Capítulo 5: Um Baile Sob as Estrelas
A noite do baile estava em pleno andamento, e o grande salão da mansão Whitmore era uma visão deslumbrante. Luzes cintilantes refletiam-se em lustres de cristal, enquanto as vozes dos convidados soavam como uma sinfonia de risos e sussurros. Lady Flora, agora mais confiante, sentia que a atmosfera da noite estava impregnada de uma eletricidade especial, uma mistura de expectativa e anseio.
Após sua conversa reveladora com Lorde Henry no jardim, Flora estava determinada a aproveitar cada momento do baile. Com o coração ainda pulsando de emoção, ela se misturou entre os convidados, cumprimentando conhecidos e admirando os trajes extravagantes que adornavam a sala.
Enquanto caminhava pelo salão, Flora avistou Clara dançando com um jovem cavalheiro. A amiga estava radiante, e Flora sentiu um calor de felicidade por ela. Mas, mesmo em meio à alegria, seu olhar buscava Henry. Ele era uma constante em seus pensamentos, e a ideia de dançar ao seu lado a deixava nervosa e animada ao mesmo tempo.
Finalmente, após um tempo que pareceu uma eternidade, Flora viu Henry atravessando o salão em sua direção. Ele estava deslumbrante em seu fraque escuro e gravata de seda, e seu semblante exibia um sorriso que parecia iluminar o ambiente.
“Lady Flora,” ele disse, fazendo uma reverência. “Posso ter a honra de convidá-la para dançar?”
Flora sentiu um frio na barriga, mas seu coração respondeu à chamada de Henry. “Seria um prazer, Lorde Blackwood,” respondeu, com um toque de ousadia em sua voz.
A música começou a tocar uma valsa suave, e Henry a conduziu para o centro do salão. Os outros casais se dispersaram ao redor deles, mas Flora sentiu que tudo ao seu redor desaparecia, e somente eles dois existiam naquele momento. Ele a segurou gentilmente pela cintura, e ela não pôde evitar de sorrir, sentindo-se segura em seus braços.
“Você está deslumbrante esta noite,” Henry sussurrou, olhando em seus olhos com uma intensidade que a fez sentir-se viva. “A luz da lua não é nada comparada à sua beleza.”
Flora corou, mas sua confiança cresceu. “Obrigada, Henry. Acho que a verdadeira beleza desta noite vem da companhia,” disse, com um olhar provocador.
Enquanto dançavam, a música os envolvia em uma dança mágica, e Flora se perdeu na suavidade dos movimentos. Ela nunca havia dançado assim antes, e a conexão que sentia com Henry era palpável. Cada passo, cada giro parecia contar uma história, e Flora percebeu que estava se apaixonando por ele mais a cada segundo.
“Diga-me, Flora,” Henry começou, sua voz suave enquanto os dois se moviam em perfeita harmonia. “O que você realmente pensa sobre tudo isso? Sobre o baile, a sociedade… e o amor?”
Flora hesitou, mas a sinceridade em seu olhar a encorajou. “Acho que, para a maioria das pessoas, o baile é apenas uma oportunidade de mostrar suas roupas e esnobar. Mas para mim, é mais do que isso. É um momento em que todos se reúnem, e, mesmo com todas as aparências, há um desejo profundo de conexão.”
“Você é uma observadora perspicaz,” ele comentou, um sorriso nos lábios. “E eu concordo. A verdade é que, sob as camadas de sorrisos e conversas superficiais, as pessoas anseiam por algo real. Algo que transcenda as normas da sociedade.”
Enquanto dançavam, Flora percebeu que Henry compartilhava de sua visão. Ele também buscava a autenticidade, e isso fez com que ela se sentisse mais próxima dele. “Mas o que podemos fazer para encontrar essa autenticidade?” perguntou, buscando um entendimento mais profundo.
Henry hesitou por um momento, sua expressão tornando-se séria. “Precisamos ser corajosos. Precisamos desafiar a norma e encontrar formas de sermos verdadeiros, mesmo quando a sociedade tenta nos moldar. E, talvez, possamos inspirar outros a fazer o mesmo.”
Flora sorriu, admirando não apenas sua beleza exterior, mas também a profundidade de seu caráter. “Isso é o que eu quero, Henry. Quero encontrar um amor que não seja apenas uma troca de conveniências, mas algo que realmente transcenda as expectativas.”
Enquanto a dança prosseguia, Flora sentiu que os dois estavam em sintonia, como se o universo estivesse conspirando a favor deles. O salão estava repleto de rostos sorridentes e olhares avaliativos, mas, em meio à multidão, eles criaram seu próprio espaço, um refúgio onde a autenticidade era valorizada.
Quando a música finalmente chegou ao seu fim, Henry inclinou-se para ela, suas vozes quase um sussurro. “Você é uma mulher notável, Lady Flora. Nunca deixe que a sociedade a faça esquecer isso.”
Flora sorriu, seu coração batendo mais rápido ao ouvir suas palavras. “E você, Lorde Blackwood, é um homem que desafia o status quo. Estou ansiosa para descobrir o que mais podemos encontrar juntos.”
Enquanto se afastavam da pista de dança, Clara se aproximou, com um brilho nos olhos. “Vocês dois estavam magníficos! A energia entre vocês é inegável!”
Flora sentiu-se um pouco envergonhada, mas a felicidade em seu coração superou qualquer timidez. “Obrigada, Clara. A dança foi… especial.”
“Não apenas a dança, querida. O que quero dizer é que todos aqui notaram a conexão entre vocês. Está na hora de você e Henry se permitirem explorar isso,” Clara disse, piscando para Flora.
Flora olhou para Henry, que estava a poucos passos de distância, observando-a com um sorriso que fazia seu coração disparar. “Eu… eu gostaria disso,” respondeu Flora, sua voz suave.
“Então, vá em frente. Não deixe que o medo a impeça de seguir seu coração,” Clara incentivou, antes de se afastar para dançar com outro convidado.
Com coragem renovada, Flora decidiu que era hora de se abrir para Henry. Com um olhar significativo, ela caminhou em sua direção, decidida a explorar o que estava crescendo entre eles.
“Henry,” começou ela, sua voz um pouco hesitante. “Eu tenho pensado sobre o que conversamos no jardim. Sobre a liberdade e a autenticidade. Quero encontrar isso com você.”
Ele a olhou, surpreso e encantado. “Flora, você realmente quer isso? Com todas as dificuldades que isso pode trazer?”
“Sim,” respondeu Flora, com firmeza. “Acredito que o amor verdadeiro vale a pena, mesmo em um mundo que tenta nos separar.”
Henry sorriu, seu olhar aquecido pela emoção. “Então, vamos buscar essa autenticidade juntos. E quem sabe, talvez possamos ser a mudança que tanto desejamos ver.”
Com essas palavras, Flora sentiu-se mais viva do que nunca. O baile, que antes parecia uma mera exibição, agora se transformava em um marco na jornada que estava prestes a embarcar. A dança sob as estrelas era apenas o começo de algo muito mais profundo, e Flora estava pronta para seguir seu coração, não importa onde isso a levasse.
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Atualizado até capítulo 63
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