Mais um sábado de diversão

As semanas se transformaram em um turbilhão de aulas, estudos e risadas. Eu e Sara estávamos cada vez mais apegadas. Ela se tornou a irmã que eu não tinha, a confidente para todas as horas, e a pessoa que me fazia sentir que São Paulo era, de fato, o meu novo lar. Nossos dias eram preenchidos com a rotina da faculdade, mas os fins de semana eram sagrados para explorarmos a cidade e, claro, colocarmos o papo em dia.

Hoje era sábado, e o plano era ir ao shopping. Acordamos sem pressa, tomamos café juntas e nos arrumamos com a empolgação de quem ia para uma grande aventura. O sol brilhava lá fora, prometendo um dia perfeito.

Chegamos ao shopping e a primeira parada foi a praça de alimentação. O burburinho de vozes e o cheiro de diferentes comidas nos envolveram. Escolhemos um restaurante italiano, e entre garfadas de massa e goles de refrigerante, conversamos sobre os professores mais engraçados, os desafios dos trabalhos em grupo e os planos para o futuro. Sara tinha um jeito leve de ver a vida, e sua risada contagiante era música para os meus ouvidos.

Depois do almoço, nos perdemos entre as lojas. Experimentamos roupas, rimos das combinações mais inusitadas e acabamos comprando algumas peças que prometiam renovar nossos guarda-roupas. A cada sacola cheia, a sensação de independência e de estar construindo a minha própria vida se fortalecia.

A tarde culminou no cinema. Escolhemos um filme de comédia romântica, e passamos as duas horas seguintes entre risadas e comentários sobre a trama. Ao sair da sala escura, ainda comentávamos sobre as cenas mais hilárias.

Sara:Amiga, aquele final foi demais! Não acredito que eles demoraram tanto para se beijar, Sara disse, balançando a cabeça.

Isabella:Ah, mas a tensão valeu a pena, né?, respondi, rindo. Que tal estendermos a noite lá no apartamento? A gente pede uma pizza e assiste a outro filme.

Sara: Fechado!,concordou, animada.

Chamamos um carro por aplicativo e, em pouco tempo, estávamos de volta ao prédio. Na portaria, Jorge nos recebeu com seu sorriso habitual.

Jorge:Boa noite, meninas! Vi que se divertiram", ele disse, com sua simpatia de sempre.

Isabella: Demais, Jorge! Aproveitamos bastante", respondi, e Sara acenou com a cabeça, confirmando.

Jorge:É isso aí! Tem mais é que aproveitar a juventude de vocês, ele comentou, e nos despedimos, seguindo para o elevador.

Quando as portas estavam prestes a se fechar, uma mão impediu. Meu coração deu um pulo. Era ele. Ricardo. O vizinho dos olhos verdes. Ele entrou, e o espaço pareceu diminuir.

Ricardo: Boa noite, ele disse, com a voz grave e aquele sotaque que eu ainda não conseguia identificar.

Boa noite", respondemos eu e Sara em uníssono.

Ricardo não tirava os olhos de mim. Eu senti minhas bochechas esquentarem, e um sorriso discreto surgiu nos lábios de Sara. Ela me deu uma cotovelada sutil, e eu tentei disfarçar.

Chegamos ao nosso andar. As portas se abriram, e Ricardo nos deu um aceno de cabeça antes de se virar para o apartamento dele.

Assim que a porta do meu apartamento se fechou, Sara se jogou no sofá, soltando uma gargalhada.

Sara: Amiga, esse cara é um tremendo gostoso e estava te comendo com os olhos!, ela exclamou, sem fôlego.

Isabella:Nada a ver, Sara! Ele só foi simpático, respondi, tentando parecer indiferente, mas sentindo meu rosto ruborizar.

Sara: Garota, não se faça de sonsa, sua safada! Você já teve alguma coisa com ele?", ela perguntou, arregalando os olhos.

Isabella: O quê?! Está doida? Nós nunca tivemos nada!, eu disse, chocada com a pergunta. "Mas que ele é bonito, isso ele é", confessei, e Sara deu outra gargalhada.

Para mudar o foco de Sara, falei que ia mostrar o quarto de hóspedes. Pegamos as sacolas de compras e as levamos para o quarto. Depois de um banho relaxante, decidimos pedir uma pizza e assistir a um filme.

Sara:Eu quero de quatro queijos e frango com cheddar!", disse animada.

Eu sorri e concordei. Fizemos o pedido, incluindo uma Coca-Cola gelada, e aguardamos. Cerca de uma hora depois, a pizza chegou. Pagamos, comemos e assistimos a um filme de comédia que nos fez rir até a barriga doer. O sono bateu forte, e acabamos adormecendo juntas no sofá, exaustas, mas felizes com o dia.

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