha, o olhar intenso, mas a ponta da boca denunciava um sorriso contido.
— Hm… interessante. Então você me acha admirável mesmo coberto de bolo?
— Absolutamente — disse Ana, rindo. — Mas só por enquanto. Pode ser que amanhã você perca pontos se eu derrubar sorvete em você.
Enquanto falavam, Lívia passava e olhou para eles, os olhos arregalados.
— Meu Deus, vocês dois são impossíveis! — exclamou, rindo.
Ana suspirou, ainda sorrindo, e Max se aproximou discretamente, sem que ninguém percebesse.
— Preciso admitir… — disse ele baixinho, tão perto que Ana sentiu o calor da respiração dele — você tem um efeito… perturbador.
Ana sentiu o peito apertar, a respiração falhar.
— Perturbador? — repetiu ela, tentando soar firme, mas a voz falhou no meio da frase.
Max sorriu levemente, cruzando os braços, a postura ainda rígida, mas a tensão entre eles era palpável.
— Sim. Um efeito que me obriga a prestar atenção em você… e não consigo evitar.
Ana corou, sentindo que ria e tremia ao mesmo tempo.
— Então… sou perigosa? — provocou, com um brilho travesso nos olhos.
— Muito — respondeu Max, sério, mas com um toque de humor que a fez rir.
Os minutos passaram entre sarcasmo, olhares que diziam mais do que palavras, e pequenas provocações que aumentavam a química. Ana percebeu que, apesar de seu jeito atrapalhado, Max não apenas aceitava suas trapalhadas… ele parecia apreciá-las, e isso a deixou ainda mais curiosa sobre ele.
No final, enquanto ela recolhia os pratos restantes, Max olhou discretamente para Ana e disse:
— Algum dia, Ana, você vai me surpreender de uma forma que nem eu vou conseguir lidar.
— E aí você vai me amar ou me bater? — respondeu ela, piscando.
Max apenas sorriu, deixando o ar entre eles carregado de tensão, humor e uma promessa silenciosa: eles ainda teriam muitas confusões juntos, mas cada momento só aumentava o fascínio que sentiam um pelo outro.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 75
Comments
Mariasilva
corre enquanto é tempo
2025-08-31
0