No café ainda desarrumado, Rafael, Pedro, Luru, Vite e Caio observam o CD misterioso. O clima é sério, quase pesado. De repente, a porta do café se abre com um leve rangido e uma garota de aparência marcante entra. O grupo a encara, confuso
Garota calma, olhando para o CD
— Onde vocês encontraram isso?
Todos trocam olhares. Luru é a primeira a quebrar o silêncio.
Luru apontando
— Olha aí, mais uma curiosa! Quem é você, moça?
A garota ignora a provocação e se aproxima lentamente, os olhos fixos no CD na mão de Caio. Rafael dá um passo à frente, protetor.
Rafael
— Espera aí, quem é você e por que parece saber o que é isso?
A garota respira fundo, olha cada um nos olhos
Garota
— O nome dele é Rosa Negra. Esse CD não deveria estar aqui.
Pedro solta um risinho nervoso, tentando quebrar a tensão.
Pedro
— Rosa Negra? Parece nome de banda indie de garagem.
Mas ninguém ri. O clima só fica mais pesado. Vite cruza os braços, desconfiada.
Vite
— E por acaso você tem nome, ou a gente chama de “Menina Misteriosa do CD”?
A garota finalmente ergue os olhos e responde, sem hesitar.
Garota
— Me chamem de Helena. E se vocês querem continuar vivos… não deem play nesse CD.
Silêncio total. Luru engole seco, Caio aperta o CD contra o peito, Rafael estreita os olhos. Pedro, claro, não aguenta e solta outra piada.
Pedro
— Tá bom, mas se tiver Beyoncé aí dentro eu vou dar play sim.
Todos olham feio pra ele, mas a tensão continua.
Caio
— Como sabe de tudo isso?
Helena
olha para ele com calma, quase debochada
— Talvez porque eu preste atenção nas coisas… alguém aqui tem que fazer isso, né?
Vite
revirando os olhos, com os braços cruzados
— Ai, Caio, não começa a fazer interrogatório de filme policial não. A gente tem que arrumar essa bagunça antes que o Rafael surte de vez.
Caio
gesticulando, indignado
— Bagunça? Isso aqui tá parecendo cena de crime, não bagunça!
Luru
irônica, tomando o café que sobrou da senhorinha
— E quem seria o criminoso, Sherlock?
Caio
— Você, provavelmente.
Luru
finge ofensa, coloca a mão no peito
— Eu? Jamais. Eu só defendo minha honra quando a Vite começa com gracinha.
Vite
— Eu que começo? Você que roubou a cadeira da senhora!
Helena
suspira, tentando apaziguar
— Gente, foca. Vocês brigando parece episódio de novela mal dirigida.
Caio
— Helena, você fala como se soubesse de algo a mais. Tá escondendo alguma coisa?
Helena
sorri de canto, deixando um ar de mistério
— Talvez. Mas se eu contar agora, perde a graça.
Caio
— Helena, você fala como se soubesse de algo a mais. Tá escondendo alguma coisa?
Helena
olha firme para ele, depois passa o olhar pelo ambiente
— Eu não tô escondendo. Só achei que vocês não estavam preparados para ouvir.
Rafael
irritado, mas curioso
— Preparados pra quê? Meus clientes fugiram feito barata assustada, eu perdi dinheiro, perdi a paciência… e você vem com suspense?
Helena
se inclina sobre a mesa, voz baixa, séria
— Vocês acham que foi só uma confusão de briga boba, mas não foi. Eu vi quando começou. Antes mesmo da Vite e da Luru discutirem, tinha um homem estranho sentado no canto.
Vite
assustada
— Estranho como?
Helena
— Estranho do tipo que não pisca. Ele ficou observando vocês, a cada movimento. E quando a senhora levantou a voz, ele… sorriu. Foi como se estivesse esperando o caos começar.
Caio
estreitando os olhos, desconfiado
— Tá dizendo que alguém armou essa confusão de propósito?
Helena
acena com a cabeça
— Exatamente. E eu reconheci ele.
Rafael
— Reconheceu? Quem é esse sujeito?
Helena
respira fundo, como se calculasse as palavras
— Alguém que já me causou problemas antes. E se ele está aqui… então não foi coincidência.
silêncio pesado toma conta, todos trocam olhares tensos
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Atualizado até capítulo 36
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