05

Valentina entra no quarto, toma um banho rápido e se deita. Mas o sono não vem. O celular vibra…uma mensagem de Dimitri.

“Não consegue dormir?”

— Não…

— responde ela.

“Eu também não. Você causou um estrago na minha mente.”

— Estrago… ou muito mais do que você quer admitir?

— digita ela, com um sorriso malicioso.

Curiosa e sem sono, ela decide ir até o quarto dele. Ao abrir a porta, ele está lá, sorrindo.

— O que faz aqui vestida assim? Não tem medo?

— pergunta ele, provocando.

— Valentina… você não me faria mal — ela responde, firme, mas sentindo o coração disparar.

Ele se aproxima lentamente, sem tirar os olhos dela. O sorriso dele mistura provocação e algo mais profundo, quase vulnerável.

— Você realmente não entende o efeito que causa em mim, não é?

— diz Dimitri, a voz baixa, carregada de emoção.

Valentina sente o peito acelerar. Cada passo dele faz seu coração bater mais rápido, e mesmo querendo parecer segura, um arrepio percorre seu corpo.

— E você… sempre consegue me deixar sem palavras.

— ela sussurra, tentando manter a calma.

Ele se inclina mais perto, tão perto que ela sente o calor dele. A mão dele roça suavemente o braço dela, um toque que ao mesmo tempo acende e confunde.

— Eu não consigo parar de pensar em você…

— admite Dimitri, quase num sussurro.

— Cada gesto seu, cada olhar… me deixa louco.

Valentina sente uma mistura de medo e desejo. Sente que aquela noite poderia mudar tudo entre eles, e mesmo consciente disso, não consegue recuar.

— Então… o que vamos fazer com isso?

— pergunta ela, a voz quase tremendo, tentando controlar os próprios sentimentos.

Dimitri sorri, um sorriso lento, cheio de promessa, e se aproxima ainda mais, deixando claro que a resposta não precisa ser dita com palavras.

Ele se aproxima, mas para a poucos centímetros dela, como se cada passo fosse calculado. O sorriso nos lábios esconde um conflito interno.

— Você sempre me deixa fora de controle…

— diz ele, a voz baixa, quase um sussurro de um segredo.

Valentina sente o calor da presença dele e seu coração dispara, mas percebe algo diferente…há uma barreira, uma hesitação nos olhos dele.

— Dimitri…

— ela começa, a voz suave.

— você está me evitando ou…

Ele balança a cabeça, desviando o olhar, e dá um passo para trás.

— Não é que eu queira…

— admite, com dificuldade .

— é só que… me entregar a isso agora… não sei se consigo.

Ela sente uma pontada de frustração, mas também entende a luta dele. Aproxima-se devagar, mas mantém distância respeitosa.

— Eu não quero te pressionar… mas também não posso negar o que sinto.

— diz ela, firme, mas com ternura.

Dimitri a observa, preso entre o desejo de se aproximar e o medo de se perder nesse sentimento. A tensão entre eles fica quase palpável, cada respiração carregada de emoção contida.

— Talvez seja melhor a gente… apenas sentir o momento, sem prometer nada…

— ele murmura, a voz rouca, mostrando que a atração é inevitável, mas que o coração dele ainda não se entrega.

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