Capítulo 4 – O Convite Proibido

O dia havia passado lentamente para Helena, cada minuto arrastando-se como se o tempo estivesse deliberadamente se estendendo. Desde a manhã, sua mente oscilava entre a razão e o desejo de reviver o momento em que Dante Salvatore havia entrado em sua vida. O simples pensamento de que ele poderia aparecer novamente a deixava inquieta, como se seu corpo inteiro antecipasse algo que não poderia controlar.

Ela tentou concentrar-se na rotina da livraria, mas cada detalhe parecia perder importância. As prateleiras, antes tão reconfortantes, agora a lembravam do vazio que sentia em sua vida cotidiana. Cada livro, cada romance de amor que passava por suas mãos parecia um aviso sutil de que o mundo que ela conhecia estava prestes a mudar.

Quando o sino da porta soou, seu coração quase parou. Ela ergueu os olhos e lá estava ele.

Dante Salvatore.

Impecável, com o terno negro ajustado ao corpo perfeito, os ombros largos que transmitiam poder e domínio, e aqueles olhos cinzentos, intensos e afiados como lâminas. O ar parecia vibrar ao redor dele, uma presença magnética que tornava impossível desviar o olhar. Helena sentiu um arrepio subir pela espinha. Cada detalhe dele era calculado, cada gesto carregava autoridade e sedução.

Os dois clientes que ainda estavam na livraria perceberam a tensão no ar e, quase instintivamente, saíram, deixando Helena e Dante sozinhos naquele espaço pequeno e silencioso. O tilintar do sino se apagou, e o silêncio que se seguiu era quase ensurdecedor.

— Senhorita Helena… — A voz dele soou baixa, rouca e envolvente, fazendo o coração dela disparar. — Imaginei que nos encontraríamos novamente.

Ela engoliu em seco, incapaz de pronunciar algo coerente.

— Senhor Salvatore… — disse por fim, a voz saindo como um fio de ar. — Não esperava vê-lo aqui.

Ele caminhou lentamente pela livraria, os dedos deslizando sobre as lombadas dos livros com cuidado, como se estivesse analisando cada objeto, mas sem realmente tocá-los. Era um predador em meio a flores delicadas, e ela se sentiu vulnerável de uma maneira que nunca havia experimentado antes.

— Eu nunca faço nada sem motivo — disse, parando a poucos passos dela, aproximando-se até que a distância fosse mínima. — Quero convidá-la para jantar esta noite.

Helena sentiu o estômago gelar. O convite era inesperado, ousado e intimidante.

— J-jantar? — gaguejou, os olhos arregalados. — Eu… eu não posso.

Dante inclinou ligeiramente a cabeça, estudando seu rosto com atenção. Cada traço, cada gesto, cada rubor parecia fasciná-lo.

— Pode — disse, firme, como se não admitisse possibilidade de recusa. — Não costumo aceitar negativas, Helena.

Ela engoliu em seco, sentindo a adrenalina subir pelo corpo. Havia uma mistura de medo, fascínio e excitação, sentimentos que se misturavam de maneira confusa. Parte de si queria recuar, escapar imediatamente da presença dele. Mas outra parte — mais profunda, mais intensa — implorava para ceder àquele magnetismo irresistível.

— Eu… não sei se é uma boa ideia — tentou dizer, a voz trêmula.

Dante deu um passo em sua direção, e o aroma amadeirado que o envolvia atingiu Helena como uma onda. Era masculino, sofisticado e perigoso, e a fez estremecer da cabeça aos pés.

— Confie em mim — disse ele, quase sussurrando, mas a firmeza na voz fazia com que ela sentisse que não havia escolha. — Não vou machucá-la. Mas não vou desistir de você.

O silêncio se prolongou por um instante que pareceu durar uma eternidade. Dante então retirou um cartão preto do bolso do paletó e colocou sobre o balcão. Helena o encarou, fascinada e assustada ao mesmo tempo. O cartão era elegante, simples, sem logotipos, apenas um número gravado em prata. Uma promessa silenciosa de que a noite reservava algo além de sua compreensão.

— O motorista estará aqui às oito — disse Dante, a certeza na voz tão intensa que Helena sentiu seu corpo reagir involuntariamente.

Antes de sair, ele inclinou-se levemente, aproximando os lábios de sua orelha. Sua respiração quente roçou a pele dela, enviando um arrepio instantâneo.

— Vista algo bonito, principessa.

E, com isso, desapareceu, deixando Helena imóvel, o coração martelando, as mãos ainda tremendo. Ela respirou fundo, tentando se recompor, mas sabia que sua vida jamais seria a mesma. A tensão e o fascínio que Dante provocava eram mais poderosos do que qualquer lógica ou razão.

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As horas que se seguiram antes do jantar foram um tormento doce e agoniante. Helena se trancou no quarto, respirando fundo, vestindo o vestido que escolhera com cuidado. Era elegante, mas ainda conservador; algo que refletia sua personalidade e ao mesmo tempo o magnetismo de Dante, que ela sabia que não a veria como a moça simples de sempre.

Ela olhou para o espelho e quase não se reconheceu. Sentiu uma mistura de vulnerabilidade e força estranha. Pela primeira vez, percebia que não era mais apenas a garota da livraria; havia alguém a chamando de outra forma, alguém que via nela algo que ela mesma ainda não compreendia.

A cidade de Nova York lá fora vibrava com luzes, sirenes e o ritmo incessante que a fazia sentir-se pequena diante de tudo aquilo. E, no entanto, dentro de si, Helena sentia que havia um espaço crescendo, um espaço reservado apenas para Dante.

À medida que a noite avançava, o carro preto de luxo apareceu exatamente na hora marcada. O motorista desceu com um gesto cortês, abrindo a porta traseira. Helena engoliu em seco e respirou fundo.

— Vamos, principessa — disse Dante, a voz firme, mas com um toque de suavidade que a fez estremecer.

Ela entrou no carro, os olhos fixos na cidade que passava, tentando absorver cada detalhe. O interior era luxuoso, cheio de couro negro, madeira polida e luzes sutis, criando um ambiente intimista. O perfume de Dante a envolvia, tornando impossível desviar o olhar dele.

— Para onde estamos indo? — perguntou ela, a voz baixa, quase temerosa.

— Para o meu mundo — respondeu Dante, olhando para ela com intensidade, o rosto sério, mas a expressão carregada de algo que só poderia ser desejo e proteção. — Onde você verá quem eu realmente sou.

O carro deslizou pela cidade iluminada, e Helena sentiu que estava entrando em algo muito maior do que ela jamais imaginara. Um mundo de luxo, poder e perigo, um mundo onde Dante Salvatore era soberano, e ela, pela primeira vez, estava prestes a ser cativa não apenas do seu olhar, mas de sua presença.

E, no fundo, uma parte de Helena sabia: dali não havia mais retorno.

Ela já era prisioneira de Dante.

Capítulos
1 Capítulo 1 – O Encontro
2 Capítulo 2 – O Cartão Negro
3 Capítulo 3 – O Dono da Noite
4 Capítulo 4 – O Convite Proibido
5 Capítulo 5 – O Jantar da Tentação
6 Capítulo 6 – A Proximidade Proibida
7 Capítulo 7 – O Convite à Escuridão
8 Capítulo 8 – Entre Sombras e Desejos
9 Capítulo 9 – A Primeira Entrega
10 Capítulo 10 – Entre Luz e Sombra
11 Capítulo 11 – O Mundo de Dante
12 Capítulo 12 – Sob a Luz do Poder
13 Capítulo 13 – Entre Tentação e Entrega
14 Capítulo 14 – Entre Desejo e Medo
15 Capítulo 15 – O Jogo do Desejo
16 Capítulo 16 – Sedução e Confiança
17 Capítulo 17 – O Toque Proibido
18 Capítulo 18 – Entre o Medo e o Prazer
19 Capítulo 19 – O Jogo da Proximidade
20 Capítulo 20 – A Primeira Entrega
21 Capítulo 21 – Proximidade Perigosa
22 Capítulo 22 – Entre a Sedução e o Perigo
23 Capítulo 23 – O Peso das Escolhas
24 Capítulo 24 – A Marca do Perigo
25 Capítulo 25 – Ecos na Escuridão
26 Capítulo 26 – Quando as Sombras Entram
27 Capítulo 27 – Sangue no Jardim
28 Capítulo 28 – O Peso do Silêncio
29 Capítulo 29 – O Jogo de Olhares
30 Capítulo 30 – A Noite de Tempestade
31 Capítulo 31 – O Primeiro Beijo
32 Capítulo 32 – Entre Sombras e Desejo
33 Capítulo 33 – Entre o Perigo e a Tentação
34 Capítulo 34 – Ecos da Escuridão
35 Capítulo 35 – A Cidade Sob As Sombras
36 Capítulo 36 – O Jogo das Máscaras
37 Capítulo 37 – Correntes Invisíveis
38 Capítulo 38 – Sob as Sombras da Verdade
39 Capítulo 39 – O Preço das Revelações
40 Capítulo 40 – Primeiras Lições nas Sombras
41 Capítulo 41 – O Primeiro Teste
42 Capítulo 42 – O Preço da Escolha
43 Capítulo 43 – O Peso das Correntes Invisíveis
44 Capítulo 44 – A Prisão Invisível
45 Capítulo 45 – As Correntes do Prazer e do Medo
46 Capítulo 46 – Lágrimas no Silêncio
47 Capítulo 47 – O Sussurro da Escuridão
48 Capítulo 48 – Correntes Invisíveis
49 Capítulo 49 – Sombras do Coração
50 Capítulo 50 – O Peso da Escolha
51 Capítulo 51 – Correntes Invisíveis
52 Capítulo 52 – Sombras do Destino
53 Capítulo 53 – Entre Sombras e Promessas
54 Capítulo 54 – O Preço da Escolha
55 Capítulo 55 – Ecos da Traição
56 Capítulo 56 – Entre Sombras e Promessas
57 Capítulo 57 – O Peso das Escolhas
58 Capítulo 58 – O Limite Entre a Luz e a Sombra
59 Capítulo 59 – Cativos do Destino
60 Capítulo 60 – A Guerra dos Corações
61 Capítulo 61 – Ecos da Ausência
62 Capítulo 62 – O Retorno ao Fogo
63 Capítulo 63 – O Fardo do Destino
64 Capítulo 64 – Entre o Amor e a Guerra
65 Capítulo 65 – No Limiar do Abismo
66 Capítulo 66 – Laços de Sangue
67 Capítulo 67 – As Marcas do Passado
68 Capítulo 68 – Ecos da Guerra
69 Capítulo 69 – À Beira do Caos
70 Capítulo 70 – O Abismo Que Nos Une
Capítulos

Atualizado até capítulo 70

1
Capítulo 1 – O Encontro
2
Capítulo 2 – O Cartão Negro
3
Capítulo 3 – O Dono da Noite
4
Capítulo 4 – O Convite Proibido
5
Capítulo 5 – O Jantar da Tentação
6
Capítulo 6 – A Proximidade Proibida
7
Capítulo 7 – O Convite à Escuridão
8
Capítulo 8 – Entre Sombras e Desejos
9
Capítulo 9 – A Primeira Entrega
10
Capítulo 10 – Entre Luz e Sombra
11
Capítulo 11 – O Mundo de Dante
12
Capítulo 12 – Sob a Luz do Poder
13
Capítulo 13 – Entre Tentação e Entrega
14
Capítulo 14 – Entre Desejo e Medo
15
Capítulo 15 – O Jogo do Desejo
16
Capítulo 16 – Sedução e Confiança
17
Capítulo 17 – O Toque Proibido
18
Capítulo 18 – Entre o Medo e o Prazer
19
Capítulo 19 – O Jogo da Proximidade
20
Capítulo 20 – A Primeira Entrega
21
Capítulo 21 – Proximidade Perigosa
22
Capítulo 22 – Entre a Sedução e o Perigo
23
Capítulo 23 – O Peso das Escolhas
24
Capítulo 24 – A Marca do Perigo
25
Capítulo 25 – Ecos na Escuridão
26
Capítulo 26 – Quando as Sombras Entram
27
Capítulo 27 – Sangue no Jardim
28
Capítulo 28 – O Peso do Silêncio
29
Capítulo 29 – O Jogo de Olhares
30
Capítulo 30 – A Noite de Tempestade
31
Capítulo 31 – O Primeiro Beijo
32
Capítulo 32 – Entre Sombras e Desejo
33
Capítulo 33 – Entre o Perigo e a Tentação
34
Capítulo 34 – Ecos da Escuridão
35
Capítulo 35 – A Cidade Sob As Sombras
36
Capítulo 36 – O Jogo das Máscaras
37
Capítulo 37 – Correntes Invisíveis
38
Capítulo 38 – Sob as Sombras da Verdade
39
Capítulo 39 – O Preço das Revelações
40
Capítulo 40 – Primeiras Lições nas Sombras
41
Capítulo 41 – O Primeiro Teste
42
Capítulo 42 – O Preço da Escolha
43
Capítulo 43 – O Peso das Correntes Invisíveis
44
Capítulo 44 – A Prisão Invisível
45
Capítulo 45 – As Correntes do Prazer e do Medo
46
Capítulo 46 – Lágrimas no Silêncio
47
Capítulo 47 – O Sussurro da Escuridão
48
Capítulo 48 – Correntes Invisíveis
49
Capítulo 49 – Sombras do Coração
50
Capítulo 50 – O Peso da Escolha
51
Capítulo 51 – Correntes Invisíveis
52
Capítulo 52 – Sombras do Destino
53
Capítulo 53 – Entre Sombras e Promessas
54
Capítulo 54 – O Preço da Escolha
55
Capítulo 55 – Ecos da Traição
56
Capítulo 56 – Entre Sombras e Promessas
57
Capítulo 57 – O Peso das Escolhas
58
Capítulo 58 – O Limite Entre a Luz e a Sombra
59
Capítulo 59 – Cativos do Destino
60
Capítulo 60 – A Guerra dos Corações
61
Capítulo 61 – Ecos da Ausência
62
Capítulo 62 – O Retorno ao Fogo
63
Capítulo 63 – O Fardo do Destino
64
Capítulo 64 – Entre o Amor e a Guerra
65
Capítulo 65 – No Limiar do Abismo
66
Capítulo 66 – Laços de Sangue
67
Capítulo 67 – As Marcas do Passado
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Capítulo 68 – Ecos da Guerra
69
Capítulo 69 – À Beira do Caos
70
Capítulo 70 – O Abismo Que Nos Une

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