O esbarrão

O alarme do celular tocou às 6hr da manhã, e, desta vez, não era o pagode baiano, mas uma melodia suave que eu havia escolhido para o primeiro dia de aula. Abri os olhos, sentindo a energia da nova cidade me impulsionar. Levantei-me da cama e segui para o banheiro. Fiz minhas necessidades, escovei os dentes com calma, e depois entrei no box para um banho revigorante. A água fria escorrendo pelo corpo me ajudou a despertar completamente, lavando qualquer resquício de sono.

Depois do banho e da higiene matinal, fui para a cozinha. Preparei um café fresco, o cheiro se espalhou pelo apartamento, e fiz algumas torradas. Comi tranquilamente, saboreando cada mordida e planejando mentalmente o meu dia. A ansiedade pelo primeiro dia de aula era palpável, mas era uma ansiedade boa, cheia de expectativa.

Após o café, organizei minha bolsa com cadernos, canetas e o notebook. Escolhi a roupa com cuidado: uma calça jeans que se ajustava bem ao corpo, uma blusa de algodão confortável e um par de tênis brancos. Fiz uma maquiagem básica, apenas para realçar meus traços, e passei um perfume suave. Peguei minha bolsa e o celular, pronta para chamar um carro por aplicativo.

O trajeto até a faculdade foi rápido. A cada rua, eu observava a cidade acordando, o movimento de pessoas e carros se intensificando. Ao chegar ao campus, a energia era contagiante. Estudantes de todas as partes se misturavam, alguns apressados, outros conversando em grupos. Eu me sentia parte de algo grande, um novo começo.

Enquanto caminhava pelo corredor, distraída com o mapa da faculdade no celular, acabei esbarrando em alguém. Livros, cadernos e canetas se espalharam pelo chão.

Isabella: Ai, meu Deus! Me desculpe, eu estava tão distraída, eu disse, abaixando-me rapidamente para ajudar a recolher os pertences da garota. Ela tinha cabelos castanhos claros e um sorriso gentil.

"Não foi nada, acontece!", ela respondeu, rindo. Seus olhos eram expressivos e cheios de simpatia.

Nós duas recolhemos os objetos, e quando nos levantamos, ela estendeu a mão.

"Prazer, sou Sara", ela disse.

Isabella: Isabella, o prazer é meu

respondi apertando sua mão.

Isabella:Você também é caloura de Marketing?"

Sara: Sou sim! E você?", Sara perguntou, os olhos brilhando.

Isabella:bTambém! Que coincidência!", eu exclamei, sentindo uma conexão instantânea. Isabella:Qual a sua turma?"

Nós comparamos os horários e descobrimos que seríamos da mesma turma. Aquele esbarrão havia se transformado em um encontro feliz. Caminhamos juntas para a sala de aula, conversando sobre nossas expectativas para o curso e a vida em São Paulo.

O primeiro dia de aula foi intenso e empolgante. Os professores eram inspiradores, e as matérias pareciam ainda mais interessantes do que eu imaginava. Sara e eu nos sentamos juntas, trocando olhares e risadas discretas durante as apresentações. A cada nova informação, eu sentia que estava no lugar certo, construindo o futuro que tanto desejava.

Na hora do almoço, fomos para o refeitório da faculdade. A fila era grande, mas a conversa fluía facilmente. Falamos sobre nossas cidades natais, nossos sonhos e a aventura de morar sozinhas. Sara era de Minas Gerais, e sua energia calma e seu bom humor me fizeram sentir que eu havia encontrado uma amiga de verdade.

Sara: Ainda bem que esbarrei em você, Isa", Sara disse, enquanto comíamos. "Acho que não aguentaria esse primeiro dia sozinha."

Eu sorri.

Isabella: Digo o mesmo, Sara. Parece que o destino nos deu um empurrãozinho.

Aquele dia marcou o início de uma amizade que se tornaria um dos pilares da minha vida em São Paulo. Eu estava construindo não apenas uma carreira, mas uma rede de apoio, um novo lar longe de casa.

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