A Presença na Janela

Depois de uma noite regrada a bebida e a pensamentos distantes Katherine se despede de sua mãe e vai diretamente para seu quarto bêbada.

Ela sobe as escadas de madeira sorrindo ao som da música que tocava lá fora. Abre a porta do seu quarto e cai na direção da cama, abraça o travesseiro e começa a dormir profundamente. Então algum tempo depois o som diminui sinalizando que todos já haviam dormido e somente o som do vento entre as árvores pairava no ar.

Algum tempo se passou e Katherine continuava a dormir. Ela não percebeu que havia deixado a janela do seu quarto aberta, mesmo sendo o segundo andar ela não se sentia tão segura assim e naquela noite era a primeira vez que isso acontecia.

O vento soprava leve as cortinas brancas de seda se movimentavam com o seu soprar. Cada respiração que Katherine dava eram como se nada ali existia a não ser o cheiro de álcool que exalava dela.

De repente, a janela de seu quarto faz um leve barulho como se estivesse sendo aberta por completo. Havia mais alguém ali no seu quarto se parecia com uma sombra alta diante das cortinas, somente se via olhos dourados brilhando na escuridão.

Então, aquela silhueta foi criando forma e seus cabelos negros se moviam com o farfalhar do vento, a luz do luar refletia sobre sua pele macia e forte, aproximadamente 1.90cm de altura passos eram dados devagar e seu olhar era fixo em Katherine que ali dormia. A observava com uma atenção que não piscava como se encontrasse o que queria bem diante dele.

Até que... A porta se abriu de repente..

— Katherine.. Filha? — Era a mãe de Katherine. Ela percebe que a janela se encontra aberta.

— Essa pirralha bebeu horrores. — Disse com a voz embolada.

Ela foi em direção a janela olhou para fora como forma de segurança apesar da visão embaçada então fechou a janela e cobriu Katherine com todo o cuidado para que não a acordasse.

— Durma bem filha. — Sussurrou baixinho como se estivesse falando com um bebê.

Cansada e bêbada dali saiu, fechou a porta e novamente o silêncio retornou naquele quarto mas aquela sombra ainda continuava ali observando Katherine dormir aos pés de sua cama.

Katherine dormia profundamente mas seu corpo dava sinais de desconfiança como se soubesse que mesmo dormindo havia alguém ali a observando. Então de repente ela abre os olhos meio atordoada e zonza da bebida e enxerga um brilho no escuro.

— Aí.. Minha cabeça parece que vai explodir.. — Lamentava baixo. — O que é aquilo? Ela não conseguia distinguir o que via. Sua visão embaçada não a ajudava.

Ela tentou se levantar mas foi em vão, a tontura a fazia girar como se estivesse numa roda gigante. Deitar novamente foi a única alternativa positiva para ela naquele momento então com a voz cansada e enrolada disse...

— Eu estou vendo coisas aonde não tem. Ela ri — Que diabos há comigo? Resmunga para si mesma e complementa. — Isso que dá se doar tanto.. Lamenta..

Novamente ela apaga diante daquela sombra que a observava um sorriso leve surge em meio a escuridão daquele quarto então ele se aproxima e com uma de suas mãos com articulações definidas, veias discretas e tensas e com movimentos lentos acaricia os cabelos de Katherine e um sussurro baixo e sedutor soa de sua boca. — Durma bem minha doce presa. O tempo está ao nosso favor... Sorri ao vê-la dormindo e complementou — Logo, você será minha. — Ele se levanta e antes de sair ainda se vira para trás com sentimento de que em breve a encontraria novamente e então pela janela saiu e foi embora apenas deixando uma rosa vermelha próximo de suas mãos delicadas e macias.

As horas passam e já se notava o raiar do sol iluminando seu quarto os pássaros cantavam anunciando que mais um dia havia chegado. Katherine começa a se mexer indicando que estava acordando, ela abre os olhos um pouco avermelhados da bebedeira da noite passada, sua cabeça estava bastante pesada seu estômago revirado e muita sede como se não bebesse água a dias. Ela se levanta e vai ao banheiro lava seu rosto oleoso manchado de lápis de olho e escova seus dentes, penteia seus cabelos castanhos ondulados e retorna novamente indo diretamente ver o celular.

Enquanto ela verificava seu Facebook uma mensagem de sms sem remetente chega. — Número Desconhecido — Espero que tenha gostado do meu presente. Katherine se espanta com a mensagem e tenta entender o que aconteceu na noite passada. Então ela vê diante da sua cama uma rosa vermelha que estava em cima do seu ursinho de pelúcia, parecia fresco como se tivesse sido retirado do pé naquele momento, ela o pega com delicadeza e sente o o perfume doce que emanava daquela rosa.

— Quem me deu essa rosa? Pensou ainda lendo aquela mensagem. — Tão cheirosa e bonita. Naquele momento ela pega um copo simples e o enche de água colocando ali a rosa para que não murchasse. Então deixa o copo com a rosa ao lado de sua cama e desce para tomar café da manhã.

Alguns minutos depois...

— Bom dia! Bom dia!

— Bom dia filha dormiu bem?

— Como um bebê — Respondeu sentindo o cheiro do bom café.

— Filha porque você dormiu com a janela aberta? Você não tem medo? — Perguntou esperando que Katherine respondesse.

— Eu dormi? — Respondeu surpresa.

— Ontem fui ainda verificar se estava tudo bem com você e a janela estava meio aberta com as cortinas agitadas com o vento.

— Eu nem percebi — Respondeu tentando lembrar de algo.

— Mãe, a senhora sabe quem me deu aquela rosa ?

— Que rosa? — Respondeu curiosa — Não havia nenhuma rosa no seu quarto.

— Mas... Como então aquela rosa apareceu ? Eu não saí para lugar nenhum — Sussurrou para si mesma.

Depois de ter tomado café da manhã ela volta para o seu quarto perdida em seus pensamentos sobre a rosa e a mensagem daquele que não se identificava.

— Será que... — Pega o celular e abre na mensagem recebida de mais cedo — E se eu mandar uma mensagem de volta talvez.. Eu possa saber quem é afinal.

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